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25/03/2010 - 11:33

Pesquisa aponta que 92% das pessoas das classes de renda mais baixas não têm conta em bancos

Estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Fractal indica como o setor de Correspondentes Bancários se relaciona com este cenário e o comportamento do consumidor na utilização dos serviços oferecidos.

Há alguns anos, pagar uma simples conta de luz, por exemplo, era considerada uma tarefa difícil. A grande reclamação sempre foram as extensas filas dos bancos. Hoje, a forte presença dos Correspondentes Bancários dentro do comércio tem facilitado a rotina financeira das pessoas. Para posicionar este setor dentro da economia brasileira, o Instituto de Pesquisas Fractal, especializado em análises do mercado financeiro, apresenta resultados de estudo que indica que 92% dos entrevistados com renda individual inferior a R$ 800,00 mês alegam não ter conta em banco.

Outra importante revelação da pesquisa é a resposta quase unânime dessa camada social: os 92% estão satisfeitos com a qualidade de atendimento dos Correspondentes Bancários. Além disso, para 75,4%, a velocidade e agilidade dos serviços são outros itens importantes que os agradam e o horário estendido satisfaz a 70%. A comunicação objetiva, que facilita o entendimento dos serviços, também foi quesito considerado essencial. As principais atividades financeiras exercidas pela classe C, por meio dos correspondentes são: contratação de seguros, pagamentos de contas, consultas de saldos, realização de depósitos, créditos, saques, dentre outras funções.

Mas não são apenas as pessoas de camadas menos favorecidas que usufruem desse ramo. As classes B1 e B2 também recorrem aos correspondentes. Ambas concordam em um quesito: 93% estão satisfeitos ou muito satisfeitos pelos serviços prestados. De acordo com a Fractal, nas atividades dos correspondentes, 90% da classe B2 pagam suas contas de água, luz e telefone, 40% realizam os pagamentos de boletos e carnês de instituições conveniadas. Já 17% dos entrevistados responderam que usam os serviços financeiros como cartão de crédito e débito, contra 15% da classe C. Outros 17% consultam seus saldos, já a C, nesse mesmo serviço, correspondem a 25%. Outra tarefa exercida por 24%, da classe C, são os depósitos em conta corrente.

Para Celso Grisi, diretor-presidente do Instituto de Pesquisas Fractal, “os correspondentes bancários auxiliam tanto o comerciante quanto os bancos. O primeiro é beneficiado atraindo mais consumidores para seu estabelecimento. Enquanto o segundo, com a diminuição de filas, pode oferecer serviços mais qualificados e personalizados para seus clientes, aumentando de forma significativa, o volume de empresas e pessoas que utilizam outras demandas bancárias sem reclamações de demora e tempo perdido em filas”, destaca o executivo.

Presença dos Correspondentes Bancários no Brasil - Há algum tempo, apenas as agências de Correios e Lotéricas prestavam os serviços de correspondentes bancários. Hoje, estão presentes em lojas de varejo, padarias, farmácias e até bancas de jornal. Esta última ainda pouco explorada.

As microempresas correspondem a 70% dos estabelecimentos comerciais que atuam como correspondentes bancários ativos. Já nas familiares, a parcela é de 49%. Considerando por setor de atividade, temos: confecção e comércio (22,9%), eletroeletrônicos (8,6%), ferragens e metais (8,6%), além de óticas, fotos, relojoaria, informática, livraria, papelaria, editora, pneus e autopeças, presentes e decoração, açougue, restaurantes, lanchonetes e bares, revendedora de veículos, equipamentos de telecomunicações e áreas de armarinho, aviamento, etiquetas, bazar, material odontológico, perfumes e cosméticos, copiadora, ensino, representação comercial, assistência técnica, turismo, entre outras. Sente-se, entretanto, falta do correspondente bancário em lojas pet.

Correspondente bancário potencial - São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Brasília e Recife têm 625 empresas que estão aptas para oferecer as demandas dos correspondentes, estão divididos nas seguintes modalidades: empresas de alimentos, confecções e calçados, autopeças, eletroeletrônicos, farmácia, informática, móveis, aquecedores e refrigeração, pet shop, livraria, material de escritório, bebidas, açougue, supermercados, perfumaria e cosméticos.

Pesquisa Correspondentes Bancários- O interior paulista, as grandes capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e outras foram cenário do estudo que apontou serem as classes C2, D e E como liderança na utilização dos serviços prestados pelos correspondentes bancários. Em média, 60% usam entre duas a quatro vezes por mês para realizar pagamentos, depósitos, saques e consultas. A renda familiar foi outro critério levantado para a avaliação. Sendo que, 25,9% correspondem entre R$ 251,00 e R$ 800,00 por mês; 38,1% pertencem à faixa entre R$ 801,00 e R$ 1.500,00; 20,4% possuem renda entre R$ 1.501,00 e R$ 2.000,00, e 15,3% têm renda acima de R$ 2.001,00 mensais. Nota-se que aqueles com renda familiar até R$ 250,00 ainda ficam à margem dos serviços financeiros (0,3%).

Fractal – Forma, Acaso e Dimensão - Empresa 100% nacional, com 20 anos de atuação no mercado brasileiro, figura entre as melhores empresas de pesquisa e consultoria de negócios do Brasil. A Fractal é especialista em pesquisas de mercado, tratamento de informações, treinamento (transferência de know-how) e desenvolve anualmente os Painéis da Indústria Financeira – P.I.F., que analisam a movimentação do setor no Brasil. Tradicionais, os painéis apuram dados que vão desde a imagem institucional dos bancos pesquisados até a avaliação dos produtos oferecidos/lançados, a seus clientes “Pessoa Jurídica” e “Pessoa Física”, comparando resultados de diferentes instituições em todo território nacional, ao longo do tempo.

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