Cesta de materiais elétricos ficou mais cara no Rio, em janeiro

Pesquisa do Simerj aponta alta de 0,92% em comparação com dezembro, numa cesta de produtos que inclui interruptores, fitas isolantes e lâmpadas incandescentes, entre outros.

A cesta de produtos básicos de materiais elétricos na Região Metropolitana do Rio de Janeiro – como interruptores, fitas isolantes, disjuntores e lâmpadas incandescentes, entre outros – subiu 0,92% em janeiro, na comparação com dezembro de 2009, pulando de R$ 1.451,30 para R$ 1.477,08. Os dados são da pesquisa do Sindicato do Comércio Varejista de Material Elétrico, Eletrônicos e Eletrodomésticos do Município do Rio de Janeiro (Simerj).

No levantamento de janeiro, realizado entre os dias 1e 31, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, apenas seis dos 18 tipos de materiais elétricos analisados registraram queda no período, entre eles a fita isolante de 20 m, o condulete de alumínio de 3/4 de polegada e o cabo flexível de 6,0 mm – 0,75KV.

As lâmpadas incandescentes chegaram ao terceiro mês consecutivo de alta. Os dois tipos avaliados pela pesquisa registraram avanço em janeiro, na comparação com dezembro: enquanto as com potência até 60W subiram 9,38% no período, as com potência até 100W ganharam 10,19%. Outro produto com fortes ganhos foi a tomada. Os preços de todos os tipos analisados pelo estudo subiram no mês passado: a tomada de embutir conjugada com interruptor de uma seção sofreu a maior variação positiva, elevando-se 14,02%, o que reflete a obrigatoriedade da adoção dos novos padrões de tomada, que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2010.

Há pouco mais de um mês de implantação, o novo padrão brasileiro de plugues e tomadas já causa transtornos ao consumidor, que não encontra adaptadores de três pinos nas lojas. Segundo o Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro), o novo padrão aumenta a segurança das instalações e são obrigatórios em geladeiras, lavadouras de roupas, microondas, aparelhos de ar condicionado, TVs de plasma e LCD e computadores.

“Na busca de solução rápida para o problema, o consumidor poderá implementar adaptações inadequadas caso não encontre compatibilidade de conexão. Isso nos causa preocupação, já que o objetivo de mudança é aumentar segurança”, afirma o presidente do Simerj, Antônio Florêncio de Queiroz Junior.

Queiroz ressalta, ainda, a necessidade de fiscalização da qualidade desse tipo de dispositivo, o que deverá ser mais difícil com a regulamentação da “Lei dos Sacoleiros”, que permite a entrada de produtos eletroeletrônicos procedentes do Paraguai.

Pesquisa - Criado para avaliar o comportamento dos preços de materiais elétricos na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, o estudo, realizado em parceria com a Fecomércio-RJ, avaliou 18 tipos de materiais elétricos, usando como base uma unidade domiciliar de dois quartos, sala, cozinha, banheiro, circulação (corredor), área de serviço e dependência de empregada.