Excesso de cobrança: como se proteger do excesso de tarifas bancárias

A utilização dos bancos é praticamente indispensável em nosso cotidiano. Contas, impostos, salários, seguro-desemprego. Estes e outros casos são exemplos de contas que normalmente buscamos o banco como intermediário. Pelo fato da nossa quase dependência deste tipo de serviço, há um abuso indiscriminado das operadoras, que em muitos casos ocorre pela falta de esclarecimento do cidadão sobre seus direitos.

O advogado especializado em fomento mercantil, Luiz Guilherme Natalizi, diz que o maior problema são as cobranças e a variação de juros. No primeiro caso, ele acredita que principalmente o cheque rotativo – mais conhecido como cheque especial - é abusivo. “Os juros financeiros, ou seja, a cobrança de juros sobre juros, é uma prática exclusiva do Brasil, pois nos demais países os cálculos são feitos de maneira simples, resultando em poucos meses uma dívida com o dobro do valor”, explica. No caso da variação de juros, Natalizi considera uma prática abominável. “Não há qualquer negociação com o cliente sobre as variações, e os bancos praticam as taxas que lhe convierem e podem aumentar ou (raríssimo) diminuir sem ter que obter a concordância do correntista” analisa.

O maior motivo dos abusos bancários está na falta de informação das pessoas. A melhor maneira de se prevenir é fiscalizar constantemente como anda sua conta bancária, não importando o tipo. “Extratos devem ser impressos com frequência, e qualquer anormalidade percebida deve ser reclamada no site do Banco Central do Brasil ou no Procon mais perto”, ensina o advogado.

Grandes diferenças- O Procon de São Paulo divulgou no final de 2009 um movimento de queda nas taxas médias do empréstimo pessoal e do cheque especial em 2009, ao contrário do que ocorreu em 2008. No cheque especial, as quedas foram de pequena magnitude e, a partir do segundo semestre, a tendência foi de estabilização. No empréstimo pessoal, a queda foi mais acentuada ao longo de todo o ano. A diferença de taxas para o cheque especial chegou a 77,49 %. Já para o empréstimo pessoal a diferença foi de 45,79%. A melhor maneira de se prevenir dos excessos de cobrança de taxas bancárias ainda é a pesquisa do correntista.

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