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20/03/2010 - 09:19

Petrobras atinge lucro líquido de R$ 28,9 bilhões em 2009


O resultado líquido no 4T09 alcançou R$ 8 bilhões 129 milhões, 11% superior ao 3T09 e 31% superior ao 4T08.

A geração de caixa operacional (Ebitda) aumentou 5% em relação a 2008, alcançando R$ 59,9 bilhões fruto da redução dos custos médios unitários, embora a cotação do petróleo e derivados tenha diminuído.

O lucro líquido de R$ 28 bilhões 982 milhões em 2009 reflete o aumento da produção e das exportações, além do eficiente gerenciamento de custos. Assim enquanto o Brent caiu 36% o lucro líquido caiu 12% apenas em relação a 2008. A produção total de petróleo e gás subiu 5% em relação a 2008, atingindo a média de 2 milhões 526 mil barris/dia. A exportação líquida de petróleo e derivados da Petrobras alcançou US$ 2,9 bilhões versus um déficit de US$ 980 milhões em 2008.

Os dados foram divulgados na coletiva do dia 19 de março (sexta-feira), na sede da Petrobras, Rio de Janeiro, pelo diretor financeiro e de Relações com os Investidores da empresa, Almir Barbassa, que ainda informou: “ em 2009, os investimentos alcançaram o patamar recorde de R$ 70 bilhões 757 milhões, com aumento de 33% em relação ao ano anterior, ano em que a Companhia captou R$ 74 bilhões 350 milhões com prazo médio superior a dez anos e amortizou R$ 27 bilhões 283 milhões de dívida de curto prazo, elevando o prazo médio da dívida total em 77% de 4,2 a 7,5 anos”, frisou o executivo.

“Diante da boa performance e do grande potencial de valorização, o seu valor de mercado alcançou R$ 347 bilhões 85 milhões em dezembro de 2009”, afirmou.

Os destaques dos resultados de 2009: - Os cinco sistemas de produção e, 375 mil bpd de capacidade. -Aumento de 6% na produção nacional de óleo. -Início da produção do pré-sal de Santos. -Aumento de 6% na produção de diesel com redução nas importações em 6 milhões de barris e início da distribuição do diesel S-50. -Ampliação da malha de gasodutos. - Captação de R$ 75 bilhões. - Novo marco reglatório: cessão onerosa e capitalização. - Renovação do Dow Jones Sustainability Index.

Os dados divulgados por Almir Barbassa mostram alguns pontos fundamentais sobre o 4º trimestre de 2009, e o ano de 2009, que discorremos a seguir:

Resultado sólido em 2009 – Em 2009, o lucro líquido consolidado da Petrobras atingiu R$ 28 bilhões 982 milhões, 12% inferior a 2008, refletindo a redução nos preços de venda de petróleo e derivados (queda na cotação média do Brent de 36% e de 11% no preço médio de realização dos derivados - PMR), as perdas cambiais durante o período em que a companhia manteve exposição líquida ativa em Dólar e a despesa extraordinária com participação especial. Apesar da menor cotação do petróleo e dos derivados, a geração de caixa operacional (Ebitda) aumentou 5%, atingindo R$ 59 bilhões 944 milhões, influenciado, principalmente, pela redução dos custos médios unitários e da queda nos gastos com importação e participações governamentais, atrelados às cotações internacionais. Excluindo a despesa extraordinária com participação especial do campo de Marlim, o Ebitda alcançou R$ 62 bilhões 9 milhões, representando um aumento de 8% em relação a 2008. A receita operacional líquida do ano foi 15% inferior à de 2008, enquanto o custo dos produtos vendidos caiu 23%, levando o resultado operacional da Companhia a permanecer estável em relação ao ano anterior.

Elevação das cotações de petróleo influenciaram o resultado do 4º trimeste de 2009 – O lucro líquido consolidado do 4º trimestre de 2009 alcançou R$ 8 bilhões 129 milhões, 11% superior ao do trimestre anterior. A elevação na cotação média do petróleo Brent e seu reflexo sobre as exportações, o aumento das vendas no mercado interno (2,3%) e a redução das despesas operacionais contribuíram para esse resultado. A redução das despesas operacionais no 4º trimestre pode ser explicada, principalmente, pela despesa extraordinária com participação especial do campo de Marlim ocorrida no 3º trimestre de 2009.

Novas plataformas contribuíram para aumento da produção - A produção de petróleo dos campos nacionais atingiu 1 milhão 971 mil barris por dia, 6% maior do que a de 2008. O aumento da produção das plataformas P-52 (Roncador), P-54 (Roncador) e P-53 (Marlim Leste), e a entrada em operação da P-51 (Marlim Sul), da FPSO-Cidade de Niterói (Marlim Leste), Cidade de São Vicente (Tupi), Espírito Santo (Parque das Conchas), Frade e da Cidade de São Mateus (Camarupim), compensou o declínio natural dos campos maduros, contribuindo para o resultado do período. A produção de gás natural, limitada pela demanda doméstica, apresentou pequena queda de 1%. No exterior, a produção de petróleo e gás natural alcançou 238 mil barris de óleo equivalente (boed), com um aumento de 6% em relação a 2008, influenciada pela entrada em produção dos campos de Agbami (jul/2008) e Akpo (mar/2009), na Nigéria. A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras, incluindo Brasil e exterior, atingiu 2 milhões 526 mil boed, 5% de aumento em relação a 2008.

Investimentos aumentaram 33% em relação a 2008 – Os investimentos, realizados ao longo de 2009, atingiram R$ 70 bilhões 757 milhões, 33% de aumento em relação aos recursos aplicados em 2008. A Petrobras segue priorizando seus investimentos no desenvolvimento da capacidade de produção de petróleo e gás natural no Brasil, através de investimentos próprios e da estruturação de empreendimentos com parceiros. Do total investido, R$ 30 bilhões 819 milhões foram destinados ao segmento de Exploração e Produção. Os recursos destinados à área de Gás e Energia também aumentaram significativamente em comparação com o mesmo período do ano anterior, focando na ampliação da malha de gasodutos para escoamento da produção e no desenvolvimento de projetos de gás natural, associado e não associado, para suprimento da demanda brasileira. Os investimentos na área de Abastecimento alcançaram R$ 16 bilhões 508 milhões e se destinaram a empreendimentos para melhoria da qualidade dos combustíveis e aumento da capacidade e do processamento de petróleo pesado pelas refinarias..

Utilização da capacidade instalada no Brasil atingiu 92% - As refinarias da Petrobras no País produziram 1 milhão 823 mil barris de derivados por dia em 2009 (aumento de 2% em relação a 2008), utilizando 92% da capacidade instalada de refino (91% em 2008). Foi dada prioridade à produção de diesel, cuja importação caiu 43%, quando comparada ao ano anterior. Do volume total do petróleo processado, 79% vieram de campos brasileiros. Já a produção internacional de derivados foi15% maior quando comparada com a de 2008. A utilização da capacidade subiu 5%.

Volume de vendas de derivados – O volume de vendas de derivados em 2009 subiu 1% no mercado doméstico em relação ao ano de 2008, atingindo o volume de 1 milhão 754 mil barris por dia. Essa estabilidade no volume de vendas foi reflexo do desaquecimento da economia, pelos desdobramentos da crise financeira mundial, do não acionamento emergencial de térmicas a diesel, como ocorrido em 2008, do aumento do percentual de biodiesel para 4% e da redução da frota de veículos movidos somente a gasolina, dentre outros fatores. Ao incluirmos os alcoóis e o gás natural no volume de vendas, verificamos queda de 2% no total do mercado interno, especialmente devido à redução de 25% nas vendas de gás natural. Esse efeito ocorreu em função da desaceleração econômica e da retração da demanda térmica devido aos maiores níveis dos reservatórios das hidroelétricas, comparativamente a 2008. No entanto, ao compararmos o total do mercado interno do 4º trimestre de 2009 com o mesmo período de 2008, observamos um aumento no volume de vendas de 2%, o que evidencia a recuperação da atividade econômica brasileira e a crescente demanda industrial.

Volume de vendas de derivados – O volume de vendas de derivados em 2009 subiu 1% no mercado doméstico em relação ao ano de 2008, atingindo o volume de 1 milhão 754 mil barris por dia. Essa estabilidade no volume de vendas foi reflexo do desaquecimento da economia, pelos desdobramentos da crise financeira mundial, do não acionamento emergencial de térmicas a diesel, como ocorrido em 2008, do aumento do percentual de biodiesel para 4% e da redução da frota de veículos movidos somente a gasolina, dentre outros fatores. Ao incluirmos os alcoóis e o gás natural no volume de vendas, verificamos queda de 2% no total do mercado interno, especialmente devido à redução de 25% nas vendas de gás natural. Esse efeito ocorreu em função da desaceleração econômica e da retração da demanda térmica devido aos maiores níveis dos reservatórios das hidroelétricas, comparativamente a 2008. No entanto, ao compararmos o total do mercado interno do 4º trimestre de 2009 com o mesmo período de 2008, observamos um aumento no volume de vendas de 2%, o que evidencia a recuperação da atividade econômica brasileira e a crescente demanda industrial.

Estabilidade no custo de extração – Os maiores gastos com pessoal, compensados pelo maior número de intervenções em poços e de paradas programadas de unidades produtivas, ocorridos em 2008, mantiveram estáveis os custos de extração em reais, sem incluir as participações governamentais. Ao incluirmos as participações observamos queda nos custos devido à menor cotação do petróleo em 2009.

Novas emissões ao longo do ano foram realizadas com êxito – Em 2009 a Companhia captou R$ 74 bilhões 350 milhões com prazo médio superior a dez anos e amortizou R$ 27 bilhões 283 milhões de dívida de curto prazo, elevando o prazo médio da dívida total de 4,2 para 7,5 anos. O ano de 2009 foi marcado por um expressivo acesso da Companhia ao mercado de capitais, garantindo sua liquidez em meio à crise internacional. Foram realizadas operações de financiamentos bem sucedidas, com destaque para a linha de empréstimo de R$ 25 bilhões concedida pelo BNDES, contratação de linha de financiamento de US$ 10 bilhões junto ao China Development Bank (CDB), e emissão de títulos (Bonds) no valor de US$ 6,75 bilhões colocados no mercado internacional. No mercado bancário doméstico foram contratados R$ 3,6 bilhões. Além disso, a Petrobras deu continuidade à política de alongamento do prazo de vencimento das dívidas, buscando a manutenção de taxas atrativas e maior alinhamento com o período dos seus investimentos. O endividamento líquido da Companhia atingiu 31%, dentro do nível desejado de 25% a 35%.

Contribuição econômica ao País – A contribuição econômica da Petrobras ao País, medida por meio da geração de impostos, taxas e contribuições sociais, totalizou R$ 54 bilhões 714 milhões, 6% a menos que em 2008. O principal fator dessa queda foi o menor pagamento de Imposto de Renda, devido ao menor lucro apresentado pela companhia. As participações governamentais no País totalizaram R$ 18 bilhões 624 milhões, queda de 14% em relação ao exercício de 2008. O principal motivo foi a menor cotação internacional do petróleo no ano de 2009, que afeta o preço médio de referência do petróleo nacional para efeito de recolhimento das participações.

Valor de mercado da Petrobras acumula significativa alta em 2009 – Na BM&FBovespa, as ações ordinárias subiram 52% e as preferenciais 61% no ano. Na New York Stock Exchange (NYSE), onde se negociam os recibos ordinários e preferenciais, os ganhos foram de 95% e 108%, respectivamente.

Em 2009, porém, as ações e os recibos da Petrobras continuaram em destaque e foram os mais negociados, tanto na BM&FBovespa quanto na NYSE. O giro financeiro médio dos papéis da companhia, negociados diariamente, em ambas as bolsas alcançou aproximadamente US$1,3 bilhão por dia.

• Link dos resultados com gráficos ilustrativos

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