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CANAIS

23/03/2010 - 12:27

Em busca da perfeição tecnológica

Com sistema experimental, resultado das limitações técnicas em função da pouca disponibilidade de espectro e de uma tecnologia primária, a comunicação móvel foi apresentada a todos nós, há algum tempo. Apesar de não lembrarmos muito dela, mesmo sendo um passado próximo, essa tecnologia chamada de primeira geração (1G) permitiu ao mundo se conectar, tornando possível atingir qualquer um, a qualquer momento e em qualquer lugar. Era o início de uma nova era na comunicação.

A necessidade atual dos usuários por conectividade e informações online suscitou demandas técnicas e funcionais, como o desenvolvimento de redes mais rápidas (2G) e novos equipamentos (compatíveis com as necessidades dos usuários). Mais uma vez, a tecnologia precisou ser “aperfeiçoada”, transformando celulares simples em mini-computadores, verdadeiras máquinas que vão muito além da função inicial do telefone – a comunicação oral.

Atualmente, com faixas mais largas de espectro disponível (mais espaço para a transmissão de voz e dados), a terceira geração (3G) de celulares da família GSM, que teve início em 2006, na América Latina, permite a seus usuários uma ampla gama de serviços, que vão da simples checagem de emails a realização de operações em bancos e pagamentos de contas e compras.

Não é novidade dizer que estamos nos preparando para um mundo perfeitamente conectado e que todos esses erros e contratempos são necessários para o aperfeiçoamento da tecnologia. Só para se ter ideia dessa rápida expansão, até fevereiro de 2010, 324 redes comerciais 3G já estavam em operação em 136 países. Como a evolução tecnológica é quase natural, o desafio fica por conta das operadoras, que precisam cada vez mais evoluir e trazer novidades ao mercado, além de se comprometer com a qualidade dos serviços oferecidos.

No caminho natural da HSPA, aparece a HSPA+, que já vem sendo implementada em 42 redes, em 24 países, e que caminha, em breve, para a LTE. A futura tecnologia (em testes no final de 2009), em alguns países, como Suécia e Noruega) permite uma velocidade nominal de transmissão de dados de até 100 Mbps, maior que a velocidade disponível da 3G (HSPA) quando foi apresentada, que era de até 7Mbps.

Outro fator interessante a ser analisado é a “não fronteira” dessa evolução, na qual grandes e pequenos países trocam inovações tecnológicas. Na América Latina, a tecnologia de terceira geração HSPA expandiu para 24 países com 52 redes comerciais. A promessa das operadoras para 2010, no Brasil, é apresentar os modems e smartphones habilitados para essa nova tecnologia HSPA+. Isso acontece em um momento bastante oportuno para as operadoras, já que existe espaço para crescimento desse tipo de usuário - hoje, o market share de smartphones na América Latina é de apenas 5%.

Mas é claro que tudo isso não seria possível se a infraestrutura e os investimentos na área não acontecessem. No entanto, isso não é o suficiente. Para se ter uma ideia, uma das apostas de especialistas no setor é implantar a tecnologia LTE (Long Term Evolution ou Evolução de Longo Prazo) utilizada para a próxima geração de telefonia celular (4G). Tecnicamente essa migração trará mais vantagens, com a maior velocidade de transmissão de dados, que pode chegar a 100 Mbps para download e 30 Mbps para upload. O tráfego inclui dados, voz, vídeos e mensagens. A dificuldade refere-se a freqüência que poderá ser utilizada na América Latina, ainda não definida, podendo ser nas faixas de 2.5 GHz ou 700 MHz.

A demanda por banda larga móvel continuará crescendo continuamente e é necessário estar preparado para isso. Em 2014, por exemplo, o Brasil precisará estar apto para sediar a Copa do Mundo e, em 2016, as Olimpíadas. Um desafio e tanto, não? A previsão é de plena disseminação do HSPA+ e da LTE, processo que pode tardar cerca de dois anos. As operadoras móveis precisarão de três vezes mais espectros do que possuem atualmente para entregar um produto de alta qualidade e velocidade. Nesse caso, o país alcançará uma marca tecnológica histórica e relevante, a cobertura de banda larga será simplesmente multiplicada.

A alternativa é adequar algumas faixas, como a de 2,5 GHz ou 700 MHz, o quanto antes. Só assim o Brasil estará preparado para receber esses dois eventos. Será o “boom” da banda larga móvel e o início da tecnologia em quarta geração (4G). A evolução tecnológica não para.

. Por: Erasmo Rojas, diretor da 3G Americas para América Latina e Caribe.

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