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12/03/2010 - 10:23

Consumo de baixa renda segura resultados do PIB, aponta Data Popular

Para Renato Meirelles os dados sobre o consumo das famílias demonstram a importância da classe média e da base da pirâmide da população brasileira.

Os dados referentes ao Produto Interno Bruto (PIB) de 2009, divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelaram que o consumo das famílias teve crescimento, tanto no quarto trimestre – na comparação com os três meses anteriores – como no fechamento do ano – no confronto com os resultados de 2008. “Isso demonstra a força que as classes C, D e E tem dentro da economia do país, já que são elas as responsáveis por 60,4% da massa de renda movimentada no país”, aponta o sócio-diretor do instituto de pesquisas Data Popular, Renato Meirelles.

No quarto trimestre, o consumo familiar registrou aumento de 1,9%. Já na relação 2008/2009 a evolução foi de 4,1%. O crescimento do ano passado representa a sexta alta anual consecutiva. “E foi exatamente esse fator que segurou uma queda mais acentuada do PIB, destaca Meirelles, referindo-se aos gastos das famílias com produtos e serviços.

De acordo com Meirelles, a análise dos hábitos de consumo do brasileiro permite afirmar que a demanda interna continuará aquecida a ponto de continuar sendo decisiva para os principais indicadores econômicos. O estudo “Tendências da Maioria” – Data Popular/Data Folha – mostra que as famílias das classes C e D estão dispostas a continuar gastando nos próximos meses.

Como exemplo de intenção de compras, o estudo aponta que, de cada 100 pessoas que pretendem comprar geladeira nos próximos meses, 48 e 40 estão entre as famílias de classes C e D, respectivamente. Entre as classes A/B, o produto é alvo apenas de 12% das intenções.

O potencial de consumo também é alto para itens como computadores. Do total de novos aparelhos que poderão entrar nas casas dos brasileiros, 47% serão utilizados por lares da classe C e 39% pelos da classe D. Nas classes A/B a intenção de compra do mesmo produto cai para 14%.

Na avaliação de Meirelles, todos esses números refletem os resultados das políticas públicas de fomento ao consumo, desde a instalação da crise dos mercados mundiais. “Enquanto no cenário mundial a palavra de ordem era economizar, o Brasil seguia o caminho inverso”, afirma.

O sócio-diretor do Data Popular acredita que a tendência de consumo do mercado emergente deverá se manter. Ele cita alguns fatores preponderantes para a geração de consumo da classe média* e da base da pirâmide**: os programas de expansão de renda, o aumento da oferta de crédito e os reajustes salariais, geralmente superiores aos índices de inflação e a participação mais ativa de jovens e mulheres nas atividades econômicas. Meirelles também não deixa de lado o aspecto psicológico que envolve a ascensão social dos estratos mais pobres da população. “Ninguém quer dar um passo para trás. Quem conseguiu subir na escala social quer manter o status e isso estimula o chamado ciclo virtuoso da economia”, argumenta Meirelles. * [ Renda familiar até dez salários mínimos | Renda entre um e três salários mínimos ].

Data popular- Criado em 2002, o DATA Popular surgiu para produzir conhecimento de qualidade sobre o mercado popular no Brasil. A empresa é especialista no desenvolvimento de pesquisas e análises para entender como funciona o mercado de baixa renda. Seus estudos avaliam a relação deste público com produtos e marcas para apontar melhores formas de comunicação das empresas e esses consumidores. Entre os clientes atendidos estão Associação Comercial de São Paulo, Alpargatas, Aon Affinity, Banco IBI, Bovespa, Camargo Correa, Dia%, Faber-Castell, Grupo Pão de Açúcar, Grupo Silvio Santos, Intel, Marabraz, Microsoft, Ministério do Turismo, Natura, Nestlé, Pernambucanas, Procter & Gamble, Sadia, SBT, Schering-Plough, Telefônica, Wal-Mart, entre outros.

Renato Meirelles - Sócio-diretor do Data Popular, instituto de pesquisa pioneiro no estudo do mercado de baixa renda no Brasil.

Publicitário com MBA em gestão de negócios pela ESPM, foi colaborador do livro “Varejo para Baixa Renda”, publicado pelo Gvcev e autor do livro “Um jeito fácil de levar a vida - O guia para enfrentar situações novas sem medo”, publicado pela Saraiva.

É colunista da revista Marketing e editor do site brasildeverdade.com

No Data Popular, conduziu mais de 200 estudos sobre o comportamento do consumidor de baixa renda no Brasil. Em sua carreira, já atendeu clientes como C&A, Unibanco, P&G, Gol, Positivo Informática, Grupo Silvio Santos, Banco Ibi, Klabin Segall, Pernambucanas, Inpar, Casas Bahia, portal Terra, Camargo Corrêa, entre outros clientes que ajudaram a transformar o Data Popular em referência absoluta sobre o desenvolvimento de negócio para as classes C, D e E.

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