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24/02/2010 - 08:57

Alexandre Barros monta estrutura de negócio ligada ao motociclismo


Entre as iniciativas estão a escola de pilotagem que irá focar técnicas de segurança e condução, ampliação da grife de acessórios para motocicleta e a chegada de novas marcas de produtos para a categoria.

O ex-piloto de motovelocidade Alexandre Barros[ www.alexbarros.com.br] está apostando forte no mercado brasileiro de motociclismo. Barros está trazendo ao Brasil três novas marcas de produtos para a categoria: as italianas Valter Moto, de acessórios para motocicleta e Starlane, de produtos eletrônicos, e a inglesa Action Cameras. Mas o principal projeto é a inauguração de uma escola de pilotagem em São Paulo. O curso, que começa em março, irá focar técnicas de condução e segurança dentro e fora das pistas.

A ideia do curso surgiu depois de ouvir reclamações de concessionárias de rodovias sobre a falta de preparação de motociclistas brasileiros e o grande número de acidentes. "Comecei a me preocupar também, até porque o mercado de motos vem crescendo bastante. Vi que não existia um curso assim no Brasil então resolvi contribuir com esse projeto que vai crescer mais", explica Barros.

De março até agosto, a Alex Barros Riding School vai ensinar conceitos do motociclismo e contará com estrutura completa: alimentação, mecânica e vistoria, sistema de resgate, carro de apoio e lojas que vendem pneus, gasolina e outros acessórios. Ao todo serão três módulos diferentes com duração de um dia cada um. "Temos um nível com manobras para iniciantes, aqueles que desejam entender melhor os recursos da moto para saber usar na hora do passeio. Também temos um módulo intermediário para quem já sabe andar e até uma categoria avançada, para quem deseja correr", conta. "O púbico-alvo são pessoas de 40 ou 50 anos, que compraram a primeira motocicleta, pretendem usar para passeio e ainda não sabem andar. Ou então aqueles que compraram e não têm prática", completa.

A novidade da Alex Barros Riding School é uma recente parceria com a BMW, que fornecerá as motos para os instrutores do curso, entre eles, Barros, que dará pessoalmente as instruções . O modelo é a BMW S 1000 RR, uma moto sofisticada, réplica da Superbike, com toda eletrônica usada no MotoGP. Para a diferença entre as motos não ser muito grande, o curso começa aceitando motos acima de 250cc. Os preços dos módulos variam de R$ 3,5 mil e R$ 4,5 mil e cada módulo tem duração de um dia.

. Alexandre Barros em entrevista: Alexandre Barros começou correr de moto aos sete anos de idade. Foi campeão brasileiro de 50cc e 250cc e seguiu carreira internacional participando do Mundial de Motovelocidade. Participou de mais de 1 terço das provas da história do esporte e entrou para o Guiness Book como o primeiro piloto brasileiro a vencer uma prova de MotoGP. É o detentor do maior número de participações em corridas na categoria principal (500cc e MotoGP) totalizando mais de 500 GPS. Venceu provas internacionais que testam limite e resistência, como as oito horas oras de Suzuka. Alex foi piloto de destaque nas equipes Cagiva, Lucky Strike Suzuki, Honda HRC, Yamaha, Klaffi Honda e Pramac Ducati.

. Como surgiu a ideia de inaugurar uma escola de pilotagem? . Praticamente recebi esta demanda do mercado. Com o mercado de motos de grande e média cilindradas crescendo e os inúmeros recursos e tecnologia disponíveis nesses equipamentos, a desinformação sobre o veículo, além da falta de habilidade com o mesmo é muito grande. Por isso a escola vai proporcionar aos alunos o aprimoramento técnico na motocicleta, aliando autoconfiança. Percebi que muitas pessoas vão para estrada pra apostar corrida e que poderiam fazer isso em um circuito fechado que oferecesse segurança. Nossa proposta é ensinar e divertir ao mesmo tempo. Esse é um primeiro passo, mas vamos crescer mais para frente. Pode até ser uma coisa internacional no futuro. A quem se destinam os quatro módulos do curso: Alumínio (básico); carbono (intermediário); titânio (avançado); titânio gold (profissional).

O curso básico é destinado ás pessoas que utilizam a motocicleta no dia a dia. É pra quem quer aprender a andar de motocicleta. O módulo carbono é pra quem quer adquirir técnicas mais esportivas. O módulo avançado é pra quem quer ser piloto ou começar a correr tanto em categorias amadoras e profissionais. Já o gold é para pilotos que já competem profissionalmente, com 5 alunos no máximo por turma.

. Que aspectos serão abordados na parte teórica do curso? . Os princípios básicos de segurança, o correto posicionamento na motocicleta, os recursos da motocicleta, os índices de segurança dentro da pista como os sinais e bandeiras e o correto uso do capacete.

. Qual é o público alvo do curso? . O projeto é mais focado nas classes A e B. Vamos montar uma estrutura que também atenda a classe C, mas o perfil é um pouco mais alto. Buscamos aquelas pessoas de 40 ou 50 anos, que compraram a primeira motocicleta, pretendem usar para passeio e ainda não sabem andar. Ou então aqueles que compraram e não têm prática.

. Como funciona a parceria com a BMW? . Eles vão fornecer as motos do curso. É uma moto sofisticada, réplica da Superbike, com toda eletrônica usada no MotoGP. É a primeira vez que eles fazem uma moto esportiva de verdade.

. Você estará pessoalmente a gestão do curso? . Eu tenho uma parceria com uma agência, que toca a parte de infraestrutura e o comercial. Eu fico mais com técnica e segurança, duas áreas que eu conheço melhor. Separamos mais ou menos assim, com um total em torno de 60 pessoas trabalhando.

. Qual a previsão de participantes por curso? . Vamos começar trabalhando com motos acima de 250cc, senão a diferença seria muito grande de uma para outra. Teremos 55 alunos por curso, com até 40 no track Day que será o dia da avaliação prévia. Mas tenho um projeto para ampliar para motos de 125cc, o que aumentaria o limite.

. Qual a sua avaliação do segmento de motos no Brasil? . O mercado tem crescido muito nos últimos anos. Nosso cliente utiliza a moto para passeio e a maioria das pessoas aqui começou com passeios e depois começou a correr. Também tenho gente que comprou motos e quer aprender a andar. É aquele cara com carro bom, com uma casa bacana. O comprador de motos e do curso é o mesmo que tem potencial de comprar um carro bom. É um perfil que vem crescendo, principalmente porque o Brasil se recuperou rapidamente da crise mundial em todos os setores. A mudança nas linhas de financiamento também interfere. Você só podia comprar essas motos em três vezes antes, e hoje pode dar uma entrada de 30% e dividir o restante em até 24 vezes. Isso abriu um leque para classes mais baixas e ajuda a ampliar o mercado.

. Existe a chance do projeto se estender em parceria com as concessionárias de estrada para uma melhor educação no trânsito? . Não só para as estradas, mas para a cidade também. Ficaria muito feliz em poder contribuir para a segurança das pessoas. Nosso próximo passo é conversar com empresas, autoridades e poder público e nos colocar á disposição. Essa pode ser uma das rotas de crescimento para o projeto no futuro. | Por: Luís Fernando Guidi

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