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22/05/2007 - 08:53

Petrobras inicia lançamento e travessia de dutos no Rio Negro


Operação deve durar dois meses e é parte do gasoduto que ligará Manaus à base de extração de gás de Urucu, no município de Coari.

A Petrobras começa esta semana a operação de lançamento e travessia de dutos no Rio Negro, uma nova etapa do gasoduto Urucu-Manaus. O trecho ligará a capital amazonense ao município de Iranduba, onde terminarão os 652 quilômetros de dutos vindos da base de extração de Urucu, no município de Coari. Assim, o gás de Urucu poderá chegar diretamente a Manaus. A previsão é de que essa etapa de implantação do gasoduto seja concluída no mês de julho.

Os trabalhos, que têm licenciamento do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) e aprovação da Marinha do Brasil, serão executados em dois trechos. O primeiro – de aproximadamente dez quilômetros – chamado de Linha de 20 polegadas, ligará a Ilha do Marapatá, no Distrito de Cacau Pirêra à Refinaria Isaac Sabbá (Reman), em Manaus. E o segundo – de cerca de seis quilômetros – denominado de Linha de 14 polegadas – partirá da Olaria Rio Negro (situada a três quilômetros do Porto de Cacau Pirêra) à Usina Termelétrica de Aparecida. Durante a operação, a navegação no Rio Negro, nesses dois trechos, sofrerá alguns desvios, orientados pela Capitania dos Portos de Manaus.

A travessia e o lançamento dos dutos serão realizadas por um equipamento especial chamado Balsa Guindaste Lançamento 1 (BGL-1), que está em Manaus desde o fim de semana. A embarcação de 121,92 metros de comprimento, 30 metros de largura e guindaste principal (Clyde) com capacidade de até 1000 toneladas, trabalhará 24 horas por dia, montando e lançando os dutos. A balsa se movimenta como uma “aranha”, utilizando pontos de ancoragem e cabos de aço durante o arraste flutuante da tubulação. Os tubos serão montados em seu convés e lançados no leito do Rio Negro. Por isso a navegação precisará ser temporariamente adequada ao deslocamento da balsa e da tubulação.

Todas as fases da obra do gasoduto Urucu-Manaus são realizadas com os cuidados necessários à preservação do meio ambiente. Antes de embarcar na BGL-1, os tubos do gasoduto são cobertos com concreto e com uma camada protetora de polietileno para não sofrerem corrosão. Nas partes do leito onde a vazante é mais forte e durante a seca há predominância de praias, a tubulação passará por baixo da terra.

Navegação no Rio Negro durante a operação - Em nenhuma etapa haverá interrupção total da navegação no Rio Negro, apenas interferências parciais. Uma equipe formada pela Capitania dos Portos e pela Petrobras fará a orientação dos barcos que navegarem pela região, indicando os desvios e garantindo a segurança de todos. Serão cinco voadeiras, posicionadas dentro da área de restrição, uma lancha da Capitania dos Portos, uma lancha com capacidade para 50 pessoas e uma ambulância.

As zonas de interferência serão sinalizadas dia e noite e contarão com as voadeiras para abordagem e aviso aos navegantes. Além disso, desde a última semana, instruções de segurança e alertas de navegação vêm sendo veiculados nas rádios da região e nos sistemas de som dos portos. Parte de um trabalho de conscientização também se estenderá por toda a operação e que começou no fim de abril, com a realização de palestras para as comunidades sobre a obra e as mudanças na utilização do rio durante a ação.

Os postos flutuantes continuarão sendo abastecidos normalmente. As embarcações poderão acessá-los navegando entre a margem esquerda do Rio Negro e a Ilha de Marapatá.

Cuidados para a utilização do rio durante a operação: É fundamental que os banhistas e navegantes do Rio Negro sigam as instruções de navegação que vêm sendo veiculadas constantemente na região.

• Em nenhum caso é permitido que as bóias de sinalização de balizamento sejam ultrapassadas | • É necessário atender às orientações de balizamento e não se aproximar da balsa | • Todas as embarcações devem manter distância de 1000m da BGL-1, tanto lateralmente (boreste e bombordo) quanto à frente ou atrás (popa e proa) | • É preciso ficar atento às bóias luminosas e utilizar as rotas indicadas pela Capitania dos Portos, respeitando as áreas restritas | • Nas margens, fica proibida a aproximação das frentes de trabalho, por água ou por terra | • Em hipótese alguma os cabos e dutos em arraste devem ser cruzados por embarcações, jet skies ou hidroaviões | • As bóias de âncoras são de material plástico bastante robusto, que podem provocar danos a embarcações que com elas colidam.

Gasoduto Urucu-Manaus: O gasoduto Urucu-Manaus terá aproximadamente 670 quilômetros e levará o gás natural da província petrolífera de Urucu, no município de Coari (AM), até a capital amazonense. Sua conclusão está prevista para abril de 2008, podendo gerar cerca de 6.000 empregos diretos e 10 mil indiretos. Em sua primeira fase de operação, o gasoduto transportará 4,7 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.

O principal destino do insumo será a produção de energia elétrica, em termelétricas, para atender Manaus e os municípios pelos quais passará a tubulação, beneficiando cerca de 1,5 milhão de pessoas. O investimento total previsto para obra é de R$ 2,4 bilhões. O gás natural substituirá o diesel e o óleo combustível usados atualmente na produção de grande parte da energia elétrica consumida pelo Amazonas.

A substituição proporcionará uma economia anual de R$ 1,2 bilhão, não só aos cidadãos do Amazonas, mas também a todos os brasileiros, já que os usuários de energia elétrica de todo o país subsidiam, por meio da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), o consumo de energia elétrica daquela região.

Além da vantagem econômica, a substituição representará enorme ganho ambiental para o Brasil, pois a produção de energia elétrica a partir do gás natural reduz significativamente a emissão de gases poluentes, em especial o dióxido de carbono (CO2), contribuindo para a redução do efeito estufa e em linha com o Protocolo de Quioto, do qual o Brasil é signatário.

Responsabilidade Social e Ambiental - A fim de mitigar ou compensar os possíveis impactos gerados nos municípios cruzados pelo gasoduto Urucu-Manaus, a Petrobras firmou convênio com o governo do Amazonas, através da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, para execução do Programa de Compensações Ambientais e Desenvolvimento Sustentável previsto no licenciamento ambiental.

O investimento da Petrobras nesta ação é de R$ 42 milhões, sendo que cerca de 67% do valor – R$ 28 milhões – já foi liberado. Através do programa, 100 comunidades localizadas no raio de influência do gasoduto (cinco quilômetros) serão beneficiadas com projetos que visam a promoção da cidadania, o estímulo a geração de renda e a preservação ambiental.

Audiências públicas - Cerca de três mil pessoas participaram das audiências realizadas em todos os municípios da área de influência do gasoduto. Durante as reuniões, a população reivindicou a construção de 125 quilômetros de dutos ramais até as sedes dos municípios por onde passará o gasoduto. Para atender à demanda, a Petrobras investirá R$ 70 milhões, permitindo que o gás chegue a esses municípios.

Com isso, os residentes na região terão acesso à energia elétrica mais barata, confiável e ecologicamente mais limpa, além de serem beneficiados pela geração de novos postos de trabalho, especialmente nos setores mais influenciados pela co-geração de energia, como é o caso de secadores de madeira, frigoríficos de peixe e olarias.

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