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CANAIS

10/03/2010 - 10:49

Prata da casa

Outro dia fui a um aniversário de um amigo que completava 40 anos. Dentre os rituais planejados para a festa, surgiu uma garrafa contendo bilhetes e mensagens deixadas por parentes e amigos que estiveram visitando-o, ainda bebê, na maternidade. Agora, em plena maturidade, a garrafa seria quebrada, os bilhetes abertos e as mensagens resgatadas. Confesso que nunca havia presenciado algo parecido. Até guardo alguns bilhetes, fotos e presentes da infância, mas uma coleção completa de fatos e fotos presos numa garrafa durante quatro décadas pareceu-me assustador. Como se tratava de um ritual da família, mantive-me discreto e observador aos recados. A primeira mensagem era da avó falecida há oito anos. “Que Deus te ilumine sempre” foi o desejo simples e genérico. A segunda era de uma tia ainda viva e presente na festa. “Siga o caminho de seu pai e seu avô”… Os olhos da tia marejaram-se.

Após mais algumas mensagens, comecei a pensar em um problema estrutural que enfrentamos em nossos projetos de Marketing Direto: o envelhecimento do mailing e a consequente irrelevância das mensagens. Qualquer banco de dados que permaneça 40 anos intacto, corre o sério risco de se comunicar com pessoas mortas ou de trazer informações imprecisas e inválidas.

Meu amigo é ateu e ator de teatro, dois fatos que causaram extremo desconforto em sua família por anos. Assim, também as ofertas que dirigimos ao mailing nem sempre agregam interesse aos destinatários. Estatísticas mostram que qualquer banco de dados apresenta algum tipo de desatualização e que, em media, 15% das informações tornam-se inválidas mensalmente. Trata-se de um esforço enorme e necessário, assumido pelas empresas fornecedoras de bancos de dados, para manter suas “flores” frescas.

Faça um teste você também. Observe a agenda do seu celular. Repasse os nomes e tente resgatar a origem e a personalidade de cada registro contido lá. Certamente, há nomes que já foram importantes e que hoje ocupam memória desnecessária. Amplie esta experiência ao banco de dados de sua empresa. Qual foi a última atualização cadastral que foi feita? Existe o hábito de se relacionar com este banco, incorporando a ele as ocorrências e retornos de área comercial? Se surgir a possibilidade de você convidar seus 50 melhores clientes a um evento, você consegue identificá-los e resgatá-los rapidamente nos mailings?

Muito se fala sobre os melhores clientes da empresa. Os clientes antigos, tradicionais, as “pratas da casa”. É importante lembrar que a prata escurece e demanda lustre frequente.

Por isso, cuide bem de seu banco de dados, para garantir e prolongar o brilho comercial de seus clientes.

. Por: Fernando Adas, diretor da Fine Marketing, publicado no site EXPM) | www.fmarketing.com.br

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