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26/02/2010 - 09:04

Usiminas anuncia investimentos de US$ 600 milhões para o Rio de Janeiro, entre as obras estão um porto na Baía de Sepetiba


Projetos nas áreas do pré-sal e de habitação popular.

A companhia siderúrgica Usiminas anunciou no dia 25 de fevereiro (quinta-feira), durante teleconferência com jornalistas para divulgação dos resultados financeiros de 2009, a manutenção dos planos de investir US$600 milhões na construção de um porto em Itaguaí, na Baía de Sepetiba,Rio de Janeiro, em área da antiga Companhia Ingá Mercantil. A associação com construtoras para atuar em habitação popular e detalhou parceria firmada com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para entrar na exploração do petróleo de jazidas na camada de pré-sal, no litoral do Rio e de São Paulo.

Segundo a Usiminas, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) já autorizou a remediação ambiental. Os efeitos dos resíduos tóxicos serão anulados e não haveria risco de vazamento para a baía, em investimentos de R$ 40 milhões. As obras devem começar em 2012, e a previsão é que o porto inicie operação em 2014. O local terá capacidade de escoamento de até 60 milhões de toneladas por ano. Mas, inicialmente, ficará em pelo menos 25 milhões.

A companhia siderúrgica quer desenvolver soluções específicas para a exploração da camada de pré-sal. O desafio da exploração em águas ultra profundas é construir estruturas de alta performance adequadas às condições. Para isso, a empresa assinou convênio de cooperação com a UFRJ. No centro tecnológico da universidade, na Ilha do Fundão, será construída unidade por R$ 10 milhões. A proximidade com o centro de tecnologia da Petrobras foi decisiva para o investimento, já que haverá cooperação com essa unidade.

Já está previsto o início de um estudo sobre o comportamento do aço para tubos naquelas condições. O objetivo é desenvolver material que resista à corrosão e à danificação. O Laboratório de Ensaios Não Destrutivos, Corrosão e Soldagem (LNDC) da Coppe, onde serão feitos os testes, já faz estudos voltados para a indústria do petróleo.

A Usiminas divulgou ainda a compra de participação em duas empresas de construção: Codeme e Metform. Ela passou a ter 30,7% do capital de cada uma. Por meio da parceria, a companhia espera incrementar a construção de unidades habitacionais populares, sobretudo com benefícios do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, do governo federal.

A ideia é que, com o fornecimento de estruturas metálicas, seja agilizada a finalização dos prédios, que ficariam mais baratos e de mais fácil financiamento. A companhia prevê investimento de R$ 129,6 milhões para concretizar a associação.

Os projetos em detalhes: Usiminas formará empresa própria de mineração e passará a deter participação em construtoras -Estratégia busca verticalização e melhores oportunidades de negócios.

Usiminas formará empresa própria de mineração - Em 2010, a Usiminas dará importantes passos estratégicos para a agregação de valor em sua cadeia. A siderúrgica realizará a cisão de seus ativos minerários e logísticos para criar uma nova empresa do grupo responsável por gerenciar o eixo mineração–ferrovia–porto. A operação, conhecida como spin off, deverá ocorrer ainda este ano.

A intenção é atrair um sócio estratégico minoritário para a nova empresa e, posteriormente, abrir o capital na Bolsa de Valores. Além de avançar em seu processo de geração de valor através da verticalização das operações, a cisão das áreas ligadas às atividades de mineração permitirá ao mercado precificar melhor esses ativos.

Atualmente, a Usiminas detém quatro minas no município de Itatiauçu (MG), que produziram 5,5 milhões de toneladas de minério de ferro em 2009. O plano de crescimento traçado pela empresa prevê a ampliação do volume extraído para 29 milhões de toneladas/ano em 2014.

A análise das sondagens que foram realizadas nas minas deve ser concluída ainda no primeiro trimestre de 2010, mas já é possível dizer que estão dentro do previsto. Paralelamente, a Usiminas busca aumento de produtividade por meio de operação conjunta de lavras na região de Serra Azul (MG), através da construção de parcerias.

Além das minas, a siderúrgica detém 20% de participação na MRS Logística e o projeto de construção de um porto na Baía de Sepetiba (RJ). Em um terreno adquirido em 2008, a Usiminas pretende instalar um terminal portuário para movimentação de granéis sólidos com capacidade de 25 milhões a 30 milhões de toneladas/ano. O investimento previsto é de US$ 600 milhões e o porto deve iniciar suas operações em 2014.

A empresa se comprometeu a descontaminar o terreno, que é um dos maiores passivos ambientais do estado do Rio de Janeiro. A autorização ambiental para a descontaminação já foi concedida pelo Inea (Instituto Estadual do Meio Ambiente do Rio de Janeiro) e o processo tem início previsto para o segundo semestre deste ano, mediante aportes da ordem de R$ 40 milhões.

Construção civil: Usiminas ampliará atuação na construção civil - A Usiminas intenciona ampliar sua atuação na construção civil por meio de participação acionária em empresas do ramo. O primeiro passo é a aliança estratégica com as empresas Codeme e Metform que vai conferir à siderúrgica a participação equivalente a 30,7% do capital de cada uma das Companhias. A associação demandará investimentos de R$ 129,6 milhões, sendo 25% aportado em moeda corrente nacional e 75% em fornecimento de aço.

A Codeme S.A. atua no mercado de construção em estruturas de aço. No ano de 2009, obteve um faturamento da ordem de R$ 180 milhões. A Metform S.A. atua na industrialização e comercialização de telhas metálicas, steeldeck e sistemas de cobertura e obteve, no ano de 2009, um faturamento da ordem de R$ 59 milhões.

O objetivo da aliança é unir a expertise da siderúrgica em soluções completas e industrializadas de aço para a construção civil comercial, industrial e residencial à experiência da construtora. Assim, ambas passam a ter melhores condições de aproveitamento do bom momento pelo qual passa o setor no País, com projetos como o “Minha Casa Minha Vida” e as oportunidades geradas pela Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Com este investimento, a Usiminas visa maximizar as sinergias existentes dentro das empresas de seu conglomerado, potencializar o seu portfólio e atuar num mercado em expansão, tanto no segmento industrial privado quanto nos programas do governo nas áreas habitacional, turismo, de petróleo e gás, além dos investimentos a serem realizados para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas.

Nova Usina - O planejamento estratégico da Usiminas para 2010 também prevê a volta do projeto de construção de uma nova usina em Santana do Paraíso (MG) à pauta do Conselho de Administração da empresa. Anunciado em julho de 2008, o investimento foi suspenso em julho de 2009 devido ao agravamento da crise econômica mundial.

O Conselho voltará a analisar a viabilidade do projeto à luz de um novo contexto, com o amadurecimento dos ativos de mineração da empresa, a chegada do gasoduto ao Vale do Aço e o abrandamento da crise econômica. A definição do novo cronograma para início do empreendimento dependerá da retomada sustentável da demanda por aços planos.

A nova usina terá capacidade instalada de 5 milhões de toneladas de placas por ano e, uma vez que a decisão seja tomada pelo Conselho, deverá ser implantada em duas fases.

Inovação - Outro eixo estratégico para a Usiminas é a área de inovação, que vem ampliando seus investimentos ano a ano. Em 2010 a empresa prevê aportes da ordem de R$ 28,9 milhões em pesquisa e inovação, valor 50% maior que os R$ 19,2 milhões aplicados no ano passado. Em 2008, os investimentos haviam sido de R$ 7 milhões.

Também em 2010 a siderúrgica pretende dar início à construção de uma nova unidade de pesquisas, no Parque Tecnológico da UFRJ, com foco em projetos que atendam às demandas da exploração da camada pré-sal. A parceria com a universidade teve início no dia 11 de fevereiro, quando a empresa e a UFRJ assinaram um convênio de cooperação técnico-científica que prevê o início da primeira pesquisa conjunta.

A Usiminas é a empresa privada que mais registra patentes no Brasil. Foram mais de 600 pedidos entre 1992 e 2009.

Resultados do 4T09- A Usiminas fechou o quarto trimestre do ano passado com lucro líquido de R$ 633 milhões, resultado animador em relação aos piores momentos da crise e 39% acima do registrado no período anterior. No balanço foi nítido o efeito da queda dos investimentos na economia brasileira: o lucro de R$ 1,3 bilhão ficou 58% abaixo do resultado de 2008.

No quarto trimestre do ano, a Usiminas apurou uma receita líquida de R$ 3,0 bilhões, lucro líquido de R$ 633 milhões e geração de caixa medida pelo EBITDA de R$ 663 milhões, que confirmam a recuperação observada a partir do 2º semestre de 2009. Com isso, no acumulado do exercício, estas cifras atingiram, respectivamente, R$ 10,9 bilhões, R$ 1,3 bilhão e R$ 1,5 bilhão.

De acordo com a empresa, estes resultados foram substancialmente inferiores quando comparados aos alcançados em 2008, e refletem o cenário adverso enfrentado pela Companhia, fruto dos efeitos da crise econômica global, especialmente no decorrer do 1º semestre do ano, quando a retração da demanda de aço se mostrou a mais alta da história da siderurgia.

A Usiminas, todavia, respondeu rapidamente, cortando seus custos, adiando projetos, promovendo a parada de equipamentos e, por conseqüência, reduzindo seu volume de produção e vendas.

Promoveu ainda o ajuste de seus estoques e reduziu a força de trabalho, todas estas medidas tomadas com cuidado e critério, a fim de enfrentar a drástica queda da demanda de aços planos no país e no mundo.

Não obstante, prosseguiu com os investimentos estratégicos em curso, para os quais cerca de R$ 2,1 bilhões foram desembolsados em 2009, a fim de assegurar a presença da Usiminas nos segmentos de maior potencial de desenvolvimento.

Mas foi também um ano de profundas mudanças e, para dar maior visibilidade aos seus negócios, as áreas de atuação da Companhia foram agrupadas em quatro unidades: Mineração e Logística, Siderurgia, Transformação do Aço e Bens de Capital. Esta reorganização estrutural por que passa a Usiminas busca modernizar processos e prepará-la para o futuro, garantir a liderança na produção de aço, investir em novos negócios e verticalizar os processos industriais, para oferecer soluções e produtos de maior valor agregado. Exemplo disso foi a criação da Soluções Usiminas, que atuará não só na distribuição, mas também no beneficiamento do aço. A Usiminas Mecânica, braço do Grupo no setor de bens de capital, também faz parte da estratégia da Companhia de agregar valor ao produto e ampliar a entrega de produtos manufaturados ao cliente final.

Passado o momento mais agudo e vencidos os desafios, a Usiminas prepara-se agora para uma nova fase de desenvolvimento. Com novos valores, visão e objetivos, é hoje uma Empresa muito mais forte, ágil e moderna, pronta para capturar todas as oportunidades presentes e futuras, e responder adequadamente às expectativas de seus “stakeholders”.

“Em 2009, vários setores adiaram a compra de máquinas, mas isso deve se reverter, com maior oferta de crédito por parte do BNDES. Este ano é um ano promissor e já começamos a sentir isso”, avaliou o presidente-executivo da companhia, Marco Antônio Castello Branco.

Para ele, o novo ciclo de crescimento da economia será baseado fortemente na produção de bens de capital. A Usiminas anunciou pagamento de dividendos no valor de R$ 0,13975 por ação ordinária e R$ 0,15373 por ação preferencial.

Investimentos em Andamento nas Unidades de Negócio.: Soluções Usiminas - Ampliação da Planta de Taubaté/SP (4ª Fase): equipamento press blank line em fabricação, com embarque previsto para outubro/2010. O início das obras civis do edifício está programado para junho/2010 e o início de operação da planta é estimado para abril/2011. O objetivo é aumentar a capacidade em 70 mil toneladas (25% da capacidade atual), para fornecimento de blanks (platinas) para a indústria automobilística.

Usiminas Mecânica- Instalação em Ipatinga/MG de uma nova unidade de fundição até o 4º trimestre de 2011. O objetivo do projeto é modernizar e ampliar a Fundição da Usiminas Mecânica de forma a aumentar a produção e enobrecer o mix de produtos aproveitando a oportunidade de novos negócios.

Equipamentos para as Linhas de Moldagem Manual e Mecanizada e demais equipamentos em fase de licitação. O início das obras está programado para junho/2010.

Automotiva Usiminas- Em implantação o Projeto para expansão da capacidade de produção com a ampliação da linha de armação/soldagem, onde serão construídos galpões e instalação de toda a infra-estrutura para abrigar a linha de Body Shop de uma nova cabine, a ser lançada no mercado. O projeto encontra-se em fase de fabricação das estruturas e construção da fundação dos pilares. O equipamento principal está em fase de fabricação e o término de implantação do projeto está previsto para o 1º trimestre de 2011.

Conjuntura e Perspectivas – Na avaliação da direção da Usiminas, o ano de 2009 foi marcado por uma das mais profundas crises já vividas pela economia internacional, impactando todas as regiões do mundo. No Brasil praticamente todos os setores foram afetados, sobretudo os direcionados à exportação. A partir do 2º trimestre do ano, iniciouse um processo de recuperação gradual da economia, sustentado principalmente pelo mercado interno. O setor siderúrgico, em todo mundo, foi um dos mais impactados pela crise financeira internacional e todas as cadeias produtivas das quais a siderurgia participa foram intensamente atingidas. Pela primeira vez as usinas brasileiras se viram obrigadas a reduzir a produção dos altos fornos e o Brasil se tornou um importador líquido de produtos que utilizam aço.

As vendas das usinas em 2009 foram reduzidas em todos os segmentos de mercado, mas alguns setores como o automotivo e utilidades domésticas caíram menos, favorecidos pela redução de impostos e melhores condições de crédito. Os setores de bens de capital, por outro lado, foram muito afetados pela redução dos investimentos e das exportações e apresentaram maiores retrações. As importações de aço, que já vinham crescendo desde 2007, evoluíram significativamente em 2009 em função da oferta de produtos originados de países como a China, Rússia e Ucrânia, além da valorização do real.

Perspectivas para 2010 - “O ano de 2010 nasce sob uma expectativa positiva, dadas as expectativas de mercado para o crescimento do PIB superior a 5% e de cerca de 12% na produção industrial, ao mesmo tempo em que se espera uma retomada, ainda que parcial, das principais economias do mundo e, nesse sentido, as perspectivas são de crescimento das vendas aos diversos segmentos do mercado, prevendo-se um crescimento da demanda por aços planos no mercado interno, da ordem de 20%, segundo dados preliminares do Instituto Aço Brasil – IABr”, adiantam.

“No médio e longo prazo haverá impactos favoráveis decorrentes dos investimentos necessários para a realização dos mega eventos esportivos e dos investimentos para exploração dos campos de petróleo do pré-sal. Este cenário deverá representar para a indústria siderúrgica um aumento contínuo no consumo de aço”, avaliam.

Internacional.: Participação na Ternium - A Ternium é uma das maiores produtoras de aço das Américas, ofertando larga gama de produtos, entre aços planos e longos. Até setembro de 2009, a Ternium apurou os seguintes resultados: 4,7 milhões de toneladas comercializadas; receita líquida de US$ 3,6 bilhões; lucro líquido de US$ 572 milhões e EBITDA de US$ 392,6 milhões. A Empresa conta com unidades operacionais no México (Hylsamex e IMSA) e na Argentina (Siderar) e possui uma vasta rede de distribuição.

A Usiminas participa com 14,25% do capital total da Ternium, da qual é sócia com o grupo Techint. Os resultados da Ternium são contabilizados na Usiminas com um trimestre de defasagem.

Transformação do aço.: Unigal- Os trabalhos de construção da nova linha de galvanização a quente da Unigal continuam dentro do cronograma planejado e a ampliação, prevista para ser concluída no 1º Trimestre de 2011, irá elevar a capacidade de produção atual em 550 mil toneladas de bobinas por ano e deverá gerar 750 empregos diretos e ter 2.100 trabalhadores no pico das obras. O aço galvanizado é utilizado principalmente na indústria automobilística, de eletrodomésticos e construção civil. A Unigal é uma joint-venture entre a Usiminas (70% de participação) e a Nippon Steel (30% de participação), destinada a processar bobinas galvanizadas por imersão a quente.

Mais projetos: Usiminas Mecânica obtém licença ambiental para construção de fábrica de módulos em Cubatão-SP A Usiminas Mecânica obteve a concessão da Licença Prévia e a da Licença de Instalação, emitida pela Cetesb, órgão regulador ambiental do Estado de São Paulo, para seu projeto da fábrica de módulos no complexo industrial de Cubatão, destinado ao atendimento do segmento de óleo e gás.

Em terreno anexo à Usina de Cubatão, está prevista a construção de uma fábrica para a produção de módulos para plataformas “offshore” e uma para produção de painéis para blocos navais. O investimento será da ordem de US$ 200 milhões e o complexo deverá entrar em operação em 2011, com capacidade de produção de até 18 módulos simultaneamente e utilizará, como matéria-prima, chapas grossas e bobinas vindas da Usinas de Cubatão e de Ipatinga.

Perfil - Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. é o maior complexo siderúrgico de aços planos da América Latina, com receita líquida consolidada de R$ 15,7 bilhões em 2008. A Usiminas possui capacidade para produzir 9,5 milhões de toneladas de aço por ano em suas duas usinas - Ipatinga/MG e Cubatão/SP, o que representa aproximadamente 25% da produção brasileira e 50% de participação no mercado interno de laminados planos. Com foco permanente em sustentabilidade, a Usiminas detem domínio de toda cadeia produtiva do aço - da extração do minério até o beneficiamento de produtos. [www.usiminas.com.br]

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