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30/03/2010 - 08:53

Brasília aos 50 anos. Que cidade é essa?


Livro com ensaios de 14 autores retrata as múltiplas facetas da capital brasileira no ano de seu cinquentenário. Jornalistas, acadêmicos e artistas olham para Brasília e propõem reflexões originais sobre a cidade. Coordenação editorial das jornalistas Beth Cataldo e Graça Ramos. Projeto gráfico de Chico Amaral e fotografias de Ricardo Labastier.

Um livro independente e crítico sobre Brasília, mas também capaz de lançar um olhar amoroso e reflexivo sobre a capital brasileira e seu futuro. Assim é Brasília aos 50 anos. Que cidade é essa?, que será lançado no restaurante Carpe Diem (CLS 104), às 19 horas, no próximo dia 12 de abril ( segunda-feira), mês em que a cidade completa seu cinquentenário. A crise política devastadora que envergonha os brasilienses está refletida no livro, que não se limita a enxergar Brasília pelo viés do poder. A cidade surge com suas múltiplas facetas - da cultura à economia, da história aos personagens que a construíram - nos textos e fotos que compõem a publicação.

A coletânea de ensaios de 14 autores foi organizada pelas jornalistas Beth Cataldo e Graça Ramos, que contaram com um projeto gráfico inovador de Chico Amaral e a maneira especial de observar a cidade do fotógrafo Ricardo Labastier. Os textos levam a assinatura de Andrea Jubé Vianna, Conceição Freitas, Gustavo Lins Ribeiro, José Rezende Jr., Leonardo Barreto, Mara Bergamaschi, Marco André Schwarzstein, Marcos Magalhães, Mauro Santayana, Ricardo Caldas, Ruy Fabiano e Sérgio de Sá.

Na apresentação do livro, as organizadoras partilham sua abordagem sobre o tema: “Nascida como proposta urbana de perspectivas arrojadas, a capital brasileira permanece incompreendida – política, histórica e culturalmente. Brasília aos 50 anos. Que cidade é essa? faz-se da pretensão de apresentar vários olhares sobre a cidade surgida da prancheta e construída ao longo de cinco décadas pelo esforço de seus habitantes. Do mapa à cartografia, cidades são roteiros de afetos, e a Brasília que emerge neste livro é assim: plural, complexa e contraditória, símbolo e exceção”.

Publicada pela Tema Editorial, de Minas Gerais, a obra poderá ser encontrada inicialmente na rede de lojas da Livraria Dom Quixote, ao preço de R$ 45,00. Os autores de Brasília aos 50 anos. Que cidade é essa? estarão no lançamento para a noite de autógrafos, que deverá ser também um ponto de encontro com os que se interessam pela cidade e seus habitantes.

Obra sobre uma cidade - As denúncias de corrupção que constrangem a cidade, justo no marco de meio século de sua existência, mereceram um capítulo especial no livro. “Visões do horror” reúne dois textos que tratam diretamente do assunto, embora as reflexões sobre os episódios denunciados permeiem outros ensaios do livro. O leitor poderá também contar com ângulos que avaliam a identidade cultural da cidade ou que retratam a experiência dos que acompanharam, ainda na infância, a trajetória surpreendente da capital inventada por Juscelino Kubitscheck e os pioneiros.

Logo no texto de abertura, o estranhamento provocado por Brasília naqueles que a conhecem pela primeira vez inspira evocações familiares a muitos de seus moradores, vindos de todos os lugares do Brasil. Como observou Lígia Cademartori, que escreveu sobre o livro, a cidade continua, 50 anos depois de inaugurada, perturbadora e desafiante. “Cidade-esfinge?”, pergunta. “Pois o leitor não será devorado”, responde a própria Lígia.

No prefácio, Rubem Azevedo Lima notou como traço comum nos autores a convicção de que é possível fazer as instituições funcionarem melhor, “para o bem estar ético, político, econômico, jurídico e social dos brasileiros e brasilienses”. Ele acrescenta que “não há por que duvidar disso”. De fato, o que anima os autores é claramente a preocupação em discutir a cidade, encontrar suas razões e descaminhos, apontar saídas e ideias para cumprir o seu destino. Afinal, é o Brasil todo que passa pelo Planalto Central.

Os autores: Andrea Jubé Viana, jornalista e advogada, é repórter especial do serviço Análise Política, distribuído pela Agência Estado. Publicou reportagens nas revistas Rolling Stones e Piauí. 

Beth Cataldo, jornalista, começou sua carreira na imprensa independente dos anos 1970, em Minas. Trabalhou como repórter em alguns dos principais veículos do País, como Gazeta Mercantil, O Estado de S. Paulo, O Globo e revista Isto É. Foi chefe de redação do Jornal do Brasil, em Brasília, e diretora de Informação da Agência Estado, em São Paulo.

Chico Amaral, autor do projeto gráfico do livro, construiu a maior parte de sua carreira em Brasília, onde foi editor de arte do Correio Braziliense. Graduou-se como bacharel em pintura na Universidade de Brasília. Chico virou artista, fez exposições e acumulou prêmios de design gráfico. Em 2001, mudou-se para Barcelona, onde trabalha como consultor em processos de reformulação de jornais e webs informativas em todo o mundo.

Conceição Freitas, jornalista com experiência em diversas áreas, escreve atualmente a Crônica da cidade, publicada no Correio Braziliense. Ganhou oito prêmios, entre os quais o Esso de jornalismo de 2006 com a série de matérias sobre o amor entre excluídos. Publicou Só em caso de amor, coletânea de crônicas sobre Brasília, e Amantíssima, sua estréia no gênero conto.

Graça Ramos - Trabalhou nos principais jornais e revistas do país. Doutora em História da Arte pela Universidade de Barcelona, é curadora de exposições e autora de livros como Ironia à brasileira e Maria Martins – escultora dos trópicos. Coordena a coleção Brasilienses, dedicada a artistas vinculados à cidade de Brasília.

Gustavo Lins Ribeiro- É professor titular de antropologia na Universidade de Brasília, pesquisador do CNPq, diretor do Instituto de Ciências Sociais da UnB, ex-presidente da Associação Brasileira de Antropologia e vice-presidente da União Internacional de Ciências Antropológicas e Etnológicas. Publicou vários livros e inúmeros artigos em seis línguas sobre questões relativas a processos de globalização e desenvolvimento. Sobre Brasília, escreveu O capital da esperança – A experiência dos trabalhadores na construção de Brasília (Edunb).

José Rezende Jr., jornalista e escritor, foi repórter especial do Jornal do Brasil, O Globo, Isto é, Correio Braziliense. Hoje, ministra oficinas de texto jornalístico e se dedica à literatura. Publicou os livros A mulher-gorila e outros demônios e Eu perguntei pro velho se ele queria morrer, ambos pela editora 7 Letras.

Leonardo Barreto - Mestre e doutorando em ciência política pela UnB, é consultor em pesquisas eleitorais, analista político e professor universitário.

Mara Bergamaschi- Foi repórter de política em Brasília, nos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. Pelos dois diários, assinou reportagens investigativas, tendo sido indicada para o Prêmio Esso de Jornalismo em 1994. Hoje, vive no Rio de Janeiro, onde colabora com jornais e sites. Acaba também de estrear na ficção, com o livro de contos Acabamento (7 Letras).

Marco André Schwarzstein - Atua como psicanalista em Brasília. Certificou-se em psicologia transpessoal e Respiração Holotrópica com Stan Grof, nos Estados Unidos, e foi o introdutor do método na capital federal. Coordena os treinamentos no Brasil em Deep Memory Process, de Roger Woolger. Formou-se em bioquímica e é mestre em Ciências pela Universidade de Zurich, com publicações em revistas científicas como Nature.

Marcos Magalhães - Carioca, participou da abertura da sucursal da revista Veja, em Belém, onde escreveu reportagens sobre política, economia e meio ambiente na Amazônia, durante quase três anos. Recebeu o prêmio Suframa de jornalismo pela reportagem A energia da floresta, sobre a construção da hidrelétrica de Tucuruí. É mestre em Relações Internacionais pela Universidade de Southampton, da Inglaterra. Até 1998, trabalhou nas sucursais do Jornal do Brasil, Isto É, Gazeta Mercantil e O Estado de S. Paulo. Depois, ingressou por concurso no Senado Federal, onde responde pela editoria da página internacional da Agência Senado.

Mauro Santayana - Um dos nomes mais importantes do jornalismo brasileiro, sua carreira registra momentos notáveis, como a cobertura da invasão de Praga pelas tropas soviéticas e a colaboração próxima que estabeleceu com Tancredo Neves no esforço de redemocratização do país. Ainda hoje é articulista do Jornal do Brasil - um espaço recorrente em sua longa e expressiva trajetória.

Ricardo Caldas, vice-diretor do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (CEAM) da Universidade de Brasília (UnB), é economista e mestre em Ciência Política pela UnB e Ph.D. em Relações Internacionais pela University of Kent at Canterbury. Fez pós-doutorado na Universidade de São Paulo (USP) e na Columbia University, em Nova Iorque. Já publicou mais de 20 livros ao longo de sua carreira acadêmica.

Ricardo Labastier - Autor do ensaio fotográfico do livro, nasceu em Olinda, Pernambuco, em 1972. Estudou na Escola Superior de Comunicação e Marketing, de Recife. Suas pesquisas em fotografia foram iniciadas em 1992, com o fotógrafo Firmo Neto. Começou a desenvolver ensaios em preto e branco sobre a religião católica nos mosteiros e igrejas do Nordeste. Atua também como freelancer e realiza retratos para livros, revistas e outras publicações.

Ruy Fabiano - Carioca, 54 anos, é jornalista desde 1972. Começou como repórter em O Globo. Foi crítico de música de Última Hora e autor de verbetes de música da Enciclopédia Barsa. Cobriu por 15 anos o Congresso Nacional, pela revista Visão e pelo Correio Braziliense, onde foi editor, colunista político e editorialista. A partir de 1998, tornou-se consultor em política do Conselho Federal da OAB. Em 2005, publicou seu primeiro livro, o romance Profanação (A Girafa). Em 2008, lançou a coletânea de contos Os Arquivos de Deus (Novo Século).

Sérgio de Sá, jornalista e professor universitário, escreveu o segundo volume da coleção Brasilienses, dedicado ao violeiro Roberto Corrêa. Foi repórter, subeditor e editor de Cultura do Correio Braziliense, onde assinou durante mais de seis anos a coluna L2. Mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas e doutor em Estudos Literários, atualmente é professor na UnB. Será lançado em breve o livro de sua autoria A reinvenção do escritor: literatura e mass media, pela Editora UFMG.orizonHorizoh

. [Título: Brasília aos 50 anos. Que cidade é essa? , lançamento: 12 de abril (segunda-feira), restaurante Carpem Diem (104 Sul), às 19 horas. | Preço de capa: R$ 45,00

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