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25/03/2010 - 11:25

Escultura de Amílcar de Castro marca início da construção do Cais das Artes


Uma escultura de Amílcar de Castro (1920-2002), um dos mais importantes artistas plásticos brasileiros, será a pedra fundamental do complexo cultural batizado de Cais das Artes, uma iniciativa do Governo do Estado a ser concretizada em um terreno de 20 mil metros quadrados na Enseada do Suá. A solenidade que celebrará o início das obras será realizada ao lado da Cruz do Papa, no dia 26 de março (sexta-feira).

A construção com 150 metros de comprimento e 30 de altura, com um teatro de ópera e um museu, irá dialogar com a atividade portuária da Baía de Vitória. Será a primeira obra de Paulo Mendes da Rocha em sua cidade natal. O arquiteto voltará ao Estado, para participar do evento que comemora o início dos trabalhos.

Na solenidade também será apresentado o livro “Paulo Mendes da Rocha – o horizonte da utopia”. Em formato de estojo, a publicação é composta por lâminas que contam por meio de textos e ilustrações a história do arquiteto e do projeto Cais das Artes. O livro foi editado por Paulo Herkenhoff, crítico de arte, também capixaba, que exerceu vários cargos de coordenação e direção de coleções e instituições de arte como Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), Fundação Eva Klabin Rapaport, e Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.

Para licitar a obra, cujo objetivo é inserir o Estado no circuito nacional e internacional das grandes exposições e espetáculos, foi criada uma Comissão Especial de Licitação, formada por servidores de diversos órgãos e secretarias do Governo do Estado. A empresa licitante vencedora foi a Santa Barbara Engenharia S/A, que soma 40 anos de história e mais de mil obras espalhadas pelo País. A obra, prevista para terminar em 18 meses, vai ser contratada por 115,5 milhões. Quando estiver pronto, o conjunto deverá receber, em média, 2500 pessoas por dia entre funcionários e usuários, e movimentar financeiramente por mês R$ 1, 5 milhões.

Paulo Mendes da Rocha - Paulo Mendes de Rocha é capixaba de Vitória, radicado em São Paulo. Formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie de São Paulo, em 1954. Ele assumiu nas últimas décadas uma posição de destaque na arquitetura brasileira contemporânea, tendo sido agraciado em 2006 com o Prêmio Pritzker, a mais importante premiação da arquitetura mundial.

Teatro - O teatro será equipado para possibilitar usos múltiplos como concertos de música acústica ou amplificada, óperas, danças ou peças teatrais. Comportará 1.300 pessoas e contará com um palco de aproximadamente 600m² e com um vão livre com mais de 25 metros de altura até o teto, o que vai permitir a utilização de diversos cenários em uma mesma apresentação.

O projeto prevê também um fosso para orquestra sob o palco, com dimensões que vão atender às exigências mundiais. O público que frequentar o local contará ainda com um café que avançará por cima da água, na Baía.

Museu - O projeto do museu contempla grandes salões com diversas alturas livres e diferentes tamanhos, totalizando em torno de três mil metros quadrados de área expositiva climatizada. As instalações poderão utilizar desde pequenos recintos, para obras que requerem ambientes controlados, a salões com altura livre de até 12 metros, para exposições de grande porte.

Esses salões serão amparados por uma série de espaços de serviços, que vão permitir, ainda, o desenvolvimento de pesquisas, palestras e ações educativas em geral. Completam o projeto do museu um auditório com capacidade de 225 lugares, uma biblioteca e um café.

O conjunto arquitetônico projetado tem como característica central a valorização do entorno paisagístico e histórico da cidade. A estrutura passará a ideia de leveza. O arquiteto decidiu suspender os edifícios do solo, de modo a permitir visuais livres e desimpedidos, desde a praça até paisagem ao redor. O visitante contemplará através de janelas e rampas envidraçadas o Convento da Penha e a Terceira Ponte.

Os dois edifícios que compõem o conjunto arquitetônico do Cais das Artes serão implantados em uma grande praça, que será uma extensão do museu e do teatro, pois ela abrigará eventos ao ar livre, como exposições e até encenações.

Amílcar de Castro - Há diversas obras públicas do mineiro Amílcar de Castro espalhadas por jardins e praças do Brasil e do mundo. Foram feitas com a intenção de que a ação do tempo seja vista constantemente no espaço da obra. Agora o Espírito Santo ganhará um trabalho do artista, no ano em que ele é homenageado pelos 90 anos de seu nascimento.

A obra de Amílcar, famoso por suas esculturas neoconcretas, feitas com chapas de aço e ferro recortadas em formato geométrico, poderá ser admirada já no dia da solenidade de início das obras do Cais das Artes. O trabalho foi construído em 1997, tem 4,80 metros de comprimento, e pesa cinco toneladas.

Cais das Artes pelo mundo - Paulo Mendes da Rocha levou o Cais das Artes para Londres, na Embaixada do Brasil. O projeto foi um dos destaques na exposição da Bienal de Arquitetura da capital inglesa.

O Cais das Artes também virou notícia pelo mundo. Em Tokyo, Japão, a revista “GA Document Internacional 2008” publicou uma matéria amplamente ilustrada sobre o projeto. A revista “Summa +”, de Buenos Aires, Argentina, também dedicou várias páginas a Paulo Mendes da Rocha, com fotos da maquete.

A Revista Internacional de Arquitetura 2G, de Barcelona, Espanha, é outra publicação que detalhou a obra do arquiteto e deu ênfase ao Cais das Artes, citando inclusive onde o projeto será instalado – em Vitória, Capital do Espírito Santo.

No Brasil, além de ampla cobertura na mídia local, o Cais das Artes já passou pelas paginais de jornais como O Globo e Folha de São Paulo, e também pelas revistas Isto é e Carta Capital.

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