Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

02/03/2010 - 11:44

A nova fronteira tecnológica do petróleo

Presidente da Lupatech diz que apenas as empresas com maior conhecimento tecnológico chegarão primeiro às soluções necessárias para superar as barreiras hoje conhecidas.

Em novembro de 2007, a Petrobras revelou ao mundo que havia feito importante descoberta de reservas de petróleo e gás na Bacia de Santos (SP), numa profundidade de quase 8 mil metros, em uma camada ainda pouco conhecida por qualquer um que não fosse geólogo, chamada pré-sal. Era o campo de Tupi. Nos meses que se seguiram ao anúncio, novas descobertas foram anunciadas, como Iara e Guará. A produção dessas reservas será expressiva, comparada ao que o Brasil produz hoje - saindo de 14 bilhões de barris para 33 bilhões de barris estimados. O conjunto de campos petrolíferos do pré-sal se estende entre o litoral dos Estados brasileiros do Espírito Santo e Santa Catarina, com profundidades que variam de mil a 2 mil metros de lâmina d'água e entre 4 mil e 6 mil metros de profundidade no subsolo.

Extrair essas reservas demandará novas técnicas e novos equipamentos, não só devido à profundidade, mas também em função das características geológicas do local das reservas e da alta concentração de gases corrosivos aos equipamentos de produção. Diante desses desafios, mas, principalmente, dessas oportunidades, fornecedores de equipamentos e serviços começaram a se mobilizar para atender às novas demandas tecnológicas. Esse esforço requer, mais que tempo e dinheiro, conhecimentos avançados e experiências inovadoras.

De fato, essa fase se assemelha ao que o mundo vivenciou após a crise do petróleo na década de 70, quando passamos a produzir petróleo no mar - até então, a fronteira tecnológica a ser superada. Hoje, há campos em produção em águas ultraprofundas, cerca de 2 mil metros abaixo da linha do mar. O futuro da oferta de petróleo depende, atualmente, da produção em áreas fronteiriças, como as águas ultraprofundas e da camada pré-sal.

Esse espantoso progresso da exploração - de águas rasas até as ultraprofundas - foi alcançado por meio da associação de conhecimento entre as empresas produtoras de petróleo, os fabricantes de equipamentos e os prestadores de serviços. Assim continuará a ser, todavia, de forma ainda mais seletiva. Apenas as empresas com maior conhecimento tecnológico chegarão primeiro às soluções necessárias para superar as barreiras hoje conhecidas.

A Lupatech, assim como outras empresas brasileiras com atuação no setor de óleo e gás, ciente do seu papel como fornecedora da Petrobras e, sobretudo, como desenvolvedora de tecnologia, vem se posicionando para aproveitar as oportunidades que se desenham. A companhia tem investido em inovação e atualização em suas 21 fábricas nos últimos anos e, desde 2006, mais de R$ 800 milhões foram destinados à sua expansão.

Um exemplo dos investimentos que a Lupatech vem realizando é a recém-inaugurada fábrica de válvulas em Nova Odessa, no interior paulista. Aberta em agosto do ano passado, a unidade, que recebeu investimentos de R$ 56 milhões, é a principal fornecedora brasileira de válvulas para plataformas em águas profundas e ultraprofundas. Além disso, fornece outros produtos e serviços de alto valor agregado e tecnologia diferenciada, tais como cabos de ancoragem e revestimentos de tubulações em materiais especiais com aplicação específica para ambientes altamente corrosivos.

Na ocasião da inauguração da Lupatech MNA, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, declarou que serão necessários US$ 80 bilhões nos próximos dez anos para financiar apenas a compra de equipamentos para a indústria do petróleo. Hoje, essa indústria já representa cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Esses números comprovam que este mercado tem potencial para atingir proporções gigantescas.

. Por: Nestor Perini, presidente da Lupatech S.A.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira