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11/03/2010 - 10:07

EADS: EBIT da EADS em 2010 será de cerca de € 1 bilhão

"Em 2009, a conjuntura do setor de aviação comercial foi difícil, mas nós antecipamos muitos dos desafios e conseguimos superá-los. Isso demonstra a força que a EADS desenvolveu ao longo dos seus primeiros dez anos", disse o CEO da EADS, Louis Gallois. Além do A400M, continuamos plenamente focados em uma melhor gestão dos programas, incluindo a aceleração do A380, o desenvolvimento do A350 e o programa de vigilância de fronteiras da Arábia Saudita", completou.

Receitas de € 42,8 bilhões, com excelente nível de entregas em todos os tipos de negócios, EBIT * antes de desvalorizações dentro das previsões: € 2,2 bilhões, apesar da deterioração da taxa hedge. Programa A400M avança com ônus de € 1,8 bilhão no ano EBIT * de € -322 milhões, afetado pela provisão do A400M e pelos efeitos do câmbio. O prejuízo líquido: € -763 milhões Caixa líquido de € 9,8 bilhões devido ao Fluxo de Caixa Livre acima do esperado, graças principalmente aos pagamentos antecipados de sinais. Aumento da taxa de produção de aviões de corredor único da Airbus em dezembro de 2010 . Recomendação do Conselho de Administração: Não pagamento de dividendos, devido às perdas.

Os resultados da EADS - European Aeronautic Defense and Space Company (símbolo na bolsa: EAD) em 2009 demonstram a capacidade do Grupo de enfrentar ambientes macroeconômico e comercial desafiadores graças a uma gestão pró-ativa da relação de pedidos e das fontes de financiamento aos clientes. Isso tem possibilitado um excelente nível de entregas em todas as áreas de negócios do Grupo. Entretanto, os ganhos estão sendo afetados devido às provisões para atrasos em novos programas. O faturamento se manteve estável em € 42,8 mil milhões. O EBIT * antes de desvalorizações somou € 2,2 bilhões. Efeitos do câmbio e especialmente a provisão reservada para o programa A400M pesaram sobre o EBIT* da EADS, que atingiu € -322 milhões. O valor dos pedidos recebidos, de € 45,8 bilhões, reflete a conjuntura comercial notadamente mais fraca em 2009. Ao mesmo tempo, o grupo registrou forte atividade nas áreas de defesa e institucional. A carteira de pedidos da EADS de € 389 bilhões fornece uma plataforma sólida para entregas futuras. A posição do caixa líquido alcança a sólida cifra de € 9.8 bilhões, graças a um caixa disponível acima do esperado, e continua a ser um forte ativo para o grupo.

"Em 2009, a conjuntura do setor de aviação comercial foi difícil, mas nós antecipamos muitos dos desafios e conseguimos superá-los. Isso demonstra a força que a EADS desenvolveu ao longo dos seus primeiros dez anos", disse o CEO da EADS, Louis Gallois. "Além de simplesmente gerenciar a crise econômica, nosso objetivo em 2009 foi manter um forte foco na inovação em todos os nossos negócios com o objetivo de lançar nossas bases para a próxima década. Reconheço profundamente o apoio dos países clientes do A400M. Graças ao acordo entre estes países e a EADS o programa pôde voltar aos trilhos. Apesar de o grupo ter sido obrigado a fazer uma significativa provisão adicional, isso estabiliza o programa. Além do A400M, continuamos plenamente focados em uma melhor gestão dos programas, incluindo a aceleração do A380, o desenvolvimento do A350 e o programa de vigilância de fronteiras da Arábia Saudita".

O faturamento da EADS foi de € 42.8 bilhões (exercício de 2008: € 43,3 bilhões), respaldado por um recorde de entregas de aeronaves comerciais na Airbus (498 unidades, comparadas a 483 em 2008), mas contrabalanceadas por uma menor contabilização das receitas do Programa A400M, deterioração dos preços de aviões comerciais entregues e impactos negativos do câmbio. Além disso, as receitas na Astrium cresceram 12%.

O EBIT* antes da desvalorização – um indicador que capta a margem comercial subjacente ao excluir despesas e lucros não-recorrentes causados por variações nas provisões ou efeitos cambiais – situou-se em € 2,2 bilhões (em 2008: € 3,3 bilhões). Comparado a 2008, os maiores volumes da Airbus e a economia obtida com o Power8 foram mais do que contrabalançados pela degradação das taxas de hedge, a deterioração dos preços nas entregas de aviões comerciais da Airbus e os aumentos de custos. O A380 continuou a pesar significativamente no desempenho subjacente. Por outro lado, o desempenho dos programas de aviões de corredor único e de longo alcance da Airbus, bem como de outras divisões, continua sólido.

O EBIT* da EADS de € -322 milhões de euros (em 2008: € 2.830 milhões) foi fortemente afetado pelas provisões do A400M e do A380 e pelas excepcionais taxas negativas de câmbio. No total, as variações cambiais achataram o EBIT* de 2009 em € 2,5 bilhões em relação a 2008.

O resultado líquido consolidado da EADS totalizou € -763 milhões (em 2008: € 1.572 milhões), ou lucros por ação de -0,94 € (lucro por ação em 2008: € 1,95). O resultado líquido foi penalizado pela deterioração do EBIT*. As despesas com autofinanciamento em P&D tiveram um leve aumento para € 2.825 milhões (em 2008: € 2.669 milhões), destinando-se a fomentar novas tecnologias e negócios futuros.

Excepcionalmente, devido a uma perda significativa em 2009, o Conselho de Administração da EADS recomenda que os dividendos não sejam pagos este ano.

O Fluxo de Caixa Livre antes do financiamento a clientes de € 991 milhões (em 2008: € 2.886 milhões) superou as previsões graças a uma bem-sucedida gestão do fluxo de caixa. Também se beneficiou de pagamentos de clientes públicos no final do ano, que não eram esperados para 2010. O gasto líquido por financiamento a clientes em 2009 foi inferior ao esperado, de cerca de € 400 milhões. O fluxo de caixa livre depois do financiamento a clientes cresceu para € 585 milhões (em 2008: € 2.559 milhões). A EADS refinanciou seu Eurobond de € 1 bilhão em agosto. As atividades de investimento consumiram € 1,9 bilhão, refletindo um aumento nas despesas de capital à medida que crescem os investimentos no Programa A350. A posição de caixa líquida do Grupo alcançou € 9.8 bilhões (no final de 2008: € 9,2 bilhões).

As encomendas do grupo caíram para € 45.8 bilhões (em 2008: € 98.6 bilhões). A meta de encomendas de aviões comerciais foi atingida, mas como esperado ficou aquém do nível de 2008. Em 31 de dezembro de 2009 a carteira de encomendas da EADS situava-se em uma sólida cifra de € 389.1 bilhões (final de 2008: € 400.2 bilhões), apesar do efeito da reavaliação da taxa de fechamento de 1,44 US$/€ no final de dezembro, contra 1,39 US$/€ no final de dezembro de 2008. Essa reavaliação levou a uma redução de cerca de € 11 bilhões na carteira de pedidos. A carteira de pedidos da área de defesa aumentou para € 57.3 bilhões (final de 2008: € 54.9 bilhões). Esse crescimento foi impulsionado por importantes contratos militares em 2009, incluindo o Lote 3A do Eurofighter.

No final de dezembro de 2009, a EADS tinha 119.506 funcionários (final do ano de 2008: 118.349).

Em 2009, a EADS continuou a buscar iniciativas para melhorar a eficiência do Grupo. A Airbus conseguiu com o Power8 € 2 bilhões de economia bruta (diferente do efeito do EBIT líquido) em comparação com a planilha de custos projetada para o final de 2009. A racionalização das compras e da cadeia de suprimentos e a integração da logística, assim como uma produção ágil, contribuíram solidamente para uma Airbus mais eficiente.

O programa Power8 Plus já começou e terá o suporte de todas as divisões da EADS. Outros projetos da Airbus incluem a remodelação nos programas de aviões de corredor único e longo alcance.

Quanto ao plano de integração e economia de gastos “Future EADS”, o grupo está ampliando suas metas para uma economia bruta anual em comparação com a base de custos projetada de € 200 milhões para € 350 milhões no final de 2012. O “Future EADS” visa simplificar, harmonizar e integrar as funções de apoio em todas as áreas. O corte de gastos passa por dez projetos, incidindo em diversas áreas, de Finanças a Tecnologia da Informação, Compras e Gestão de Instalações.

As diferentes iniciativas de corte de gastos estão sendo consolidadas ao nível de Divisão enquanto amadurecem, como é o caso da Eurocopter, onde está sendo colocado em prática o programa SHAPE.

Após a avaliação do edital para a substituição do avião tanque de reabastecimento da Força Aérea dos Estados Unidos, a Northrop Grumman decidiu não apresentar uma proposta para o programa KC-X do Departamento de Defesa dos EUA.

Em conjunto com a EADS, sérias preocupações foram expressas ao Departamento de Defesa e às Forças Aérea dos Estados Unidos no sentido de que a metodologia de aquisição descrita no edital iria direcionar a concorrência em favor do avião de abastecimento da Boeing, menor e com menos capacidade. A análise aprofundada do novo edital pela Northrop Grumman confirmou essas preocupações e resultou na decisão de não competir.

Esta decisão não diminui o compromisso da EADS com os EUA ou às Forças Armadas daquele país. A EADS continua convencida de que o avião tanque de transporte multimissão A330 MRTT constituiria a melhor opção, com menor risco ligado ao seu desenvolvimento e melhor custo-benefício tanto para os militares quanto para o contribuinte americano. É um avião cujos resultados estão provados e demonstrados em voo. O A330 MRTT foi escolhido em detrimento da aeronave da Boeing nas últimas cinco concorrências globais e em breve estará a serviço de países aliados aos EUA.

Perspectivas - Neste início de 2010, o Grupo mantém sua solidez fundamental para enfrentar a crescente mas ainda volátil conjuntura econômica.

Essa expectativa se baseia em uma carteira de pedidos resistente e ativamente administrada de 3.488 aeronaves na Airbus, 1.303 na Eurocopter e em uma sólida carteira de pedidos nos setores de Espaço e Defesa.

A recuperação progressiva do tráfego e da rentabilidade das companhias aéreas, especialmente em mercados emergentes, deve primeiramente estabilizar suas finanças antes de algum novo pedido.

Baseada em uma série de campanhas ativas, que devem levar a novos 250-300 pedidos brutos em 2010 e a uma carteira estável de pedidos de aviões de corredor único, a Airbus decidiu aumentar sua taxa de produção de 34 para 36 aeronaves por mês a partir de dezembro de 2010, mantendo as taxas de produção das aeronaves de longo alcance relativamente estáveis em 8 aeronaves por mês.

Em 2010, a Airbus espera alcançar o mesmo nível de entregas de aeronaves de 2009 e novas encomendas brutas devem variar entre 250 e 300 aeronaves. A Eurocopter deve entregar cerca de 6% de unidades a menos em 2010 em relação a 2009.

Portanto, usando € 1 = $ 1,40 como taxa de câmbio média, as receitas da EADS devem ficar relativamente estáveis em 2010.

O EBIT* da EADS em 2010 será de cerca de € 1 bilhão. A deterioração das taxas hedge irá pesar cerca de € -1 bilhão, em comparação a 2009. O A380, apesar da leve melhora, continuará a pressionar significativamente o EBIT* antes da desvalorização, como em 2009. Cortes de gastos e uma certa melhora nos preços das aeronaves devem contribuir positivamente, mas uma menor quantidade de entregas de helicópteros, um aumento nos gastos de Pesquisa & Desenvolvimento e a inflação de custos deverão repercutir na rentabilidade.

No futuro, o desempenho do EBIT* da EADS dependerá da capacidade do Grupo para executar os programas A400M, A380 e A350, conforme os compromissos assumidos com seus clientes.

Sempre que a cifra de ingressos procedentes da atividade institucional e governamental for sustentável no fim do ano, sujeita à antecipação de pagamentos prévios à entrega no programa A400M, o fluxo de caixa livre depois do financiamento a clientes deve ser neutro. O fluxo de caixa livre depois de financiamento a clientes deverá ser negativo devido aos recursos de clientes para financiamento de cerca de € 1 bilhão.

Divisões da EADS registraram forte desempenho de entregas em 2009 - Na sequência da integração à Airbus da Airbus Military, a empresa apresenta agora atividades e resultados em dois segmentos: Airbus Commercial e Airbus Military. O perímetro da Airbus Commercial inclui Elba Flugzeugwerke (ALE) e as atividades de aeroestruturas já reorganizadas, excluindo o A400M. A Airbus Military inclui a antiga Divisão de Aeronaves de Transporte Militar, assim como toda a atividade do A400M. Eliminações são tratadas no nível de Divisão. Os números de 2008 foram atualizados para refletir estas alterações, salvo no caso da fábrica de Augsburg, transferida da Divisão de Defesa e Segurança.

As receitas consolidadas da Airbus de € 28.067 milhões ficaram em consonância com o ano anterior (ano fiscal de 2008 ajustado: € 28.991 milhões). O EBIT* consolidado da Airbus somou € -1.371 milhões (ano fiscal de 2008 ajustado: € 1.815 milhões).

Nos resultados consolidados da Airbus, o faturamento da Airbus Commercial somou € 26.370 milhões (ano fiscal de 2008: € 26.524 milhões). As entregas de aeronaves comerciais atingiram um nível recorde de 498 (em 2008: 483). O impacto positivo de um número mais elevado de entregas foi compensado pela deterioração dos preços, notavelmente das entregas do A330, resultantes de condições de contratos antigos e impactos negativos do câmbio no exterior. O EBIT* da Airbus Commercial diminuiu significativamente para € 386 milhões, contra € 2.306 milhões em 2008. O EBIT* foi pressionado pela provisão do A380 (€ 240 milhões) e impactos extraordinários das taxas de câmbio. Antes desses extraordinários, o EBIT* consolidado antes da desvalorização era de € 1,1 bilhão (ano fiscal de 2008 ajustado: € 2,1 bilhões). Beneficiou-se de volumes mais elevados, preços mais baixos do programa e economias no âmbito do Power8 e foi mais do que compensado por efeitos negativos de câmbio, deterioração dos preços das aeronaves entregues e aumentos dos custos. Como esperado, as despesas de P&D aumentaram devido a uma aceleração do programa A350. O A380 continuou a pesar significativamente no desempenho subjacente. Além do ajustamento da provisão, ineficiências tiveram impacto negativo sobre o desempenho e, no quarto trimestre, teve influência um ajuste da capacidade excedente devido ao baixo nível de entregas. Esses efeitos repercutem no bom comportamento subjacente das famílias de aviões de longo alcance e corredor único.

As receitas da Airbus Military somaram € 2.235 milhões (ano fiscal de 2008: € 2.759 milhões). Estas receitas se beneficiaram de um aumento nas atividades de aviões de reabastecimento e do segmento de aviões médios e leves. No entanto, foram mais do que compensadas por uma menor contabilização de reconhecimento de receita no Programa A400M, cujos números de 2008 incluíam a aplicação inicial do método de contabilização do inicio do contrato.

O constante progresso das negociações construtivas entre a EADS e os países clientes, incluindo o nível de detalhe acordado desde o quarto trimestre de 2009 e o primeiro vôo bem sucedido do A400M (e suas implicações para os principais marcos do programa, tais como a entrega do primeiro avião), juntamente com uma visibilidade consideravelmente maior do total de custos de produção previstos, permitiram à EADS abandonar o método de contabilidade do inicio do contrato do programa A400M no final de dezembro de 2009 e fazer uma nova provisão de perdas no ano. Esta reavaliação do montante da provisão do A400M foi determinada com base na melhor estimativa da gestão da EADS, já que as alterações contratuais previstas ainda não foram finalizadas com os países clientes. Se mudanças substanciais na reavaliação ocorrerem, o desempenho da EADS poderá ser significativamente impactado.

O EBIT* da Airbus Military somou € -1.754 milhões (ano fiscal de 2008: € -493 milhões), que foi penalizado principalmente pelos impactos do programa A400M (€ -1.8 bilhões).

Em 2009, a Airbus registrou 310 novas encomendas brutas (271 encomendas líquidas), apesar das incertezas do mercado. Os cancelamentos foram limitados, com apenas 39 registros em 2009. Devido a uma gestão pró-ativa da carteira de pedidos, as taxas de produção mantiveram-se estáveis e estão atualmente em 34 por mês para as aeronaves de corredor único e aproximadamente 8 por mês para as de longo alcance. A Airbus alcançou nível recorde em 2009, com 140 aeronaves entregues só no último trimestre do ano. Em 2009 foram entregues 10 aeronaves A380, incluindo dois aviões da Fase 2 de produção. Pedidos de financiamento foram fortemente apoiados por agências de crédito à exportação, que ofereceram garantias para aproximadamente um terço das entregas. Em 2009 a Airbus Military recebeu 18 novos pedidos brutos (10 pedidos líquidos).

O desenvolvimento do A350 continuou a progredir. A Airbus tem utilizado margens de manobra temporárias disponíveis no desenvolvimento do programa A350. A Airbus mantém a data da entrada em serviço inalterada.

O primeiro A320 da China saiu da linha de montagem em Tianjin em junho de 2009, com 11 aeronaves entregues no final de 2009. Isto demonstra a estratégia da Airbus de internacionalizar sua presença industrial e criar parcerias globais fora do território europeu. Em 2009, a versão cargueiro do A330 da Airbus realizou seu voo inaugural, acrescentando outro membro à família A330 além do MRTT. Esse cargueiro totalmente novo, de tamanho médio, irá desempenhar um papel importante no mercado de cargueiros em recuperação, com uma demanda mundial de mais de 1.600 aviões no futuro próximo. A Airbus Military ultrapassou um marco importante com o primeiro voo do avião de transporte A400M. Além disso, confirmou a sua posição de liderança no mercado mundial de aviões de reabastecimento aéreo com novos pedidos da Arábia Saudita, assim como o bem sucedido trabalho de conversão e testes de voo do primeiro A330 MRTT, a ser entregue à Austrália.

Em 31 de dezembro de 2009 a carteira de pedidos consolidada da Airbus estava avaliada em € 339.7 mil milhões (ajustada ao final de 2008: € 357.8 mil milhões), após a reavaliação cambial negativa de cerca de € 11 bilhões, com base nos preços de catálogo.

Dessa carteira de pedidos consolidada da Airbus, a Airbus Commercial é responsável por € 320.3 bilhões (final de 2008: € 337.2 milhões), o que equivale a 3.488 unidades (final de 2008: 3.715 aeronaves). A carteira de encomendas da Airbus Military estava em € 20,7 bilhões (final de 2008: € 22.3 bilhões).

Em 2009, as receitas da Divisão Eurocopter cresceram 2%, para € 4.570 milhões (em 2008: € 4.486 milhões). As entregas atingiram 558 helicópteros, comparadas aos 588 em 2008. Um mix favorável entre as atividades de linha de produção e um aumento na área de serviços ao cliente foram contrabalanceados por menores receitas governamentais e das atividades de desenvolvimento. O EBIT* da Divisão diminuiu para € 263 milhões (ano fiscal de 2008: € 293 milhões). As contribuições positivas de serviços e iniciativas de redução de custos foram compensadas pelo aumento de despesas em P&D devido a grandes esforços e investimentos em inovação e produtos, à pressão nas margens do programa NH90 e a um impacto negativo do cambio. Em um desafiante ambiente econômico, a Eurocopter se beneficiou do seu portfólio de produtos abrangente nas gamas civil e militar e da sua presença mundial. Em dezembro de 2009, a Eurocopter realizou o voo inaugural do helicóptero civil EC175 dentro do cronograma. Este helicóptero foi desenvolvido em cooperação com parceiros chineses. As encomendas da França de 22 novos helicópteros de transporte táticos NH90 e do Brasil de 50 EC725 exemplificam a força dos negócios militares. Além disso, a Eurocopter reforçou o seu negócio de serviços através da criação de novos Centros de Serviços em Hong Kong e em Dallas. Também assinou contratos importantes de serviços com o Exército da Alemanha e a Força Aérea Real do Reino Unido.

A ampla base de clientes, mercados e serviços da Eurocopter tem até agora protegido a empresa contra a queda no mercado civil. No entanto, devido à atual crise econômica e financeira, a tendência das reservas ao longo do ano mostrou uma notável desaceleração, com 344 encomendas líquidas registradas contra 715 em 2008. Isto vem principalmente dos segmentos de helicópteros pequenos e médios. Os cancelamentos em 2009 somaram 105 unidades, principalmente nos segmentos particular e corporativo. No entanto, 2009 foi um ano recorde para as aeronaves militares, resultando em um valor de carteira de encomendas bem acima do nível de 2008. A carteira de encomendas da Eurocopter aumentou para € 15.1 bilhões (final de 2008: € 13,8 bilhões) com 1.303 helicópteros (final de 2008: 1.515 helicópteros). Em 2009 a Eurocopter lançou um programa de reestruturação interna, chamado SHAPE, para melhor enfrentar a crise econômica no mercado de helicópteros civis.

A Astrium registrou um forte crescimento do faturamento (acima de 12%) em todos os seus negócios em 2009. As receitas somaram € 4.799 milhões (ano fiscal de 2008: € 4.289 milhões). O faturamento incluiu um efeito positivo relacionado à incorporação das receitas de satélites de telecomunicações comerciais. O EBIT* melhorou 12%, alcançando € 261 milhões (ano fiscal de 2008: € 234 milhões), impulsionado por uma aceleração da produtividade em satélites de observação da Terra, pelo processo de fabricação do Ariane 5 e por um rentável crescimento nos serviços de telecomunicações. No entanto, esse resultado se viu parcialmente prejudicado por um efeito desfavorável de conversão da libra britânica, em declínio face ao euro nos serviços prestados pela Paradigm.

Para a Astrium, 2009 foi um ano recorde em todos os setores. Em satélites de telecomunicações, a divisão ganhou 1/4 do mercado mundial, incluindo uma encomenda de valor superior a € 500 milhões da SES Astra. A unidade de negócios Astrium Services se expandiu e evoluiu; o satélite Skynet 5 superou com sucesso a etpa de serviço operacional completo, com o Ministério da Defesa britânico reconhecendo a Astrium como seu mais confiável fornecedor. Ao longo do ano, a Astrium entregou sete Ariane 5 e iniciou o desenvolvimento do Ariane 5 ME (Midlife Evolution). No final de dezembro de 2009 a carteira de pedidos da Astrium era de € 14.7 bilhões (no final de 2008: € 11 bilhões).

Em 2009, a receita da Divisão Defesa e Segurança (DS) diminuiu para € 5.363 milhões (em 2008: € 5.668 milhões), devido à segregação da atividade de aeroestruturas transferida para a Airbus. Os números de 2008 não foram atualizados. Nos mesmos termos, as receitas refletem o crescimento vindo de maior volume do Lote 2 e das entregas à exportação pela Eurofighter, bem como ao Apoio Logístico Integrado.

O EBIT* cresceu 10%, para € 449 milhões (ano fiscal de 2008: € 408 milhões) - A combinação de crescimento e melhorias nas margens dos produtos básicos e as exportações para a Military Air Systems e programas de mísseis combinados com melhorias operacionais compensaram uma aceleração nos investimentos em P&D em áreas como as de radares e veículos aéreos não tripulados (UAV), bem como a segregação das atividades de aeroestruturas.

Em 2009, a DS registrou crescimento nos programas chave e assegurou marcos significativos em futuras áreas de crescimento: os países parceiros do Eurofighter atribuíram à DS o contrato do Lote 3 para a produção de 112 aeronaves. A DS manteve sua posição de liderança em sistemas de segurança nacional ao vencer o contrato para garantir a segurança de todas as fronteiras da Arábia Saudita. Avançou em suas atividades com UAVs dando apoio à implantação pelo exército francês do sistema de UAVs Harfang no Afeganistão, concluindo o estudo de redução de risco para o o UAV europeu Talarion e realizando com sucesso o teste de demonstração do UAV Barracuda. Outras contribuições foram feitas através do reforço do portfólio de radares da divisão e da obtenção de vários contratos novos na área de rádiocomunicação móvel profissional (PMR). No final de 2009, a carteira de pedidos da divisão foi de € 18.8 bilhões (no final de 2008: € 17,0 bilhões).

Sedes e outros negócios (não pertencentes a nenhuma divisão) - A partir de 2009 a composição de outras atividades difere em comparação a 2008. Como a EADS agora detém apenas uma participação minoritária de 30% na DAHER Socata, essa unidade está consolidada pelo método de participação em Outras Atividades. Também a partir de 2009, a EADS EFW está consolidada nas contas da Airbus. Portanto, Outras Atividades compreendem agora ATR, EADS Sogerma, EADS América do Norte e 30% da DAHER Socata pelo método de participação.

As receitas de Outras Atividades diminuíram para € 1.096 milhões (final de 2008 ajustado: € 1.338 milhões), principalmente refletindo mudanças no perímetro de consolidação. O EBIT* de Outras Atividades caiu para € 21 milhões (final de 2008 ajustado: € 43 milhões). Os ganhos de produtividade devido a avanços na situação da Sogerma ficaram contrabalanceados por efeitos negativos do câmbio na ATR e um menor EBIT* da EADS América do Norte.

Num contexto fraco de financiamento a clientes, a gestão proativa da carteira de pedidos na ATR permitiu assegurar 53 entregas de aeronaves em 2009. As encomendas líquidas alcançaram 26 unidades em 2009, contra 20 em 2008. Houve menos cancelamentos (10). As taxas de produção de 2010 foram ajustadas para baixo em cerca de 10% para refletir o ambiente atual. No final de 2009 a carteira de pedidos da ATR incluía 133 aeronaves. Em dezembro de 2009, o Exército norte-americano concedeu o quinto contrato anual para o helicóptero utilitário leve à EADS North América. Com esse contrato, o pedido total se eleva para 178 aeronaves. Em 31 de dezembro de 2009 a carteira de encomendas de Outras Atividades situou-se em € 2,0 bilhões (final de 2008 ajustado: € 3,2 bilhões). Esta diminuição deve-se principalmente à mudança de consolidação do DAHER Socata.

A EADS usa o EBIT antes de desvalorização de fundo de comércio e itens excepcionais como um indicador chave de seu desempenho econômico. O termo “itens excepcionais” se refere a itens tais como despesas de depreciação de ajustes de valor justo relacionados à fusão da EADS, à unificação da Airbus e à formação da MBDA, assim como os respectivos gastos com prejuízos.

O Grupo EADS é líder mundial nos segmentos aeroespacial, de defesa e serviços relacionados. Além da Eurocopter, o Grupo inclui a Airbus, a Airbus Military, a EADS Astrium e a divisão Defesa & Segurança. No Brasil, além da Helibras, a EADS está presente através da EADS Brasil, da EADS Secure Networks Brasil e de escritórios de representação da Airbus Military e da Spot Image. Também é acionista da Equatorial Sistemas. [www.eads.com.br]

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