Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

22/05/2007 - 10:01

A importância do idoso na família e na sociedade brasileira

São Paulo - Suor no rosto, mãos calejadas. Durante anos o ser humano vive para o trabalho. Depois desse período, é bem esperado o momento de paz e tranqüilidade, à aposentadoria. Viagens, pescarias e passeios em geral, aposentar-se na teoria significa isso, mas, na prática, engana-se quem pensa dessa forma!

Hoje em dia, aposentar não é mais ter a oportunidade de descansar, uma vez que as pérolas dessa vida exigem esforços além do planejado durante toda a trajetória.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2005, 65,3% dos idosos foram considerados pessoas de referência no domicílio. No estado do Tocantins, essa proporção chegou a 70%. Norte e Nordeste tinham as maiores proporções de idosos vivendo com filhos e/ou outros parentes, 70,5% e 68,3% respectivamente. Em 2005, 78,2% eram idosos aposentados e pensionistas no Brasil. Apenas 3,2% dos homens vivem de pensão por morte da companheira, enquanto 33,3% das mulheres estão nessa condição. O Nordeste é a região com maior proporção de aposentados, 72,2%. No país, os idosos que desempenham algum tipo de ocupação são 30,2% - cerca de 5,6 milhões de pessoas. Há mais homens idosos trabalhando que mulheres (43% a 20%).

Atualmente, de cada 100 idosos, 65 foram considerados chefes de domicílio. Para o Consultor Financeiro e Presidente da Boriola Consultoria, Cláudio Boriola, é lamentável que em um País como o Brasil, possa haver tanta desigualdade social a ponto do aposentado ter que se submeter ao trabalho em plena fase de descanso. “É triste sabermos que os nossos idosos precisam continuar trabalhando para ajudarem no sustento familiar ou de seu próprio sustento. Hoje, ganhar uma aposentadoria medíocre é vergonhoso. O governo não está preocupado no bem estar do povo. Faltam investimentos por completo na rede de saúde pública, moradias e em todas as questões que por direito todos nós teríamos de usufruir, até porque o nosso País é o que mais se cobra impostos ao longo de toda a vida e o que menos investe em favor da sociedade. Faltam medicamentos nas farmácias populares, ficar doente é ter que ficar horas ou até mesmo dias e talvez meses na fila de espera por uma consulta. Sendo assim, a obrigação do aposentado se quiser ter uma vida digna, é infelizmente continuar lutando para usufruir de benefícios privados”.

De acordo com o IBGE, 46% dos aposentados brasileiros dependem de parentes para viver, já que apenas 1% deles conseguem se manter com o dinheiro que recebem de aposentadoria. Outros 28% dependem de caridade (Programas Sociais ou ajuda de terceiros). A proporção de lares chefiados pelos mais velhos – com a presença de pelo menos um filho com mais de 21 anos – mais que dobrou nas duas últimas décadas. O ganho dos vovôs em relação a seus familiares também aumentou e já corresponde a dois terços da renda da família no meio rural e a mais da metade, na cidade.

“Esse novo papel do idoso na família é uma faca de dois gumes. Se por um lado ele ganha importância, se sente útil e participante, por outro sofre abalos no bolso. É muito difícil para qualquer idade ter que depender de alguém para sobreviver. Para os idosos que trabalharam praticamente a vida toda, a situação é ainda mais constrangedora. Neste caso, não há outra saída a não ser o trabalho contínuo, sendo assim, para garantir melhorias tanto para si próprio quanto para os dependentes, é tentar economizar e aplicar em questões que podem ajudar no rendimento das finanças”, conclui Boriola. | Por: Fabrício Andrade/Boriola Consultoria

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira