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18/03/2010 - 10:59

Consumo consciente – em busca de novos modelos

Pesquisa revela que o comportamento socioambiental das empresas é o quarto fator valorizado pelo consumidor brasileiro no momento da compra, aparecendo com 9% de importância na decisão. Os quesitos preço, funcionalidade e confiança na marca continuam recebendo maior atenção.

O “Monitor de Responsabilidade Social Corporativa” da Market Analisys inovou em 2010 ao passar de uma sondagem de “intenções” para uma pesquisa de “ações concretas”. Os pesquisadores solicitaram aos entrevistados que se lembrassem a última compra realizada e apresentaram-lhes um cartão com seis razões pelas quais escolheram os produtos, solicitando que atribuíssem a cada uma delas um valor percentual. Assim foi possível verificar os pesos relativos de importância de cada item.

Este tipo de estudo tem uma grande relevância no mundo dos negócios, pois, historicamente, o posicionamento das empresas tem sido definido de acordo com as demandas e tendências do mercado consumidor. Seguindo essa visão, os 9% de importância para o comportamento socioambiental dos fabricantes pode ser considerado baixo, principalmente se compararmos com outros países, e de fato está muito aquém do desejado pela corrente do “desenvolvimento sustentável”.

Dessa maneira, inicia-se uma discussão entre duas vertentes. Uma delas quer convencer os empresários de que este número é, sim, muito representativo e significa uma oportunidade no mercado. A outra diz que não vale à pena investir em responsabilidade socioambiental, já que o consumidor não valoriza esse aspecto e, portanto, o negócio não sobreviverá frente à concorrência.

De certa forma, pudemos perceber o mesmo cenário na COP-15, em dezembro último, em Copenhague, onde líderes de todo o mundo se reuniram para discutir as mudanças climáticas. O que predominou mais uma vez foram os interesses parciais, ligados, basicamente, às questões econômicas.

O que tanto as empresas como os chefes de Estado não percebem é que a sobrevivência das nações e dos negócios depende de uma postura responsável, independente do que desejem os consumidores ou eleitores. Mais do que pensar em números e balanços econômicos, estamos vivendo um momento em que se faz necessária uma mudança de paradigmas. Não podemos mais tomar nossas decisões baseados nos modelos tradicionais. Com essa perspectiva, muitos eventos nos últimos anos têm focado as discussões entre importantes atores sociais para rever nossos atuais modelos, principalmente no que diz respeito aos negócios, como é o caso da ECO Business, Feira e Congresso Internacional de Econegócios e Sustentabilidade, realizado anualmente em São Paulo. Cada vez mais, percebemos que é preciso repensar tudo, começando por nossa própria visão de mundo.

. Por: Ricardo Guggisberg, idealizador da Feira e Congresso Internacional de Econegócios e Sustentabilidade, ECO Business. | ECO Business.

A ECO Business é um evento de disseminação de conceitos e práticas sustentáveis. A Feira e Congresso Internacional de Econegócios e Sustentabilidade, promovida pela MES Eventos desde 2008 em São Paulo, reúne empresas que desenvolvem projetos sustentáveis, ecoprodutos e serviços, com o intuito de gerar negócios, promovendo integração, troca de informações e geração de conhecimento nas esferas social, ambiental e econômica.

Além da feira onde as empresas se apresentam em estandes, é realizado também o Congresso Negócios e Cidades Sustentáveis, que discuti temas relevantes como projetos adotados por governos, empresas, ONGs e universidades, visando entendimento das estratégias e resultados obtidos para melhorar a vida nas cidades com a implementação de iniciativas sustentáveis e como podemos nos organizar para gerar riqueza e lucratividade nas cidades impactando menos o meio ambiente.

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