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26/05/2007 - 16:00

Encontro de negócios em Portugal rende bons resultados

Entusiasmo e acordos que abrem canais para o mercado europeu substituem reclamações sobre o câmbio.

Coordenada pela Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), 51 empresas brasileiras, representando 30 segmentos, estiveram presentes no Encontro Internacional de Negócios em Portugal, realizado em Lisboa, nos dias 23 e 24 de maio. Na oportunidade, os empresários participaram de 400 reuniões que resultaram num total de US$ 600 mil em acordos fechados no evento e em US$ 25 milhões de negócios futuros – próximos 12 meses.

Com este Encontro, que teve a participação de grandes redes de varejo como Sonae e Carrefour, a Apex-Brasil pretende aumentar o comércio bilateral, aprimorar a imagem do produto brasileiro no exterior, além de criar oportunidades de negócios. Para isso, o empresário brasileiro participou de rodadas de negócios que reuniu 65 compradores e visitou o Centro de Distribuição de produtos da Agência, localizado em Lisboa.

Neste projeto, estiveram presentes empresas de carnes congeladas, balas e confeitos, frutas, chocolates, biscoitos, massas, pescados e camarão, sucos de frutas, utensílios domésticos, cachaça, café, orgânicos, entre outros.

Para empresários que participaram do Encontro, mais do que ganhar dinheiro, esta foi uma oportunidade de consolidar o produto brasileiro no mercado português e expandir as exportações do Brasil para outros países europeus. Simone Vasconcelos, por exemplo, gerente de comércio internacional da Amêndoas do Brasil (Fortaleza), disse que dos encontros com os portugueses surgiu uma chance de vender a castanha torrada e salgada, já em embalagem final para o consumidor, com a marca de Redes européias. “Essa é uma oportunidade excelente para me consolidar na Europa e agregando valor ao meu produto”, ressaltou.

O mesmo pensa Marcos Gerlinger, proprietário da Geléia dos Monges (São José dos Campos). Segundo ele, “em Portugal percebi claramente que nossos produtos são tão competitivos quanto qualquer mercadoria portuguesa”. Gerlinger, que já vende para a rede francesa Casino, iniciou uma negociação com a rede de lojas de departamento El Corte Inglés, que é espanhola, mas tem várias unidades em Portugal. “Aqui, demos os primeiros passos para ampliar as vendas para a Europa”.

“A política econômica portuguesa propicia não apenas um intercâmbio comercial com os outros países da União Européia, como também é uma janela aberta a outros mercados de língua portuguesa como Angola, Moçambique e Cabo Verde”, avalia Juarez Leal, coordenador da Unidade de Eventos Internacionais da Apex-Brasil.

Dina Gazola, representante da Martplast, empresa de utensílios domésticos de plástico, acrescenta que, além de conquistar mercados, os encontros coordenados pela Apex-Brasil diminuem o tempo para se conhecer novos importadores. “Enquanto demoraríamos de 2 a 3 meses para marcarmos uma entrevista com estes fornecedores, no Encontro, eles vão até nós”.

O Encontro começou a ser organizado no ano passado com o intuito de apresentar, a um seleto grupo de supermercadistas, a potencialidade de empresas brasileiras dos ramos de chocolate e doces, frutas e polpas, água de coco, biscoitos, castanhas de caju, orgânicos, massas, pescados, sopas, barras de cereal, cachaça, mel, açúcar, ervas aromáticas, café, carnes de frango e bovina. Também integraram a comitiva brasileira representantes de indústrias dos setores de material de limpeza, móveis, produtos de jardinagem, produtos de higiene pessoal e cosméticos, utensílios domésticos em madeira e plástico, artesanato e embalagens descartáveis e filme PVC.

Intercambio comercial Brasil – Portugal: De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior no ano de 2006 as exportações brasileiras para Portugal foram de US$ 1,46 bilhão. No mesmo período, o Brasil importou de Portugal pouco mais de US$ 312 milhões, o que gerou, ao longo de 2006, um saldo positivo para a balança comercial brasileira de US$ 1,14 bilhão.

De janeiro a março de 2007, o Brasil exportou US$ 371 milhões e importou pouco mais de US$ 77 milhões, gerando um saldo superavitário para o Brasil de US$ 293 milhões. Nos três primeiros meses deste ano, os principais produtos que o Brasil comprou de Portugal foram azeite de oliva, bacalhau e vinho. No mesmo período, Portugal comprou do Brasil, principalmente, petróleo, soja, milho, ligas de alumínio e açúcar de cana.

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