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18/03/2010 - 10:59

Estímulo e compromisso

Dentre as lições a serem aprendidas com a grave crise econômica de 2008 e 2009, inclui-se a necessidade de aumentar o grau de compromisso das pessoas com as organizações nas quais trabalham. Precisam ser combatidos comportamentos profissionais movidos por visões distorcidas, como um sedutor sucesso financeiro vultoso, em curto espaço de tempo, mediante a loteria de um imenso bônus forjado com papel sem lastro.

Perspectivas de curto prazo para a trajetória profissional numa empresa, que chegam a ser defendidas por algumas correntes da área de recursos humanos, fomentam o individualismo, reduzem as responsabilidades com o todo e podem suscitar riscos. Obviamente, um indivíduo que percebe o reconhecimento ao seu esforço e identifica elementos como segurança e possibilidades internas de progresso dificilmente tergiversará em seu compromisso com a organização. Portanto, uma estratégia adequada de remuneração e recompensa confere sinergia entre os objetivos pessoais e os corporativos, substituindo o individualismo pela visão coletiva.

Portanto, são fundamentais políticas de recursos humanos capazes de atrair, reter e conquistar a confiança dos colaboradores, de modo que vislumbrem, na própria empresa, oportunidades de ascensão profissional e melhoria na qualidade da vida. Nesse sentido, uma das mais eficazes ferramentas é a remuneração variável, definida como o conjunto de distintas formas de reconhecimento oferecidas aos funcionários, em complemento ao salário fixo. Há várias alternativas para implementar a prática, como a participação nos lucros, remuneração por resultados ou participação acionária. É preciso ter em mente, por outro lado, que um programa de remuneração variável deve submeter-se a regras legais, tanto trabalhistas quanto as relativas ao imposto de renda da pessoa física.

Saliente-se, ainda, que um programa de remuneração variável funciona como indutor de comportamentos profissionais que marcarão profundamente a cultura da corporação, merecendo, por isso, cautelas adicionais. A melhoria paulatina e ampliação dos itens da remuneração variável dos colaboradores devem estar atreladas a sua atitude, comprometimento e resultados. Portanto, não precisam ser necessariamente dependentes da ascensão hierárquica. É importante que os indivíduos percebam ser possível ganhar mais e ter melhores benefícios na própria posição que ocupam. Desse modo, antes de almejar cargos, estarão voltados ao seu aprimoramento profissional, à sua eficiência e aos resultados globais da organização.

O desempenho dos recursos humanos, é desnecessário afirmar, torna-se cada vez mais decisivo para a competitividade das empresas. Foi-se o tempo em que esquemas operacionais herméticos e rotinas burocráticas, supervisionados pelo antigo chefe da seção, garantiam resultados adequados. Assim, as políticas de recursos humanos devem estabelecer estratégias de desenvolvimento e capacitação dos colaboradores, por meio de programas motivacionais abrangentes. É necessário contemplar desempenho e iniciativa, formulação de valores e visão organizacionais, estímulo ao treinamento e educação continuada. Reconhecimento é essencial aos seres humanos! É um estímulo decisivo às altas performances!

. Por: Antoninho Marmo Trevisan, empresário, educador e consultor. Presidente da Trevisan Escola de Negócios, da Trevisan Consultoria e Gestão e do Conselho Consultivo da BDO Trevisan, é membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

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