Inova SENAI premia alunos da Baixada Fluminense

Nova Iguaçu - O Inova SENAI premiou domingo[14/3], na Olimpíada do Conhecimento, no Riocentro, projetos desenvolvidos por alunos e docentes. Os prêmios foram distribuídos em cinco categorias, sendo quatro com trabalhos julgados por uma comissão técnica e um por júri popular. Foram contemplados os três primeiros colocados de cada categoria.

Na etapa nacional deste ano foram apresentados mais de 130 projetos de 19 estados, dos quais 40 competiram. De acordo com o gerente executivo da Unidade de Inovação e Tecnologia do SENAI, Orlando Clapp, a avaliação dos projetos foi realizada por 12 especialistas de instituições públicas e privadas, como Ministério da Ciência e Tecnologia, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Instituto Fraunhöfer, Wolkswagen Caminhões, Amanco, Vale, Yamaha, Toyota e Percon.

Os critérios analisados são inovação, criatividade, viabilidade técnica e econômica, metodologia de trabalho e exposição do projeto. Antes de divulgar os nomes dos contemplados, Orlando Clapp destacou o empenho das equipes e dos diretores regionais. “Sem a dedicação de todos não estaríamos aqui hoje prestigiando estes trabalhos”, disse.

O 1º lugar da categoria voto popular, foi para o projeto “Cadeira de rodas acionada por comando de voz”, dos alunos do Senai de Nova Iguaçu,Carlos Roberto Mariano e Ana Clara Lessa, que representaram o Estado do Rio de Janeiro. Pensando na autonomia dos tetraplégicos, os estudantes desenvolveram a cadeira de roda com a orientação do professor Fernando Rezende, que está orgulhoso com a tecnologia desenvolvida. O comando de voz atende aos movimentos habituais, roda 180 graus e através do modo tubo a cadeira chega a 7 km, porém sua velocidade normal é de 3 km. O custo total chega a 8 mil reais, porém qualquer cadeira motorizada pode receber a adaptação do comando de voz.

Segundo o professor Fernando Rezende, a cadeira está pronta para ser comercializada, caso algum empresário se interesse em investir na tecnologia. Em pesquisa realizada nos órgãos de parentes do mundo, nada semelhante foi encontrado, o que estimula ainda mais os alunos.A idéia de fazer a cadeira surgiu quando Carlos Roberto e Ana Clara, ao término do curso técnico de montagem e reparação de computadores, precisaram elaborar um projeto de conclusão. Visando colocar em prática o conhecimento acumulado durante o curso, os alunos começaram a pesquisar sobre como desenvolver a cadeira de rodas acionada por comando de voz. “Por ser uma nova tecnologia, a dificuldade em encontrar material para pesquisa foi grande, mas pensando no benefício que levaríamos para os deficientes físicos não desistimos”, disse o aluno Carlos Roberto.