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25/05/2007 - 08:38

Brasil está entre os três países com melhores oportunidades para fornecedores e prestadores de serviços de mainframes

Estudo inédito da IDC revela que mais de 65% das empresas usuárias de mainframe realizarão algum tipo de migração de aplicações nos próximos dois anos.

São Paulo – Em 2006, o Brasil consumiu em Tecnologia da Informação cerca de 1,5% do resultado mundial, que ultrapassou US$ 1 trilhão. Apesar desta pequena representatividade, o mercado brasileiro é o 6º colocado no ranking global dos países que mais adquirem servidores mainframe (hardware), perdendo apenas para nações mais desenvolvidas como Japão, Estados Unidos, Alemanha, França e Itália. E como oportunidade para fornecedores e prestadores de serviços deste mercado, o País está entre os três primeiros colocados.

Um dos principais argumentos para esta afirmação é que, enquanto as receitas provenientes das compras de novos mainframes (hardware) no mundo têm caído e hoje representam algo em torno de 11% das receitas totais do mercado de servidores, no Brasil esta participação se mantém no patamar de 30% nos últimos cinco anos. “Se considerarmos que a tecnologia do mainframe tem evoluído e hoje se consegue mais processamento com menos máquinas, isto revela que, na verdade, o mercado brasileiro ainda está consumindo muito mainframe e, atualmente, é uma das principais oportunidades, tanto para os fornecedores de hardware, softwares e serviços desta plataforma, assim como para aqueles que oferecem soluções alternativas no mercado”, ressalta Reinaldo Roveri, analista sênior da IDC Brasil.

Em um estudo inédito da consultoria, denominado Brazilian Mainframe Market and Migration Trends, o objetivo primário foi entender com profundidade o mercado de servidores mainframe no Brasil, bem como as perspectivas dos usuários e as tendências quanto aos investimentos e perpetuação da plataforma. Como objetivos secundários a IDC procurou quebrar ou confirmar alguns mitos como, por exemplo, se “O mainframe está obsoleto e próximo de sua morte” ou se “Não há ainda equipamento que consiga vencer o mainframe em performance, robustez e segurança”.

Entre as principais descobertas do estudo destaca-se a observação de que grande parte (65%) das empresas entrevistadas que possuem mainframe atualmente planeja realizar algum tipo de migração de aplicação para outra plataforma nos próximos dois anos. “A insatisfação com os altos custos relacionados à manutenção e o medo com a relativa falta de concorrência e de profissionais especializados em mainframe são hoje os principais motivadores dos CIOs e gestores de infra-estrutura para a busca de novas alternativas. Sistemas menos críticos e de back-office que, atualmente, ainda residem no mainframe possuem forte tendência a migrar para outras plataformas nos próximos dois anos, liberando espaço nos mainframes para as aplicações mais críticas que tendem a permanecer nestes servidores”, comenta Roveri.

Hoje, a maioria das máquinas em operação é utilizada pelos segmentos de finanças e governo. Segundo Roveri, através de uma conta simples dá para constatar que, em média, estas empresas hospedam cerca de 60 sistemas (aplicações de negócios) por servidor mainframe. “Vale ressaltar, entretanto, que a quantidade de aplicações que residem sobre os mainframes no segmento financeiro é muito maior que no governo. Por outro lado, a quantidade de aplicações não reflete, necessariamente, a quantidade de MIPS (medida de capacidade de processamento) instalada”, observa.

O estudo também levantou quais são as aplicações críticas, linguagens em que foram desenvolvidas e bancos de dados que utilizam. “No segmento de governo, por exemplo”, diz o analista, “encontramos a maioria das aplicações críticas desenvolvida em Natural, com bancos de dados Adabas. Estas aplicações vão desde recursos humanos, como folhas de pagamento, até sistemas de arrecadação, controle financeiro e segurança pública”.

Engana-se, porém, quem pensa que o mainframe está próximo de sua morte. Apesar da complexidade, altos custos e riscos relacionados a um processo de migração total dos sistemas para plataformas baixas (sejam elas RISC, EPIC ou X86), para mais da metade dos entrevistados o mainframe ainda possui um real valor estratégico como tecnologia e deve se perpetuar nas empresas pelos próximos anos, suportando as aplicações críticas do negócio.

Muitas empresas ainda depositam grande confiança na estabilidade e disponibilidade oferecidas pela plataforma. O contraponto é que é fato que a interface de “front end” das aplicações (ou seja, a camada de apresentação dos aplicativos) já está sendo implementada em plataforma baixa. Adicionalmente, quando se trata do desenvolvimento ou implementação de um sistema novo, começando desde o início, a plataforma baixa é considerada com muito mais freqüência hoje em dia, por seu menor custo e bom desempenho graças às novas tecnologias.

“No mundo dos mainframes, cada caso é um caso. Não se pode generalizar. Estamos falando, na maioria das vezes, de sistemas de altíssima criticidade para as empresas e que têm crescido e se desenvolvido ano a ano, acompanhando o ritmo dos negócios. Algumas empresas simplesmente amam seus mainframes. Não obstante, temos também outros casos em que a manutenção do mainframe serve simplesmente para suportar aplicações legadas ou está relacionada a questões legais” analisa Roveri, que complementa, “O que podemos generalizar é que a realidade das grandes empresas que possuem mainframe atualmente é um extenso emaranhado de plataformas interdependentes, que suportam sistemas críticos. Se por um lado o investimento em um ambiente fisicamente desintegrado é benéfico, pois permite economia na hospedagem e processamento de aplicações, dividindo-as entre plataformas altas e baixas, por outro cria-se o desafio do gerenciamento e manutenção de tudo isso. Manter equipes heterogêneas e multidisciplinares é custoso, sem falar na infinidade de padrões, softwares e middlewares que precisam ser adquiridos, desenvolvidos e gerenciados. Independentemente da plataforma que predominará no futuro, o novo cenário que cresce hoje dentro das empresas é a complexidade do controle descentralizado. Este certamente será um dos principais desafios das empresas para os próximos anos”, conclui.

Realizado entre fevereiro e maio deste ano, por meio de entrevistas pessoais e por telefone com altos executivos de TI de 80 empresas de grande porte, o estudo Brazilian Mainframe Market and Migration Trends estrutura aspectos quantitativos e qualitativos, estabelecendo novo padrão quanto à análise do cenário atual e as oportunidades no mercado de servidores mainframe no Brasil.

Perfil da IDC - IDC, empresa líder em inteligência de mercado, consultoria e conferências nos segmentos de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, utiliza sua extensa base de conhecimento sobre o mercado, provedores e consumidores para auxiliar seus clientes no endereçamento de questões estratégicas relativas à oferta e ao uso de soluções tecnológicas. A IDC possui mais de 900 analistas, distribuídos em 90 países, e há mais de 43 anos provê informação global, regional e local sobre tecnologias, oportunidades e tendências. A IDC é subsidiária da IDG, líder mundial em mídia de tecnologia. | www.idc.com.

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