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04/03/2010 - 08:45

Brasil ocupa a terceira posição em investimento de capital de riscos na América Latina

Estados Unidos seguem em primeiro, enquanto Chile e México têm a primeira e segunda colocação, respectivamente, entre países da América Latina.

O IESE e a empresa Ernst & Young prepararam um índice que mostra a atratividade de diversos países para aplicações dos fundos de venture capital e private equity. É a primeira vez que foi organizado um índice internacional amplo sobre o assunto. Aparecem na lista 66 países, de seis continentes. O Brasil ocupa a 51ª posição.

"Os países que mais se esforçaram para estimular a competição, a transparência e o profissionalismo saíram-se melhor na pesquisa", declarou o professor Heinrich Liechtenstein, do IESE, um dos organizadores do trabalho.

Ele destacou que o índice revela os níveis de oportunidade e a diversidade de desafios colocados diante do capital de risco internacional no período atual, que se segue à recessão que atingiu diversas economias.

Brasil- Na parte sobre o Brasil, o documento afirma que o país lidera a América Latina com relação à criação de um setor local de fundos de capital de riscos. Mas destaca também, como uma ameaça, o alcance da corrupção no setor público e as poucas punições efetuadas contra as contribuições ilegais às campanhas eleitorais.

Foram apontados como pontos fortes o apoio governamental aos programas para start-ups e empreendimentos na área de tecnologia, o grande aumento do número de empresas cotadas na bolsa de valores e a existência de uma estrutura inicial para a atuação de fundos de venture capital. A disposição empreendedora da população também aparece como ponto positivo.

Como pontos fracos, além da falta da percepção de que a corrupção está sendo combatida, foi citada a lentidão e a dificuldade do registro de patentes e outros instrumentos de propriedade intelectual.

Posições - Em termos regionais, o Brasil aparece atrás do Chile, que ficou na posição 32, e do México, 49, mas à frente do Uruguai, 52, Peru, 53, Colômbia, 58, Argentina, 59, Paraguai, 65, e Venezuela, 66.

Os países que ocupam as dez primeiras posições são, na ordem, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália, Hong Kong, Cingapura, Japão, Suíça, Holanda e Alemanha.

O trabalho, chamado Global Venture Capital and Private Equity Country Attractiveness Index, foi desenvolvido pelo Centro Internacional de Pesquisas sobre Finanças do IESE e pela Ernst & Young. A direção coube a Liechtenstein e a Alexander Groh, professor visitante do IESE.

Índice - O índice se baseia em seis critérios principais, apontados pelos investidores como os mais importantes para eles: atividade econômica profundidade dos mercados de capitais, taxação, proteção ao investidor e governança corporativa, ambiente humano e social, e cultura de empreendedorismo e oportunidades.

O objetivo do trabalho foi o de contribuir para a tomada de decisões dos investidores sobre para onde dirigir seus investimentos em fundos VC e PE. Procurou, também, auxiliar os formuladores de políticas na tarefa de influenciar as condições econômicas e fortalecer a vitalidade de seus regimes.

Emergentes - Como primeiro colocado da lista, os Estados Unidos serviram de parâmetro para os outros países na lista, que analisou dados remontando até 2000. China, Polônia e Índia apareceram como países que tomaram amplas medidas nos últimos cinco anos para se tornarem mais atrativos aos fundos de risco. Outros países tomaram o rumo contrário, tornando-se menos atraentes, entre eles Kuwait, Letônia e Omã.

De acordo com Groh, as razões para o crescimento variam muito. A posição da China, em grande parte, se deve a decisões políticas, enquanto o aumento da atração da Polônia pode ser atribuído ao acesso à União Europeia e ao crescimento do mercado de capitais, com a criação e desenvolvimento da Bolsa de Valores de Varsóvia.

Os Estados Unidos continuam a ser o país mais atraente para os fundos em grande parte pelo seu sistema legal, de acordo com Liechtenstein. Em sua opinião, o sistema oferece ao mesmo tempo flexibilidade e proteção para as transações dos fundos.

"Outro fator crítico continua a ser o espírito empreendedor e a cultura da sociedade norte-americana", prosseguiu o professor. "Esta mentalidade conduz a maiores inovações, empregos e, no final, prosperidade".

Perfil - O IESE é a escola de negócios da Universidade de Navarra, na Espanha. Fundada em 1958, em Barcelona, oferece cursos de MBA e doutorado e programas de aperfeiçoamento para dirigentes de empresas. A IESE Business School busca a excelência no ensino e pesquisa e, para isso, possui um campus internacional em Barcelona-Madri, 14 cátedras, 13 centros de pesquisa e programas de educação executiva em alguns países ou regiões-chave, entre os quais, Estados Unidos, América Latina, Europa Central, Leste Europeu, China, Índia e África. No Brasil, ministra o Program for Management Development (PMD) e o Advanced Management Program (AMP) em associação com o ISE, de São Paulo. O IESE foi eleito, em 2009, a melhor escola de negócios do mundo em programas MBA pela Economist Intelligence Unit (EIU), de Londres. | Site: www.iese.edu.

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