Bovespa fecha em baixa e perde patamar de 52 mil pontos

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em baixa pelo segundo dia seguido dia 23 (quarta-feira), com o mercado embolsando lucros na esteira da fraqueza de Wall Street.

O principal indicador da bolsa paulista perdeu 0,76 por cento, para 51.812 pontos, depois de operar em alta durante a maior parte da sessão. Na máxima do dia, o índice chegou 52.505 pontos, perto do recorde histórico, mas perdeu força depois que as bolsas norte-americanas viraram.

Comentários do ex-chairman do Federal Reserve Alan Greenspan de que teme uma "drástica contração" do mercado acionário chinês afetaram o humor dos investidores. Ele também afirmou que o extraordinário crescimento mundial visto nos últimos cinco anos não pode durar.

No final de fevereiro, a Bovespa chegou a despencar quase 7 por cento, a queda mais acentuada desde os ataques de 11 de setembro de 2001, por conta de uma baixa de quase 9 por cento das ações chinesas.

Mesmo com as recentes baixas, o Ibovespa ainda acumula alta de 5,8 por cento em maio e de 16,5 por cento em 2007.

"Se não sair nada de ruim, acho que a bolsa é para cima, em torno de 60 mil pontos. Tem dinheiro entrando, o dólar está caindo e o juro está caindo. O mercado está extremamente líquido e as perspectivas são boas. Não tem como apostar contra", disse Júnior Hydalgo, diretor da Trust Investimentos.

O volume financeiro na bolsa paulista foi forte: de 5,3 bilhões de reais. A cifra desta quarta-feira fica bem acima da média diária do ano, de 3,7 bilhões de reais, e é a segunda maior de maio, só perdendo para o giro da última segnuda-feira, que foi inflado pelo exercício de opções.

Uma corretora que atua para estrangeiros ficou entre os destaques de vendas.

Os três papéis mais negociados foram Petrobras, Companhia Vale do Rio Doce e Bradesco . A petrolífera e o banco subiram, mas a Vale, que tem mais gordura, perdeu 1,45 por cento, para 71,50 reais.

Usiminas e Companhia Siderúrgica Nacional também contribuíram para o fraco desempenho da bolsa, com queda de 2,79 por cento e 2,2 por cento, respectivamente.| Por: Juliana Siqueira/Reuters.