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19/02/2010 - 09:03

Eleições 2010: duas estratégias

Pelas declarações dos dois principais prováveis candidatos à presidência da república e de seus apoiadores, já podemos vislumbrar qual será a estratégia de cada um durante a campanha eleitoral que se inicia oficialmente em julho.

Pelo lado do governo, Dilma Rousseff e o presidente Lula não cansam de falar que a eleição será um plebiscito entre duas maneiras diferentes de governar: a do governo atual e a do governo FHC. Segundo eles, a atual gestão apresenta resultados muito superiores a anterior. No final do governo FHC o Brasil devia para o FMI (Fundo Monetário Internacional); atualmente o Brasil empresta dinheiro para eles.

Antes o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) foi muito pequeno, a taxa de desemprego era bastante alta e o salário-mínimo baixo, e a situação da população mais pobre ruim. Agora, o crescimento do PIB é muito maior, a taxa de desemprego é muito menor, o salário-mínimo real quase dobrou e a situação dos mais pobres melhorou muito. Sendo assim, é evidente que o atual governo teve um desempenho muito superior ao do governo passado. Logo, o povo deve votar em Dilma, que representa a continuidade do atual governo.

Pelo lado da oposição, Serra afirma que o Brasil vem avançando desde o início do Plano Real. O atual governo não teria mudado de rumo, apenas aprofundou os fundamentos construídos no governo anterior. O governo Lula não mudou a Lei de Responsabilidade Fiscal, nem o Sistema de Metas de Inflação. O Modelo de câmbio flutuante e de superávits primários foi mantido. Apesar de criticar as privatizações ocorridas no governo FHC, o atual governo não estatizou nenhuma das empresas privatizadas.

Os resultados positivos do atual governo se devem ao período de crescimento da economia internacional, que permitiu ao Brasil acumular reserva suficientes para fazer frente à crise financeira do ano passado. Para Serra, depois de o País passar pelo comando de dois líderes políticos, com história e currículo de estadistas, como FHC e Lula, é chegada a hora de passar o bastão para quem tem porte, experiência e história suficiente para substituí-los. O Brasil está caminhando bem porque foi conduzido por líderes de qualidade e somente continuará assim se tiver um líder à altura dos anteriores. E este líder seria necessariamente José Serra e não Dilma Rousseff, sem experiência administrativa e que nunca foi eleita a cargo algum.

Como vimos são duas estratégias bem diferentes. Não é possível dizer qual será a vencedora. Isto só saberemos após as eleições de outubro.

. Por: Alcides Domingues Leite Junior é professor de economia e de mercado financeiro da Trevisan Escola de Negócios.| E-mail: [email protected]

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