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29/05/2007 - 09:37

Instituto Moreira Sales com acervo de Pixinguinha na internet em homenagem a seus 110 anos de nascimento

O Instituto Moreira Salles homenageia os 110 anos de Pixinguinha (1897-1973) disponibilizando – o acervo do artista para consulta pública por meio do site www.ims.com.br. Além disso, a Reserva Técnica Musical do Instituto, localizada no centro cultural do Rio de Janeiro (rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea), a mostra Pixinguinha, com imagens, documentos, objetos, manuscritos e partituras originais – algumas inéditas –, reunidos pela família e preservados pelo IMS poderá ser vista pelo público carioca até 1º de julho.

Nascido na capital fluminense em 23 de abril de 1897, Alfredo da Rocha Vianna Filho tornou-se um dos nomes mais importantes da música brasileira e é considerado o maior compositor de choro de todos os tempos. Também orquestrador, flautista e regente, é autor de melodias clássicas do repertório popular nacional, como Carinhoso (letra de João de Barro), Lamento (letra de Vinicius de Moraes) e Rosa (letra de Otávio de Souza). Para o jornalista e biógrafo Sérgio Cabral, a passagem de Pixinguinha pela MPB foi tão longa quanto marcante. “É apontado por quase todos que mergulham fundo no estudo de nossa música como um dos maiores nomes que ela produziu em todos os tempos”, afirma ele.

Além de partituras, documentos, fotografias e objetos de interesse museológico, como instrumentos musicais, destacam-se no acervo as centenas de partituras manuscritas contendo os arranjos pioneiros produzidos por Pixinguinha para orquestras como a da gravadora Victor, mais tarde RCA, bem como composições inéditas do artista.

Os pesquisadores poderão ouvir centenas de músicas de Pixinguinha, gravadas por ele ou por outros intérpretes, conhecer suas performances como instrumentista, ver fotografias de sua coleção pessoal e analisar informações sobre partituras manuscritas e editadas do autor – estas podem ser consultadas diretamente, digitalizadas e transcritas, na Reserva Técnica Musical do IMS. Também está disponível no site um índice de obras sobre o músico encontradas nas bibliotecas do Instituto.

As mostras são de Candido Portinari, Mário Gruber e Benjamin R. Mulock: Gravura – A mostra em homenagem aos 80 anos do artista plástico paulista Mário Gruber reúne cerca de 70 gravuras que integram um conjunto de mais de uma centena de trabalhos do artista pertencentes ao acervo do Instituto, produzidos entre a década de 1940 e os anos 90. Autodidata, Gruber fez sua primeira gravura em metal em 1945. Daí em diante, foram 15 anos de trabalho como gravador, primeiramente em Santos, sua cidade natal, até 1949, quando seguiu para Paris como bolsista do governo francês, aperfeiçoando seus conhecimentos com o pintor Eduardo Goerg. Após sua volta ao Brasil, em 1951, dedicou-se ao ensino da gravura no Museu de Arte Moderna de São Paulo e, depois, na Escola de Arte da Fundação Armando Álvares Penteado.

Mário Gruber costuma dizer que, de certo modo, sua carreira na gravura precede a pintura, não no sentido cronológico ou quanto ao valor expressivo, mas na medida em que foi por meio da gravura que se afirmou como um artista. Seus trabalhos gráficos, assim como sua pintura, estão disseminados por inúmeros museus e coleções no Brasil e no exterior. Ele usa uma metáfora para ilustrar o modo como percebe as diferenças entre gravura e pintura: “Gravura em metal, em preto-e-branco, é música de câmara, enquanto a pintura tem o som da orquestra sinfônica”. Para Gruber, a gravura é densa, funda e possui luz própria, além de reunir elementos inerentes às artes plásticas: desenho, movimento, expressão e intensidade. A exposição evoca a relevância do traço do desenho nas obras. Uma seleção dos trabalhos também poderá ser vista na Galeria IMS do Unibanco Arteplex (Praia de Botafogo, 316).

Desenho – A mostra do paulista Candido Portinari (1903-1962) traz um conjunto de 15 desenhos pertencentes à Coleção Unibanco – Acervo IMS. Conforme atesta no folder da exposição o Superintendente Executivo do IMS, Antonio Fernando De Franceschi, “no formidável acervo de cerca de cinco mil trabalhos que representam o legado de Candido Portinari às artes plásticas de seu tempo, o desenho ocupa posição fundamental. Presentes em todos os períodos da vida criativa do mestre de Brodósqui, os numerosos desenhos que deixou constituem, tanto quanto a pintura, um hemisfério autônomo no interior de sua obra”. Embora nascendo, muitas vezes, como ensaios ou croquis de trabalhos que iriam ganhar forma final através da pintura a óleo ou do afresco, os desenhos de Portinari eram dotados de sua própria força expressiva.

A partir de 1953, 30 anos depois de sua primeira participação em exposições, Portinari começa a sentir os efeitos de uma intoxicação com tintas. Obrigado a passar períodos sem pintar, por recomendação médica, largava os pincéis para entregar-se inteiramente ao desenho, valendo-se de um variado naipe de técnicas, que vão do grafite ao nanquim. Mas não apenas a recorrência da intoxicação, que terminaria por lhe ser fatal, fez do desenho o refúgio do artista. Por vezes eram encomendas de ilustrações para publicações literárias, por vezes o desenho era utilizado como anotação de cenas e impressões, a exemplo da Série Israel, resultado da visita que o artista fez àquele país em 1956. A mostra no IMS-Rio traz também estudos realizados por Portinari para murais e painéis.

Fotografia – Já a exposição de Benjamin R. Mulock reúne 40 imagens produzidas pelo fotógrafo inglês na Bahia, no século XIX, que integram o acervo fotográfico do Instituto Moreira Salles. Mulock chegou ao Brasil no final dos anos 1850 – duas décadas após a invenção da daguerreotipia. Atuando na Província da Bahia entre 1858 e 1861, documentou a construção da ferrovia executada pela empresa Bahia and São Francisco Railway. Entre as cerca de 60 imagens de sua autoria hoje conhecidas, encontram-se, além de registros dessas obras, vistas do interior da província e de Salvador, incluindo um dos primeiros panoramas da cidade.

Nessa série, o artista inglês realça a arquitetura colonial da capital baiana ora por meio de ângulos oblíquos, ora a partir de registros frontais com a câmera localizada no centro das ruas, acentuando a perspectiva formada pelos edifícios ao longo de seu eixo. Ao enfatizar as imagens de Salvador – numa mostra que também inclui fotografias do interior da província e da construção ferroviária –, a exposição do IMS destaca as inovações estéticas proporcionadas pela fotografia de paisagem, que teve em Mulock um de seus precursores.

A exposição vai até 1º de julho de 2007, no Instituto Moreira Salles – Rio de Janeiro, Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea, telefone (21) 3284-7400. Reserva Técnica Musical, de terça a domingo, das 14h às 20h. Entrada franca e estacionamento gratuito no local | Site: www.ims.com.br

Desenhos – Candido Portinari na sala 2 | Gravuras – Mário Gruber, 80 anos, salas 3 e 4 - Benjamin R. Mulock – Fotografias da Bahia (1858-1861) | Gabinete fotográfico,de terça a domingo, das 13h às 20h até 1º de julho de 2007.Visitas monitoradas: o agendamento deve ser feito pelo telefone (21) 3284-7400. | www.ims.com.br

Gravuras – Mário Gruber, 80 anos, até 1ºde julho de 2007 na Galeria Instituto Moreira Salles – Unibanco Arteplex, Praia de Botafogo, 316, lojas D e E; telefone (21) 2559-8750, diariamente, das 12h às 22h. Entrada gratuita | www.ims.com.br

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