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12/03/2010 - 10:13

"Se todo brasileiro fizesse uma visita às usinas nucleares, a autoestima do país subiria", governador de Sergipe, Marcelo Déda

Uma comitiva sergipana liderada pelo governador Marcelo Déda e composta por quatro secretários de Estado; seis deputados; dois reitores; três prefeitos; o presidente da Assembléia Legislativa; o Ouvidor Geral; o Chefe do Gabinete Militar; e empresários visitou a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto no último dia 05 de março de 2010.

A Secretaria do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia e do Turismo de Sergipe, já havia manifestado seu apoio. Em documento enviado à Presidência da Eletronuclear, argumentava que "Sergipe apresenta todos os requisitos básicos necessários à instalação de empreendimentos desse porte". O governador também comunicou ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o interesse do estado em sediar a primeira central nuclear do Nordeste.

Além do governador Marcelo Déda, estavam na comitiva: . Os secretários Jorge Santana de Oliveira (Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia); José de Oliveira Júnior (Chefe da Casa Civil); Genival Nunes Silva (Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos); e Carlos Roberto da Silva (Comunicação).

. O deputado Ulices de Andrade Filho, presidente da Assembléia Legislativa Estadual; os deputados estaduais Rogério Carvalho Santos; Maria da Conceição Vieira; Luiz Garibaldo Rabelo de Mendonça; e Arnaldo Bispo de Lima; e os deputados federais Albano Franco (PSDB); Eduardo Alves do Amorim; e José Iran Barbosa Filho (PT).

. Os prefeitos Orlando Porto de Andrade (Canindé do São João); Ivan Santos Leite (Estância); e Ricardo José Silva Cruz (Santana do São Francisco).

. Os reitores Jouberto Uchoa de Mendonça Jr (UNIT); e Josué Modesto dos Passos Subrinho (UFS).

. O Ouvidor Geral do Estado, Luiz Eduardo Costa; o Chefe do Gabinete Militar, Carlos Augusto de Lima Bispo; e o presidente da Energisa, Eduardo Mantonvani.

. Os empresários Luiz Eduardo Magalhães; e Antonio Fernando Pereira Carvalho.

Após a visita, as autoridades conversaram com a imprensa, quando responderam às seguintes perguntas: . Por que o governador resolveu trazer a cúpula do governo de Sergipe para visitar a Central Nuclear? . Sergipe tem interesse em sediar a central nuclear nordestina. Viemos conhecer uma usina nuclear em funcionamento, para saber de todas as implicações de um empreendimento como esse. Para ver as normas de segurança, regras de proteção ambiental, importância da empresa com as comunidades do entorno da região, enfim, para ter uma noção objetiva do significado de um projeto desse porte no Estado de Sergipe, ou em qualquer outro estado nordestino. Saio daqui convencido que deveremos disputar, junto com os demais colegas dos outros estados, a localização dessa usina. Claro que não será uma briga ou uma guerra entre os estados. Alem de produzir energia para o desenvolvimento do país, essa central vai produzir uma alavancagem nas condições sociais da região. E o estado de Sergipe é um estado pobre, mas um estado que reúne condições técnicas, ali no eixo do rio São Francisco, se afirmando como produtor de energia, com uma boa infraestrutura no ponto de vista da distribuição dos cabos das redes de transmissão. Acho que, além disso, temos uma comunidade preparada pra incorporar em sua vida econômica, e na vida cotidiana, um empreendimento desse porte.

.O que foi visto? . O que assistimos aqui em Angra é que a presença da usina nuclear significou um imenso nível de investimento de infraestrutura. São rodovias, investimentos em segurança, em defesa civil, em estradas, hospitais, meio ambiente, preservação ambiental, saneamento, investimento em uma série de outras áreas que são necessárias no suporte.

Terminamos a visita aprendendo muito e esse aprendizado derrubou vários mitos que, ao longo do tempo, criamos sobre a energia nuclear. Aqui testemunhamos, em primeiro lugar, com muito orgulho, uma tecnologia que tem grande parte dela como fruto da pesquisa nacional. E, em segundo lugar, a questão da água. A água do São Francisco não será apropriada. Ela entrará na usina e voltará sem nenhum tipo de poluição, sem nenhum tipo de mudança na sua característica. Não haverá sequestro da água. Simplesmente será utilizada e devolvida sem agregar poluentes.

Fiquei muito satisfeito com o que vi. Primeiro, como brasileiro, se todos pudessem fazer uma visita como essa, a autoestima do Brasil subiria ainda mais. O que testemunhamos foi uma planta industrial de produção de energia com a mais alta tecnologia.

Vimos também que nós, brasileiros, não ficamos estacionados no projeto. Não nos limitamos a importar tecnologia e a simplesmente trabalhar com a tecnologia importada. Avançamos desenvolvendo tecnologia própria, hoje temos não apenas plantas instaladas, como somos detentores de conhecimento que nos possibilita gerar eletricidade a partir de processo que tem por matriz combustível nuclear. Vimos também um show de segurança.

Constatação do deputado federal Albano Franco, tradicional defensor da energia nuclear: Não conhecia, apenas estava acompanhando, defendendo Sergipe há dois anos e meio. Hoje eu me conscientizei do acerto da minha posição e agora estou mais feliz com o engajamento do governador Marcelo Déda.

Como o secretário de Meio Ambiente, Genival Nunes Silva, vê a questão ambiental: Entendemos que é uma energia limpa, no entanto, é necessário se fazer uma avaliação sobre o ponto de vista do licenciamento . Onde a central nuclear vai se estabelecer, o que vai estar no seu entorno, que tipo de ambiente vai ser escolhido. Aquela história de que a usina, a priori, é um dano, não existe. Não se pode ter essa visão, não se pode radicalizar com conceitos de 20 -30 anos atrás. O conceito deve ser racional , de uma analise técnica na área ambiental .

O ponto de vista do Secretário-Chefe da Casa Civil, Jose de Oliveira Júnior, sobre a interação com a comunidade - Alem dos inúmeros fatores de ordem econômica, ambiental, geológica que tem que ser analisados, uma coisa importante para a população local é a capacidade desse empreendimento de interagir com a indústria que já esta instalada em Sergipe. Isso é muito positivo, é animador, a instalação das usinas nucleares permite que os fornecedores de insumos, enfim, aquela economia que já esta instalada naquela região, possa se tornar eventualmente fornecedora tanto para o dia a dia da operação das usinas como, sobretudo, da mão de obra capacitada. Como foi destacado pelo presidente da Eletronuclear, antes mesmo de uma usina funcionar deve se pensar em escolas técnicas que qualifiquem a mão-de-obra.

Como o governador vê o necessário debate com a sociedade? .Nós trouxemos aqui a comunidade acadêmica, jornalistas de todos os veículos da capital, prefeitos da região, onde teoricamente a usina poderá vir a ser instalada, temos autoridades de meio ambiente, parlamentares integrantes da Assembléia Legislativa, fundamentais nessa discussão. Portanto, essa visita já é um capitulo desse debate que trabalhamos com a sociedade. Mas, até lá, é fundamental que o governo do estado aja, para manifestar e expressar o seu interesse. É fundamental que o governador tome suas iniciativas, como nós estamos tomando, de estabelecer o diálogo com o Presidente Lula, com o ministro de Minas e Energia e de vir aqui dialogar com a Eletronuclear, conversar com seu presidente, dirigentes, e conhecer o funcionamento de uma usina nuclear. Fazendo isso, como estamos fazendo, transparentemente, mobilizamos a sociedade para que esse debate flua e para que possamos ter informações suficientes para tomar a decisão. | Ascom/Eletronuclear.

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