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02/04/2010 - 09:22

Praticagem de Santos recebe 10 novos práticos


Entre os novos práticos que começam no dia 1º de abril (quinta-feira), a manobrar navios no Porto de Santos e São Sebastião está Fernanda Letícia da Silva, que pode se tornar a primeira mulher brasileira a manobrar navios como prática no Estado de São Paulo.

O Porto de Santos recebeu a partir do dia 1º de abril (quinta-feira), dez novos práticos que iniciam suas atividades na profissão depois de completar o estágio como praticantes de prático de um ano e terem sido aprovados no exame realizado pela Autoridade Marítima. Fernanda Letícia da Silva faz parte desse grupo e pode ser a primeira mulher brasileira a manobrar um navio na condição de Prática no Estado de São Paulo, uma vez que participará, junto a seus novos pares, da primeira escala de serviço para o mês de abril na Praticagem de Santos.

Até agora, 30 práticos atuavam no Porto de Santos. A partir de abril serão 40 práticos em atividade nesse porto. Outros onze candidatos foram aprovados no processo seletivo realizado pela Marinha no ano passado e deverão iniciar o estágio de praticante de prático assim que a Autoridade Marítima autorizar. Passarão, como os práticos que começam a trabalhar hoje, por um período de treinamento que dura no mínimo um ano e no máximo dois anos, tendo de realizar pelo menos 700 manobras acompanhado por um prático. Concluída essa etapa, passam pelo exame realizado pela Autoridade Marítima, que concede o certificado de habilitação aos aprovados.

A praticagem brasileira é regulamentada pela Marinha, através da Diretoria de Portos e Costas, que determina o número de profissionais para atuar em cada porto, fiscaliza a profissão e realiza os processos seletivos para o ingresso na profissão.

Perfil- A Praticagem de Santos é responsável por todos os investimentos como compra de embarcações e outros equipamentos necessários à operaração, todas as despesas de manutenção e a folha de pagamento dos cerca de noventa funcionários, além de todos os tributos comuns a qualquer atividade de prestação de serviços. Os práticos não recebem salários, pois não são empregados, e sim sócios. Recebem um pro labore fixado em contrato social e, como em qualquer outra atividade similar, auferem eventuais lucros ou cobrem prejuízos que venham a ocorrer.

As exigências para o exercício da profissão incluem proficiência em idioma inglês, conhecimento em navegação, além de formação superior e disputa acirrada em processo seletivo conduzido pela Autoridade Marítima Brasileira (Marinha do Brasil). Depois de habilitados, por força de acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário, a cada cinco anos, os Práticos são submetidos a um curso de reciclagem, para renovação de seus certificados.

A Praticagem contribui diretamente para que as cargas dos navios cheguem e saiam dos portos com segurança, reduzindo o valor dos seguros. Os preços cobrados pelo serviço resultam de livre negociação com os seus tomadores e são compatíveis com os praticados nos grandes portos internacionais, a despeito do que vem sendo veiculado por alguns poucos armadores. Trata-se de uma atividade exercida com reconhecida eficiência pela comunidade marítima, essencial para a segurança da vida humana, das comunidades, do porto, das embarcações e do meio-ambiente e que representa apenas 0,07% das despesas do exportador.

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