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26/02/2010 - 10:39

A virtualização como ferramenta de promoção da sustentabilidade


A sustentabilidade entrou de vez na pauta dos negócios e na gestão das estratégias da TI e das empresas de diversos setores e portes. A incorporação de princípios sustentáveis nas políticas corporativas ajudará no esforço de garantir a perenidade da empresa e da nossa existência no planeta Terra. A cada dia aumenta a necessidade de estabelecermos maior harmonia entre o avanço da tecnologia e o meio ambiente.

Não é novidade alguma o fato de atualmente dependermos profundamente dos computadores em nossa vida, trabalho e bem-estar. Hoje, via Internet tentamos resolver praticamente tudo, logo, o acesso à tecnologia não é luxo, mas necessidade. Porém, tudo isso depende de uma grande rede de computadores fazendo as coisas acontecerem.

As práticas da TI verde buscam reduzir o desperdício e aumentar a eficiência de todos os processos relacionados à operação desses computadores "no meio do caminho". O exemplo mais concreto é a redução do consumo de energia. Hoje, após muita pesquisa e desenvolvimento, os microprocessadores realizam mais operações gastando menos eletricidade do que faziam há quatro anos. Com essa redução do consumo, diminui também o calor gerado por essas máquinas.

Quando se fala em sustentabilidade, as companhias do setor de tecnologia exercem papel relevante. Pelo menos esta é a constatação de um levantamento da revista americana Newsweek, em conjunto com pesquisadores da consultoria ambiental KLD Research & Analytics, Trucost e CorporateRegister.com, o "Green Ranking" (ranking verde), que avaliou as 500 maiores empresas dos Estados Unidos, com base no seu desempenho ambiental real, políticas ambientais e reputação. Quatro companhias de TI figuram entre as cinco mais "verdes" dos Estados Unidos, no primeiro ranking realizado sobre as organizações que mais contribuem para o meio ambiente. Na última lista, os 13 primeiros supercomputadores colocados são mais eficientes que o primeiro colocado da primeira lista, feita em 2007.

Em relação à fabricação de computadores, já existem vários modelos à venda que alegam não utilizar metais pesados em sua fabricação. Os fabricantes mais antenados estão abandonando os plásticos e metais em troca de materiais naturais: há modelos de laptops com gabinete feito de fibras de bambu e madeira, por exemplo. A chamada TI verde vem ganhando força e projeção a cada ano. Em 2008, institutos como o Gartner e o IDC apontaram a TI verde como uma das principais tendências no mundo tecnológico a partir de 2009.

A TI verde, além de indicar uma prática ambientalmente correta, significa economizar recursos, cortar custos, o que em tempos de crise é questão de sobrevivência. Se antes os CIOs não se preocupavam com a conta de energia elétrica, com o descarte desnecessário de equipamentos no meio ambiente, com o espaço físico ocupado pelas máquinas ou com quanto a empresa gasta com refrigeração de ambiente, por exemplo, agora, no novo cenário, precisam estar bastante atentos a todos esses custos, buscando continuamente maneiras de reduzi-los. O desafio se amplia ao se fazer a educação, a mobilização de colaboradores e cadeia produtiva no sentido de exercer papel de liderança e fortalecer a marca.

A virtualização objetiva a redução de custos, de ocupação de espaços físicos e a economia de recursos naturais. Uma empresa de 500 funcionários atinge facilmente a marca de 50 servidores, e cada um desses equipamentos consomem recursos de administração, manutenção, energia, ar condicionado entre outros. Num ambiente de virtualização, no entanto, o número de servidores de uma companhia do mesmo porte pode cair para um patamar de duas a quatro máquinas. Dessa forma, reduz-se a emissão de CO2 na atmosfera e economiza-se com aquisições futuras de hardware, refrigeração e energia elétrica. Conclui-se que a virtualização pode conseguir, sem perda de desempenho ou aumento de riscos, uma redução mínima de 75% somente no gasto de energia elétrica.

Por exemplo, o Banco da Nova Zelândia após implantar soluções de virtualização conseguiu reduzir em 30% o espaço do datacenter, em 38% o consumo de energia, obteve 20% de ROI sobre o investimento da plataforma e ganhou mais agilidade em seus processos. As organizações que ainda não adotaram a tecnologia tendem a aderir em um ritmo cada vez mais acelerado.

A área de Tecnologia da Informação pode ser uma poderosa ferramenta para a promoção da sustentabilidade nos negócios. Hoje, executivos e gestores de TI refletem sobre eficiência energética, redução e eliminação de materiais perigosos e gestão de ativos em suas estratégias.

Percebe-se, portanto, que a virtualização não é só um termo moderno. Os benefícios são palpáveis e abundantes. As empresas que aderem a essa tecnologia trilham o caminho do triple bottom line ao racionalizar o consumo de recursos naturais, reduzir os gastos, otimizar investimentos e sensibilizar outros atores sociais a contribuírem para um futuro mais sustentável.

.Por: Alejandro Chocolat, Red Hat Brasil Country Manager | [email protected]

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