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03/03/2010 - 09:52

Consórcios em 2010, crescimento deve superar 10%

Automóveis, motos e imóveis apresentaram alta em 2009, ano em que a Lei dos Consórcios completou um ano em fevereiro.

O Sistema de Consórcios terminou 2009 registrando crescimento em vários setores. Apesar da crise internacional vivida ainda nos primeiros meses do ano passado, os consórcios de automóveis, motos e imóveis apresentaram alta nas vendas de novas cotas.

Para Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, “ao projetarmos um crescimento entre 6% e 8%, fomos conservadores em razão do momento vivido pelo país no último trimestre de 2008. Contudo, o consumidor brasileiro, estimulado e tendo analisado os vários mecanismos disponíveis para uma compra parcelada, buscou o Sistema, constatando que, mais que a aquisição de um bem ou serviço, estava a possível economia e a formação de um patrimônio pessoal ou familiar”.

Os números de dezembro fecharam com uma evolução de 10,9% nas novas adesões, segundo a assessoria econômica da entidade. O acumulado dos doze meses de 2009 foi de 1,98 milhão de cotas (recorde desde 2000) contra 1,78 milhão, totalizado em 2008. As contemplações, momento em que os consorciados de posse da carta de crédito podem adquirir seus bens, acumularam 933,5 mil (jan-dez/2009) (recorde desde 1997), 13,8% a mais que as 820 mil (jan-dez/2008) do mesmo período um ano antes.

O número de participantes ativos, incluindo veículos leves (automóveis, camionetas e utilitários), veículos pesados (caminhões, ônibus, semi-reboques, tratores, implementos agrícolas, entre outros), imóveis, eletroeletrônicos e serviços superou 3,80 milhões (recorde desde 2000), em dezembro de 2009, 4,7% a mais que os 3,63 milhões registrados no mesmo mês de 2008.

Os ativos administrados do Sistema de Consórcios superaram R$ 79 bilhões, em 2009 (estimativa), 46,3% maior que o registrado em 2006. Somente os recebíveis cresceram 44,7 % em quatro anos. Saltaram de R$ 47 bilhões (2006) para R$ 68 bilhões (estimativa para 2009). As disponibilidades também apresentaram alta no mesmo período, 57,1%. Somavam R$ 7 bilhões em 2006 e estão estimados em R$ 11 bilhões, para o ano passado.

A arrecadação de tributos e contribuições sociais acompanhou o crescimento das atividades consorciais apontando alta de 48,7%. Em 2006, o volume atingiu R$ 566 milhões, enquanto em 2009 está estimado em R$ 842 milhões. O Sistema de Consórcios gera atualmente 50 mil empregos diretos e indiretos.

A Lei dos Consórcios entrou em vigor - A entrada em vigor da Lei dos Consórcios, ocorrida em 6 de fevereiro do ano passado, foi uma conquista do Sistema de Consórcios. Rossi esclareceu que “a legislação conferiu uma maior e melhor estabilidade jurídica à atividade e às partes envolvidas, ou seja, grupo, participantes e administradora de consórcios”.

Como o país busca uma sociedade não somente baseada em crédito e endividamento das pessoas, mas na disciplina do planejamento e poupança programada para a aquisição de bens, a lei propiciou maior transparência e reforçou a credibilidade já existente. Desde o início dos anos 90, o Banco Central do Brasil vem normatizando e fiscalizando o segmento, fato que continuou gerando confiança ao mercado e possibilitou o crescimento constante do número de participantes.

Veículos automotores, vendas cresceram mais de 14% - “Ao mostrar que o Sistema de Consórcios é mais do que um mecanismo de aquisição de um veículo, o brasileiro revelou que esse bem também é parte de seu patrimônio. Assim, no momento em que ocorreram restrições creditícias no início de 2009, a análise do consumidor considerou as diferenças e sinalizou os consórcios como alternativa inteligente”, afirmou o presidente executivo da ABAC.

Entre janeiro e dezembro de 2009, a comercialização de novas cotas de veículos automotores registrou alta de 14,3%. Subiu de 1,46 milhão (jan-dez/2008) para 1,67 milhão (jan-dez/2009), recentemente.

Os estudos realizados pela assessoria econômica da ABAC mostraram ainda que as contemplações, acumuladas nos doze meses do último ano, somaram 819 mil (jan-dez), 17,6% mais que as anteriores 696,3 mil (jan-dez/2008).

Os participantes ativos totalizaram 3,18 milhões, em dezembro último, 6,3% mais que os 2,99 milhões no mesmo mês de 2008. Em todo o Sistema de Consórcios há mais de 3,8 milhões de consorciados em grupos de veículos automotores, imóveis, eletroeletrônicos e bens móveis duráveis e serviços.

Mais de 40% de crescimento nos automóveis e utilitários - “O maior sonho do brasileiro é a casa própria, contudo o que ele acaba adquirindo primeiro é o seu veículo”, diz Rossi. Essa afirmativa confirma a grande procura pelos veículos nas concessionárias e o crescimento das vendas de novas cotas nos consórcios, acompanhando as vendas de veículos no país.

Com um crescimento de 42,2% nas vendas de novas cotas, os consórcios de automóveis e utilitários subiram de 332,6 mil, no período de janeiro a dezembro de 2008, para 473 mil (recorde desde 2000), no ano passado. Para o presidente da ABAC, “os dados mostraram que os incentivos foram e são importantes para a comercialização dos veículos. Todavia, se o parcelamento da compra for integral e sem juros, além de ser sem entrada, a compra fica ainda melhor. Só no Sistema de Consórcios, isso é possível”. O ticket médio mensal que em janeiro era de R$ 31,9 mil, cresceu 12,8% e atingiu R$ 36 mil, em dezembro.

Segundo estudos da assessoria econômica da ABAC, os participantes superaram 955 mil (recorde desde 2001), em dezembro passado, 11,2% mais que os 859 mil registrados naquele mês em 2008.

Com alta de 2,6%, as contemplações acumularam 191,8 mil, nos doze meses do último ano, enquanto nos mesmos meses de 2008, estiveram em 187 mil.

Em todo o Sistema de Consórcios há mais de 3,8 milhões de consorciados em grupos de veículos automotores, imóveis, bens móveis duráveis e serviços.

Motos, mais de 1,1 milhão de novas vendas e mais de dois milhões de consorciados - Maior setor dentro do Sistema de Consórcios, as motocicletas mantiveram sua participação nas vendas internas com duas unidades por consórcio em cada cinco comercializadas no ano passado. As contemplações chegaram a 601,9 mil (jan-dez/2009) (recorde desde 1997), 24,3% a mais que as 484,4 mil (jan-dez/2008) contabilizadas em 2008 .

A venda de novas cotas de motos esteve acima de 1,1 milhão (recorde desde 2000), entre janeiro e dezembro últimos, 10% mais que as anteriores um milhão (jan-dez/2008). O número de participantes ativos nos grupos desse setor chegou aos 2,06 milhões (recorde desde 2000), em dezembro último, 4,6% mais que o 1,97 milhão, do mesmo mês de 2008. O ticket médio mensal que em janeiro era de R$ 7,9 mil, cresceu 30,3% e atingiu R$ 10,3 mil, em dezembro.

Em todo o Sistema de Consórcios há mais de 3,8 milhões de consorciados em grupos de veículos automotores, imóveis, bens móveis duráveis e serviços.

A Recuperação nos pesados acompanha a economia - Medida também pelo transporte, a recuperação da economia no ano passado mostrou uma reversão nos resultados dos consórcios de pesados. O número de consorciados ativos cresceu 0,4%. Em dezembro último, chegou aos 163,1 mil (recorde desde 2000), enquanto um ano antes eram 162,5 mil.

“Em razão dos reflexos negativos da economia no final de 2008 e nos primeiros meses de 2009, o setor de veículos pesados mostrou dois comportamentos diferentes nas adesões”, explica o presidente executivo da ABAC. “Enquanto de janeiro a junho a média mensal de vendas de novas cotas foi de 3,2 mil, de julho a dezembro a média chegou a 3,8 mil, uma alta de 18,7%”, completa.

As novas adesões, que se apóiam na renovação e/ou na ampliação da frota, em 2009 totalizaram 42,2 mil (jan-dez), menor em 25% que as 56,2 mil (jan-dez) de 2008. O ticket médio mensal, que em janeiro era de R$ 101,7 mil, cresceu 41,8% e atingiu R$ 144,2 mil, em dezembro.

Nos estudos realizados pela assessoria econômica da ABAC, o volume de contemplações, de janeiro a dezembro, apontou alta. Foram 25,3 mil (2009) (recorde desde 1997), 1,6% mais que as 24,9 mil (jan-dez/2008) anteriores.

Em todo o Sistema de Consórcios há mais de 3,8 milhões de consorciados em grupos de veículos automotores, imóveis, bens móveis duráveis e serviços.

Imóveis, mais de 65 mil contemplados foram ao mercado - Mais de 65 mil consorciados contemplados nos grupos de imóveis, em 2009, impulsionaram o mercado imobiliário no país. Os bons resultados do setor colocam o Sistema como uma alternativa econômica e simples para a realização do sonho da casa própria.

Com o crescimento de 8,9% as contemplações, nos doze meses do ano passado, superaram 65,1 mil (recorde desde 1997), contra 59,8 mil em 2008.

“O planejamento do brasileiro começa pela não necessidade de desembolso no valor da entrada. Segue pelo pagamento de parcelas mensais sem qualquer cobrança de taxa de juros e atinge seu principal objetivo, a casa própria ou até mesmo um imóvel maior ou para lazer na praia ou no campo, ou ainda um imóvel para uso profissional, além de uma reforma, com possibilidade de escolha do imóvel como se estivesse com dinheiro não mão. Nesse momento, o consorciado pode negociar e conseguir vantagens na compra à vista. Isto sem falar na formação do seu patrimônio pessoal ou familiar”, detalha Paulo Roberto Rossi.

O volume de participantes ativos passou dos 533 mil (recorde desde 2000), em dezembro do ano passado, 3,4% maior que os 515,3 mil do mesmo mês de um ano antes.

A comercialização de novas vendas cotas chegou a 206,1 mil (jan-dez/2009) (recorde desde 2000), 0,5% acima das 204,9 mil (jan-dez/2008) registradas anteriormente nos estudos feitos pela assessoria econômica da ABAC. O ticket médio mensal, que em janeiro era de R$ 73,7 mil, cresceu 16,1% e atingiu R$ 85,6 mil, em dezembro.

No Sistema de Consórcios, que inclui todos os tipos de bens (veículos automotores, imóveis, bens móveis duráveis e serviços), há mais de 3,8 milhões de consorciados.

FGTS nos consórcios de imóveis - A entrada em vigor da Lei 12.058/2009, em outubro de 2009, estendeu aos consorciados/trabalhadores contemplados a possibilidade de utilização do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para a amortização extraordinária ou liquidação de saldo devedor e ainda pagamento de parte das prestações.

O Conselho Curador do FGTS já regulamentou os critérios para uso do saldo da conta do FGTS. As regras, similares às existentes para os mutuários de financiamentos habitacionais concedidos no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), seguirão a operacionalização que está sendo concluída pelo agente operador (Caixa Econômica Federal).

Entre as regras para utilização do FGTS nestas modalidades, destacam-se, entre outras a necessidade de o consorciado/trabalhador estar contemplado e ter adquirido o imóvel; e a avaliação do imóvel na data da aquisição não poderá exceder o valor estabelecido para financiamentos no Sistema Financeiro de Habitação, que hoje é de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).

Nos eletroeletrônicos, valor médio da cota cresceu 286% - O setor de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis apresentou resultado positivo em 2009. O ticket (valor da cota) médio mensal que em janeiro era de R$ 1,5 mil, cresceu 286% e atingiu R$ 5,8 mil, em dezembro, apesar da entrada de novos consorciados ter mostrado baixa de 14,3%, uma retração de 115 mil (jan-dez/2008) para 98,6 mil (jan-dez/2009).

“A mudança de comportamento do consorciado provocou a evolução do valor do ticket médio e conseqüentemente a redução nas cotas vendidas. Anteriormente, ele aderia ao grupo por eletroeletrônico desejado. Atualmente, a adesão é feita pela soma dos valores dos bens. Desta forma, as antigas cotas de valores menores foram substituídas por uma do valor total”, explica o presidente da ABAC.

“Na relação entre as novas adesões e as contemplações, foi observado que a cada duas entradas de consorciados, ocorre uma contemplação”, completa. A soma dos consorciados atingiu 98,6 mil (jan-dez/2009) enquanto as contemplações, no mesmo período, totalizaram 49,3 mil.

As contemplações, segundo os estudos da assessoria econômica da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), apontaram uma retração de 22,9%. O acumulado baixou de 63,9 mil (jan-dez/2008) para 49,3 mil (jan-dez/2009).

Também o total de participantes recuou. Baixou de 127,3 mil consorciados, anotados em dezembro do ano passado, para 92,0 mil, no mesmo mês de 2008, uma queda de 27,7%.

No Sistema de Consórcios, que inclui todos os tipos de bens (veículos automotores, imóveis, bens móveis duráveis e serviços), há mais de 3,8 milhões de consorciados.

Serviços, consumidor aprovou a novidade - O consórcio de serviços, autorizado para comercialização em fevereiro do ano passado, por ocasião da entrada em vigor da Lei dos Consórcios, registrou, em dez meses (mar-dez/2009) um total de participantes ativos de 3,3 mil, enquanto as contemplações acumuladas no período superaram 430.

Rossi destaca que “os consórcios de serviços, um pleito antigo das administradoras, atendeu o mercado consumidor em sua última alternativa, visto que tanto em bens duráveis como nos não duráveis, o Sistema já atendia todos os setores: veículos automotores, eletroeletrônicos e imóveis”.

Entre os contemplados, a maior escolha esteve por conta dos que utilizaram seus créditos no setor de saúde e estética, com 33,2%. Na sequência ficaram as festas ou eventos, com 14,34%; a educação, com 2,9%; o turismo, com 2,4%; e outros como serviços de arquitetura, frete, consultoria etc., com 47,13%.

No consórcio de serviços, existentes em 35 grupos das administradoras, o prazo médio de duração está em 40 meses e com faixas de crédito entre R$ 2 mil e R$ 38mil. O índice de correção mais utilizado é o IGPM.

Perspectivas para 2010 - A retomada econômica, esperada para este ano, coloca o Sistema de Consórcios no cenário brasileiro como mecanismo importante para a consolidação dos diversos segmentos como a indústria, o comércio e a prestação de serviços.

“A migração que vem ocorrendo entre as classes sociais, como a D transferindo-se para C e a C indo para B, numa expectativa de ampliar a qualidade de vida, permite projetarmos um crescimento nos consórcios. Por isso, para 2010 estimamos um aumento de 10% nas vendas de novas cotas, percentual duas vezes maior que o índice divulgado pelo governo para o PIB”, sinaliza o presidente executivo da ABAC.

Outros fatores como o uso do FGTS nos imóveis; as parcelas baixas nas motocicletas; o crescimento contínuo na comercialização dos veículos leves; preços acessíveis e inovações nos eletroeletrônicos; a renovação e a expansão de frotas nos veículos pesados, aliados a novos investimentos; e o portfólio de opções nos serviços são mais alguns fatores que completam as expectativas do crescimento.

Seguro no emprego, o brasileiro sente-se confiante em assumir compromissos de longo prazo como os consórcios. Desta forma, ao planejar o carro novo ou a sonhada casa própria e ao comparar os custos, ele ajusta as suas necessidades pessoais ou familiares, e pode conscientemente optar pelo consórcio. [Site: www.abac.org.br | Twitter: www.twitter.com/abacweb].

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