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04/03/2010 - 08:45

Microfinanciamento demonstra sólida valorização de capital a despeito da crise

Washington - A demanda contínua por capital de microfinanciamento, a despeito da pior crise mundial em décadas, continuou a impulsionar valorizações nesse setor mais elevadas no decorrer de 2009, e o panorama a médio prazo permanece positivo, de acordo com um novo relatório da CGAP, um grupo de microfinanciamento integrado ao Banco Mundial, e à J.P. Morgan.

"As instituições de microfinanciamento se depararam com as condições de mercado mais severas em mais de uma década durante 2009, com a maioria demonstrando uma clara deterioração na lucratividade e qualidade de ativos", afirmou Xavier Reille do CGAP, co-autor do relatório. "Ainda assim, a maioria das IMFs continuou a manter sólidos níveis de reserva e capitalização, e os investidores continuaram a demonstrar fé no setor."

O relatório CGAP/J.P. Morgan mostra que a valorização de capital continuou a aumentar em todas as regiões em 2009, com as IMFs no mercado de capital privado negociando uma média de 2,1 vezes o valor contábil -- um aumento de 62 por cento desde 2007. Os investidores públicos aumentaram significativamente seus comprometimentos com o microfinanciamento no ano passado, e o setor privado continuou a estabelecer novos veículos de capital de microfinanciamento, incluindo novos fundos do Blue Orchard, Triodos, e Developing World Markets.

"A comunidade investidora, tanto pública quanto privada, continua interessada em microfinanciamento, embora achemos que eles estão se tornando mais seletivos", declarou Nick O'Donohoe, líder global de pesquisa para a J.P. Morgan e co-autor do relatório.

A relativa juventude do mercado de capital de microfinanciamento significa que há poucos padrões de desempenho de mercado estabelecidos, dificultando as avaliações. No entanto, o relatório CGAP/J.P. Morgan está preenchendo essa lacuna valendo-se da análise de 200 transações de capital privado entre 2005 e 2009 e informações de negociações de oito instituições financeiras de baixa renda de capital aberto para avaliar o sólido desempenho do mercado de capital de microfinanciamento.

As IMFs indianas continuam atraindo os maiores interesses dos investidores, compreendendo 30% de todas as transações de capital de microfinanciamento em 2009. Ainda assim, a valorização de capital para as IMFs indianas está em aproximadamente seis vezes o seu valor contábil, ou três vezes a média global, um desempenho que a análise CGAP/J.P. Morgan sugere não ser sustentável no longo prazo.

A solidez da valorização de capital das IMFs mascara o impacto da crise financeira global no setor. O relatório CGAP/J.P. Morgan mostra que a qualidade de portfólio de empréstimo começou a se deteriorar rapidamente após janeiro de 2009, com empréstimos vencidos a mais de 30 dias saltando para uma média de 4,7 por cento, contra 2,2 por cento nos primeiros cinco meses de 2009, embora isso tenha se acalmado desde então, permanecendo estável em 2010. No entanto, os efeitos da retração econômica estiveram longe de serem uniformes, com as IMFs no Sul da Ásia e na América do sul apresentando poucos sinais de impacto, enquanto outras na Europa Oriental e Ásia Central foram, particularmente, mais afetadas. Contudo, poucas falhas de IMFs foram registradas e a maioria das instituições permanece bem capitalizada com índice de patrimônio inalterado na faixa dos 18 aos 20%.

A julgar pelo desempenho das instituições financeiras de baixa renda listadas, os veículos listados mais comparáveis a IMFs, os investidores acreditam que o setor emergirá da crise em boa situação. Essas ações têm um desempenho fortemente melhor que os bancos de mercados emergentes (conforme mensurado pelo Índice Bancário de Mercados Emergentes -- MSCI) e até o final de 2009, retornaram aos níveis pré-crise ou a novos picos históricos.

O relatório CGAP/J.P. Morgan argumenta que o declínio em qualidade de ativos em IMFs provavelmente diminuirá, mas não freará, o crescimento em sua base de ativos colocando, ao mesmo tempo, um foco no gerenciamento de risco aprimorado. É provável que a valorização continue a ser mantida por uma demanda contínua no setor público e comercial a médio prazo, sustentada mais detidamente por aquisições de bancos locais de IMFs e uma oferta pública inicial esperada pela SKS, a maior IMF da Índia -- em 2010.

O CGAP (Grupo de Consultoria para Assistência aos Pobres) é o principal recurso mundial para a promoção do microfinanciamento. O CGAP fornece à indústria financeira, governos e investidores informações objetivas, opiniões de especialistas e soluções inovadoras para expandir com eficácia o acesso ao financiamento para pessoas pobres em todo o mundo.|www.cgap.org

A J.P. Morgan é a divisão de banco de investimentos da JPMorgan Chase & Co. (NYSE: JPM), uma empresa líder em serviços financeiros globais com ativos de US$ 2 trilhões e operações em mais de 60 países. A JPMorgan Chase é líder em atividades de banco de investimentos, serviços financeiros para consumidores, pequenas empresas e bancos comerciais, processamento de transações financeiras, gerenciamento de ativos e participações privadas. A empresa atende a milhões de consumidores nos Estados Unidos e a muitas das mais proeminentes corporações do mundo, clientes institucionais e governamentais sob suas marcas J.P. Morgan e Chase. | www.jpmorgan.com | PR Newswire

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