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CANAIS

16/03/2010 - 12:03

Os banheiros dos espaços corporativos precisam ser sisudos e desconfortáveis


O asseio e a higiene são práticas humanas que ao longo da história passaram por diferentes adaptações em seus contextos sociais e culturais. Investigações arqueológicas indicam que já na Antiguidade havia sistemas de canalização. Os banhos e diversos cuidados com a higiene pessoal eram bastante comuns nas sociedades egípcia e chinesa. Os gregos e romanos foram os precursores dos sistemas hidráulicos, com canalização das águas pluviais e fluviais, conduzindo-as para as residências e para as termas. E nos banhos públicos aconteciam reuniões, encontros, conversas e acordos que impulsionavam tanto a política como as artes e as ciências. Não vamos discutir aqui a qualidade dos serviços e produtos daquela época, pois é sabido que somente no século XX as coisas começaram a entrar nos eixos e a se parecer um pouco com o que conhecemos hoje.

Pensando nos espaços públicos, a evolução foi grandiosa. É surpreendente o crescente investimento em banheiros de shoppings, restaurantes, bares e academias. Arquitetos e decoradores têm se mostrado cada vez mais criativos e engenhosos ao idealizar essas áreas – e o público agradece. Nas empresas, entretanto (aqui me refiro aos edifícios de escritórios propriamente), a preocupação com o conforto e bem-estar nesses espaços ainda é modesta. Investir no banheiro??? Acredito que boa parte dos empresários e dirigentes ainda considere que esse local deva ser restrito ao entra e sai, onde o colaborador não deve permanecer por muito tempo.

Em leitura ao site de um importante palestrante brasileiro, diverti-me com a verdadeira aula sobre “relacionamentos em banheiros de empresas” que esse profissional me deu. Ele relata ter adotado a “técnica” de escutar comentários e avaliações das pessoas sobre aquilo que estavam ouvindo em sua palestra, ou sobre como ele estava apresentando o tema. Confessou ele que inúmeras vezes fez alterações na forma ou abordagem de um assunto com base nesses "feedbacks" sanitários.

Também as áreas de copa e café já foram consideradas grandes vilãs da produtividade. Agora são tidas como parceiras da sociabilidade e comunicação. As áreas de descompressão, que incluem locais para leitura, jogos, bate-papo e até academia, são cada vez mais solicitadas pelo pessoal de recursos humanos... E por que não usar o banheiro como um instrumento de relaxamento e aconchego? Está mais do que na hora de descartar as divisórias de painéis, sem qualquer conforto visual ou acústico!!! As lâmpadas precisam ser do tipo holofotes??? Os revestimentos precisam ser brancos e sem vida? Por que não usar painéis fotográficos, coloridos e informativos? Não podemos lançar mão de uma iluminação aconchegante e bonita, que ao mesmo tempo pode ser econômica?

Junto ao esmero dos arquitetos e decoradores, contamos com um mercado fornecedor bastante inventivo, que deve ser explorado! Inovações tecnológicas favorecem a assepsia e higienização corretas. Portas automáticas, torneiras com temporizador, protetores de assentos e porta-papéis automáticos, secadores de mãos e lixeiras com sensores já são usados há bastante tempo, e o investimento inicial retorna como benefício à saúde. À favor da ecologia, contamos ainda com as caixas acopladas, uma evolução do sistema de válvulas hidras. Sofás, espelhos, plantas ornamentais e o uso de cores adequadas são outros recursos ao projeto.

Felizmente, temos visto algumas empresas pioneiras na exploração do espaço do banheiro. Elas o utilizam principalmente como meio de implantar ações voltadas ao estímulo de manifestações de ideias e opiniões. Nesses locais, são disponibilizados painéis, folhas de papel, canetas e pincéis. O princípio que orienta essa abordagem é o de que as pessoas são mais espontâneas nesses ambientes. E já é possível verificar, em pesquisas sobre clima organizacional, que mudanças foram percebidas nas empresas que atentaram para as opiniões colhidas nos seus banheiros. Algumas, mais ousadas, estão aproveitando a onda para obter avaliações honestas sobre as chefias e executivos.

Em nossa busca incansável pela qualidade de vida e humanização dos espaços corporativos, trazemos mais esta reflexão. A Era Taylorista nos trouxe muito aprendizado, mas já é tempo de se conscientizar que sobriedade e rigidez não são necessariamente grandes motivadoras de produtividade. Além disso, há os aspectos ergonômicos, o favorecimento da comunicação e a estética como grandes incentivadores dos colaboradores, sem falar ainda em sentimentos de reconhecimento e compromisso de fidelidade, promovidos pelo ambiente profissional bonito e aconchegante. | Por: Fabio Rocha (www.fabiorochaarquitetura.com.br) - Fabio Rocha, é diplomado pela tradicional Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Fabio Rocha atua desde 1993 em Arquitetura & Interiores. Coordenador do curso de Arquitetura Corporativa pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Arquitetura (IBDA). Cursos variados, relacionados às novas técnicas construtivas, materiais de acabamento, luminotécnica, decoração, feng shui, gerenciamento de obras, entre outros, o mantêm integrado às evoluções mercadológicas.

Conquistadas experiência e credibilidade, assume por meio da Fabio Rocha Arquitetura o compromisso de superar as expectativas de seus Clientes, apresentando soluções inovadoras e práticas, com o melhor aproveitamento do capital investido.

Criando projetos e gerenciando a execução das obras, principalmente no mercado corporativo, Fabio Rocha possui em seu currículo empresas de grandes cidades brasileiras, como por exemplo: Laboratórios Stiefel Brasil (Guarulhos-SP), Grupo Catho (São Paulo-SP), Grant Geophysical do Brasil (Rio de Janeiro-RJ), Indústrias Anhembi (Osasco-SP), Itambé Planejamento Imobiliário (São Paulo-SP), Maeda S/A Agroindustrial (São Paulo-SP), além de inúmeros outros clientes nos segmentos de lojas, clínicas e residências.

Sílvia Rocha - Discente do curso de MBA em Gestão Empresarial da Fundação Getúlio Vargas (FGV/EBAPE-RJ) e pós-graduada em Negócios Imobiliários pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) de São Paulo, Sílvia Rocha fortalece as áreas de Administração e Marketing da Fabio Rocha Arquitetura. Graduada em Psicologia, diversificou seus conhecimentos com cursos nas áreas de direito, administração e marketing. Seu objetivo é o constante aprimoramento na qualidade da prestação dos serviços da empresa.

Sua experiência em gestão administrativa e sua visão geral do mercado possibilitaram a implantação de métodos modernos e eficazes, que garantem qualidade e agilidade na conclusão e entrega das obras.

Colunista do site Empresas Vale, contribui com diversos veículos de comunicação, disponibilizando informações sobre arquitetura, reforma & construção e mercado imobiliário. ([email protected]).

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