Felaban elege Fernando Pozo para a sua presidência

Banqueiro do Equador tem por meta enfrentar desafios do setor, como aumentar nível de microcrédito para diminuir índice de pobreza e fomentar maior intercâmbio dos bancos, com investimentos em tecnologia.

O novo presidente da Federação Latino-Americana de Bancos (Felaban) é Fernando Pozo Crespo, eleito durante a Assembléia 2006, reunião anual de bancos realizada de 12 a 14 de novembro, no Rio de Janeiro. Ele foi vice-presidente da atual gestão liderada por Juan Antonio Niño, é presidente da Asociación de Bancos Privados del Ecuador (ABPE) e gerente geral do Banco del Pichincha. Fernando Pozo é equatoriano, graduado em Economia e cursou várias pós-graduações nos EUA.

Entre as suas metas, está a de manter as prioridades da gestão anterior em aumentar o nível de bancarização e incentivar a expansão de microcrédito, importante ferramenta para combater a pobreza na América Latina. O executivo também terá como destaque na sua administração a maior integração entre os bancos da região, tendo em especial atenção a participação maior de instituições entre estes países.

Durante a Assembléia 2006, também foi eleito o novo comitê diretivo da Felaban, agora composto pelos primeiro e segundo vice-presidentes Victor Vargas (presidente da Associação Bancária de Venezuela e do Banco Occidental de Descuento) e Leonel Baruch (presidente da Asociación Bancaria Costarricense). O comitê é complementado por representantes de Argentina, Brasil, Colômbia, México, Panamá e Peru. Na Assembléia 2006, ainda fora elencadas as praças onde se realizarão as próximas versões da reunião anual de bancos. Em 2007 e 2009 será em Miami (EUA), Panamá (2008) e Uruguai (2010).

Maturidade contra crises - A perspectiva do novo presidente da Felaban é aprofundar as metas de Juan Antonio Niño. “O sistema financeiro é Antonio Nino. O sistema financeiro é a coluna dorsal da região, principalmente no mundo globalizado”. Um dos temas que o novo executivo vai tratar em sua gestão é incentivar ainda mais a rua de mão-dupla entre os bancos da região e os do bloco de Nafta e Europa.

Pozo afirmou que não teme que eventual crise no sistema financeiro mundial afete seriamente a América Latina. Ele acredita que crises financeiras são cíclicas, mas há fortes controles locais. “A América Latina está mais madura e a internacionalização de normas trazem maior segurança”. Ainda neste quadro internacional, está atento quanto às expectativas da economia nos EUA, cujo elevado déficit fiscal deve continuar a sugar o dinheiro do mundo. Mas Pozo vê que os altos índices de crescimento da China compensam esse cenário. Além disso, o executivo lembra que os altos padrões tecnológicos alcançados pelos bancos são importantes neste e em outros segmentos, e continuarão a ter investimentos.

Em termos regionais, Pozo mantém a meta de incentivar a bancarização e o microcrédito para combater a pobreza da região. “O microcrédito é fundamental para ajudar a acabar com a pobreza, principalmente com investimento e pequenos projetos”. Em relação à Assembléia 2006, Pozo afirma que o encontro foi bastante rico ao compartilhar experiências entre bancos de todo o mundo. “Temos uma realidade cada vez mais híbrida, e essas trocas vão contribuir para o desenvolvimento econômico da região. A América latina continuará a ser um jogador importante no mundo globalizado”.

Perfil Felaban - A Federación Latinoamericana de Bancos (Felaban) representa mais de 600 instituições bancárias e financeiras de 19 países da América Latina. Foi fundada em 1965, em Mar del Plata, Argentina. É uma organização sem fins lucrativos que cumpre seus objetivos por conferências e reuniões técnicas e mantém Centro de Documentação, publicações e pro2 hasta 14 de noviembre, en el Hotel Windsor Barra, Rio de Janeiro (RJ). Site: www.assembleia2006.com.br