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26/05/2007 - 15:16

Sobena promove o 5° Seminário de Transporte e Desenvolvimento Hidroviário Interior em Brasília

O evento vai de 13 a 15 de junho e pretende levar a discussão para o centro do poder político.

Em 2005, em Belém, durante o encerramento do 4º Seminário Hidroviário da Sobena, os participantes decidiram indicar Brasília, centro do poder político do Brasil, como a sede do 5º Seminário, a ser realizado em junho de 2007. A razão principal desta decisão foi a necessidade, ressaltada no transcorrer das várias atividades daquele seminário, do setor hidroviário brasileiro buscar soluções adequadas e completas para questões cruciais que, além de conter componentes técnicos, apresentam grande viés político. Questões importantes como: definição prática da relação entre hidrovias e meio ambiente, necessidade de realização de obras de infra-estrutura, incentivo à integração dos vários modais de transporte de cargas e adoção de políticas públicas adequadas para o desenvolvimento do transporte hidroviário brasileiro.

Um país necessita de vias transitáveis, quer para escoar sua produção de bens, quer para permitir a movimentação de mercadorias e de pessoas. Em havendo condições físicas, muitas destas vias podem (e devem) ser aquáticas. Vias praticamente prontas, que sustentam na água seus veículos e que, por isto, exigem pouca energia para movimentar grande quantidade de carga em velocidades relativamente baixas. Hidrovias, portanto, se prestam preferencialmente ao transporte eficiente de grande volume de carga, quando não há requisito de grande velocidade. Grãos, minérios, combustíveis, madeira, celulose, calcário, cana-de-açúcar, cargas gerais, são exemplos de tantas cargas que combinam com o transporte hidroviário.

A seguir, são apresentados alguns argumentos sobre a importância dos tópicos principais do 5º Seminário Sobena para o desenvolvimento das hidrovias brasileiras.

Integração multimodal - O transporte hidroviário tende a apresentar menores custos que os transportes ferroviário e rodoviário, mas, com poucas exceções, é dependente de integrações multimodais eficientes para fazer valer as suas qualidades. As hidrovias da Amazônia e do Paraguai-Paraná dependem de outros modais apenas para concentrar e captar suas cargas nos portos de origem, pois as suas destinações finais são diretamente portos fluvio-marítimos. Outras hidrovias, como a Tietê-Paraná, dependem, de forma direta, de ferrovias ou rodovias para que suas cargas alcancem os portos marítimos para exportação. Identificar as cargas mais adequadas e as maneiras mais econômicas de transportá-las pode garantir a viabilidade da utilização do transporte hidroviário.

A questão ambiental -O Brasil está desenvolvendo suas hidrovias mais tarde que países europeus e norte-americanos que utilizam, significativamente, a navegação fluvial como meio de transporte efetivo de cargas. Este atraso, contudo, faz com que o desenvolvimento das hidrovias brasileiras esteja acontecendo em um momento em que há um maior conhecimento científico e tecnológico sobre os impactos ambientais do transporte aquaviário. Não se admite, nos dias de hoje, relegar a um plano secundário a questão ambiental ligada à utilização das hidrovias. Por outro lado, há grandes vantagens, relacionadas com a questão ambiental, no transporte de cargas por hidrovias, como menores emissões de poluentes, economia de combustíveis e baixa probabilidade de ocorrência de acidentes, que devem ser ressaltadas.

Necessidade de obras -A busca da eficiência econômica do transporte utilizando os rios leva, invariavelmente, a compensar as baixas velocidades típicas de embarcações de carga com um grande volume transportado. Neste sentido, há sempre uma pressão econômica para operar com as maiores embarcações possíveis em determinado rio. As restrições físicas existentes, específicas de cada trecho do rio, são as que determinam as maiores dimensões das embarcações. Muitas destas restrições podem ser eliminadas por obras e a tendência é que sejam obras pontuais, localizadas, que possam eliminar gargalos, como trechos de baixa profundidade, com afloramentos rochosos ou com excesso de bancos de areia. Obras de maior porte, mas importantíssimas, são as eclusas para transposição de barragens em rios. As barragens com fins de geração de energia melhoram as condições de navegação, desde que sejam construídas as eclusas para sua transposição.

Melhoria tecnológica -A implantação, em embarcações e em terminais portuários, de avanços tecnológicos ocorridos em equipamentos nos últimos tempos deve levar a um aumento de eficiência econômica, a maiores níveis de segurança operacional e a menores graus de interferência ambiental do transporte hidroviário. Assim, o conhecimento e o estímulo à adoção das melhorias tecnológicas de sistemas de propulsão e de manobras, de equipamentos de carga e descarga e de sistemas de prevenção de derramamento de combustíveis, por exemplo, resultarão em ganhos na qualidade do modal de transporte.

Políticas públicas -Destacada a eficiência do transporte hidroviário, se há trechos de rios (vias praticamente prontas) que podem ser utilizados, alguns fatores podem impedir ou dificultar a implantação da navegação fluvial: falta de interesse econômico momentâneo, desorganização da matriz de transportes e barreiras ainda não equacionadas como licenciamentos ambientais e falta de eclusas em barragens. A adoção de políticas públicas adequadas pode facilitar a aceleração do desenvolvimento do transporte hidroviário.

O Seminário - O 5º Seminário Hidroviário da Sobena, em Brasília em 2007, na seqüência dos outros quatro já realizados (Rio de Janeiro/1999, Jaú/2001, Corumbá/2003 e Belém/2005), tem, portanto, o seu foco determinado em analisar os problemas que retardam o desenvolvimento do transporte hidroviário brasileiro e, de uma forma prática e objetiva, indicar ações para as suas respectivas soluções. O desafio é grande, mas será bem enfrentado porque todo o setor de transportes está plenamente convencido que os resultados serão compensadores para o país.

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