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23/02/2010 - 11:43

Um ano promissor para as gráficas brasileiras

Impressores estão preparados para os desafios do mercado em 2010.

Ante as imensas dificuldades inerentes à crise mundial, o setor gráfico brasileiro teve performance que pode ser considerada razoável em 2009. Encerrou o exercício com queda de 2,39% na produção física de produtos, medidos em volume de papel convertido/impresso. Foi um recuo muito menor do que a retração média da indústria de transformação, de 7,6%, conforme divulgou o IBGE no início de fevereiro.

A resistência das gráficas ao crash mundial, as boas perspectivas da economia brasileira, que deverá crescer acima de 5%, a realização da Copa do Mundo na África do Sul e as eleições brasileiras para presidente da República, governadores, senadores e deputados federais e estaduais delineiam um cenário positivo para o mercado da impressão em 2010. Tudo indica um consistente crescimento da demanda.

A competição da Fifa, maior evento esportivo mundial, costuma ser um sensível fator de estímulo aos impressos promocionais, comerciais, cartazes, cartões personalizados, embalagens especiais, rótulos e toda uma gama de itens licenciados e produzidos especialmente no âmbito das estratégias de marketing relativas aos jogos. Para se ter um parâmetro do quanto a Copa do Mundo movimenta de dinheiro, somente a comercialização dos direitos comerciais da edição de 2010, incluindo a transmissão de TV, rendeu à Fifa 2,64 bilhões de euros (cerca de R$ 6,7 bilhões). Quanto às eleições, há todo um movimento de impressão de “santinhos”, camisetas, panfletos, cartazes e boletins informativos de candidatos, dentre outros itens.

Notícia melhor ainda é que o setor gráfico brasileiro está preparado para atender às exigências do mercado, em volume de produção, agilidade, qualidade e preço. Alguns fatores contribuíram muito para isso nos últimos anos. Um deles é a consciência do empresariado quanto à necessidade de investir e manter o chão de fábrica atualizado em termos tecnológicos. Não há dúvida de que, no universo da indústria de transformação, a atividade inclui-se entre as que têm feito maior aporte de recursos em máquinas e equipamentos.

O volume de investimentos acumulado de janeiro a agosto de 2009 foi de US$ 659,93 milhões, em plena crise mundial. É verdade que o valor significou queda de 45,1% em relação a igual período do ano anterior. Entretanto, é preciso considerar que, em 2008, quando se realizara a Drupa, na Alemanha, feira referencial para atualização de máquinas e equipamentos, verificou-se o maior nível de investimentos da indústria gráfica brasileira nos últimos cinco anos, com US$ 1,82 bilhão.

Outro fator que tem contribuído muito para a qualidade e produtividade do setor gráfico é o avanço do treinamento e formação profissional. Neste campo, as iniciativas concentram-se nas ações coesas desenvolvidas pelo Senai-SP, por intermédio da Escola "Theobaldo De Nigris", e a ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica), que completou 50 anos em 2009. A entidade ministra numerosos cursos e seminários, num substantivo processo de educação continuada. Também são importantes as suas atividades de pesquisas e o processo de produção de normas técnicas.

Deve-se salientar, ainda, a grande contribuição do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica "Fernando Pini", que chega em 2010 à histórica 20ª edição. O certame, realizado pela ABTG, com apoio da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), tem pleno reconhecimento como principal referência de qualidade do mercado brasileiro. Por isso mesmo, tem-se constituído num estimulador importante do aprimoramento das gráficas.

Investimentos, formação profissional, educação continuada, normas técnicas e estímulo à qualidade constituem o conjunto de ações que ancorou o avanço tecnológico do setor gráfico brasileiro. O resultado de todo esse esforço conjunto das empresas e de seu sistema associativo é que as gráficas estão cada vez mais preparadas para atender aos desafios da demanda, como também às transformações do mercado provocadas pelo advento das mídias digitais e a inevitável tendência de convergência das distintas tecnologias.

. Por: Reinaldo Espinosa, presidente da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG).

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