BPM e SOA alavanca expansão da Braskem

São Paulo– Fortalecer o modelo de gestão empresarial e criar as bases para o crescimento e internacionalização são as grandes motivações da Braskem, uma das maiores companhias globais do setor petroquímico, para fazer uma das primeiras implantações no Brasil do Business Process Management (BPM) da SAP, utilizando os conceitos de arquitetura orientada a serviços (SOA). O sistema foi implantado inicialmente para automatização do processo de pagamentos, mas deve envolver também ao longo deste ano outras áreas como gestão de terceiros, processo de contratação, processo de exportação, requisição de serviços nas ordens de manutenção, entre outras.

Trata-se de um movimento importante para alavancar a melhoria contínua do desempenho dos processos de negócios da Brasken, avalia Stefan Lanna Lepecki, diretor de Tecnologia da Informação (TI) da companhia. “A ferramenta de BPM e SOA são fundamentais para a simplificação dos nossos processos e para a criação de um modelo de operação mais tranquilo. Com um modelo de operação mais simples, mais controlado, e com uma boa gestão, qualquer tipo de expansão da empresa fica muito mais fácil”, diz o executivo.

“Com a ferramenta BPM conseguimos fazer uma verdadeira integração de SOA dentro do ambiente SAP. Pretendemos investir muito na utilização de BPM em outros projetos da Braskem para facilitar os projetos de crescimento, aquisição e internacionalização da companhia”, afirma Lepecki.

Para viabilizar a aprovação do investimento em BPM, de acordo com Marcos Milani, gerente de processos e sistemas de TI da Braskem, a companhia utilizou a metodologia do SAP Value Management e fez estudos comparativos de custos de desenvolvimento com ferramentas tradicionais, além de mensurar os ganhos de produtividade. “Mas facilitou muito a decisão da companhia de centralizar as atividades de registros de notas fiscais no Centro de Serviços Compartilhados, recém criado”, informa Milani.

A adoção de um novo ambiente baseado na ferramenta BPM e em SOA não foi uma tarefa fácil, segundo o gerente de TI. Afinal, ao dar início ao projeto a empresa contava com três mil fornecedores no País, 20 mil notas fiscais enviadas mensalmente, aproximadamente 1,2 mil gestores de contrato em todas as unidades, atividades manuais e sem padronização e alto índice de extravio de notas, além de processos sem rastreabilidade. Mas valeu o esforço, adianta Milani. “Hoje, temos um nível de assertividade de 93%, ou seja quase cem por cento de certeza de que os pagamentos contratados são pagos nas datas combinadas”, conclui.