Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

27/02/2010 - 07:14

Cânceres raros podem ser confundidos com outros tipos de doenças

Falta de conhecimento sobre tumores leva pacientes a minimizarem os efeitos da enfermidade.

Nas últimas semanas a apresentadora Hebe Camargo foi parar nas páginas dos principais jornais do país por conta não de seu trabalho, mas de um drama pessoal que fez com que o Brasil inteiro se solidarizasse: aos 80 anos, Hebe recebeu o diagnóstico de câncer no peritônio, uma variação rara da doença que, no caso dela, tem tumores espalhados pela membrana abdominal.

O tumor da apresentadora levantou um debate sobre os tipos de cânceres que não são usualmente citados pelos médicos, exatamente por não serem tão comuns, mas que também precisam de tratamento eficaz para combatê-los e minimizar suas possibilidades de desenvolvimento e expansão. E como esses tipos de doença são pouco comuns, os sintomas podem passar despercebidos pelos pacientes.

“A maioria dos tumores raros têm sintomas pouco específicos, até que se tornem avançados. Desta forma, sintomas iniciais podem facilmente ser confundidos com doenças benignas”, alerta Luiz Henrique Araújo, oncologista da COI-Clínicas Oncológicas Integradas, especializada em tratamento do câncer e de doenças do sangue.

O NCI (Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos) define como raros os tumores que têm casos de incidência menores ou iguais a 40 mil novos casos por ano. Neste grupo, estão os tumores primários de cérebro, cabeça, pescoço, globo ocular, entre outros.

A genética funciona como um fator de alerta para os pacientes: se alguém na família desenvolveu algum tipo de câncer incomum, a probabilidade de o descendente ter o mesmo tipo de tumor também é grande. Guardadas, claro, as devidas proporções relativas a proximidade desse parentesco e aos hábitos de vida.

“Famílias com predisposição genética a câncer tendem a desenvolver tipos raros de tumores. Esses casos devem idealmente ser acompanhados por equipe especializada em oncogenética, que avaliará adequadamente a necessidade de medidas específicas de prevenção”, aconselha Luiz Henrique, ressaltando o trabalho de avaliação do histórico do paciente que verifica a predisposição dele a desenvolver algum tipo de tumor. Em casos específicos, a oncogenética aconselha até a realização de análises de DNA.

Fora isso, os conselhos sugeridos pelos médicos para evitar a doença são os mesmos para qualquer tipo de câncer: não fumar, manter uma alimentação saudável, evitar a ingestão de bebidas alcoólicas moderadamente, praticar exercícios físicos com regularidade, fazer exame clínico anual da mama para as mulheres e da próstata para homens, em idades determinadas, entre outros.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira