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02/04/2010 - 10:42

Páscoa


Neste primeiro domingo de abril, comemora-se a Páscoa em vários países do mundo. Aqui no Brasil a Páscoa está associada à ressurreição de Cristo, porém se prestarmos atenção, veremos que a última ceia de Jesus com seus discípulos foi uma celebração da Páscoa, ou seja, ela já existia bem antes de sua morte e ressurreição, portanto estão enganados aqueles que acham que a origem da Páscoa é na ressurreição de Jesus. A data da comemoração cristã foi definida durante o Concílio de Nicéia, em 325 d.C., como sendo o primeiro domingo após a primeira lua cheia após o equinócio da primavera, que é 21 de Março no hemisfério norte.

A Páscoa já existia bem antes de Cristo na tradição judaica e era chamada Pessach. Nesta data os judeus comemoravam o êxodo ou a fuga do Egito e tinha o significado de libertação, ou seja, a passagem da escravidão no Egito para a liberdade, comandados por Moisés conforme mostrado no livro do Êxodo. Na tradição judaica a célebre passagem pelo mar vermelho, onde as águas se abriram para dar passagem aos israelitas em fuga, passou a ser comemorada como a Páscoa na primeira noite de lua cheia da primavera. Na Páscoa judaica existem três elementos principais que são lembrados e passados de geração a geração a cada ano, durante a ceia pascal: o simbolismo do cordeiro pascal (pesah), para lembrar o dia em que Deus feriu a todos os primogênitos egípcios e poupou aos israelitas que tinham marcado suas portas com sangue de cordeiro; os pães ázimos (matsah), para lembrar a falta de tempo para fermentar os pães na fuga do Egito e as ervas amargas (maror), para lembrar as amarguras e os sofrimentos da escravidão.

Voltando mais um pouco no tempo, vamos encontrar as festas pagãs dos gregos, romanos e celtas, onde era reverenciada a deusa da primavera Ostera, que é simbolizada segurando um ovo na sua mão e observando um coelho ao seu lado, sendo que o ovo simboliza o nascimento e o coelho a fertilidade. Esta festa era comemorada no equinócio da primavera, quando a fertilidade da terra reinicia seu ciclo após o inverno. Ostera simboliza o renascimento da terra e seus rituais estão relacionados à fertilidade. Lembramos que o termo “pagão” vem do termo latino “paganus” que significa “aquele que vive no campo”.

A Páscoa atualmente passou a ser mais uma festa comercial que intensifica o turismo devido aos feriados e o consumo de peixes e chocolates. Suas verdadeiras origens estão mais perdidas a cada ano que passa, mas felizmente existem muitos que esperam um novo tempo e a possibilidade de uma mudança para melhor. Existem muitos que vêem nesta data a comemoração do impulso do ser humano para uma condição nova e cheia de esperanças, apesar de desconhecida. A estes em especial, uma boa Páscoa!

. Por: Célio Pezza, escritor [www.cpezza.com], mas tem sua formação acadêmica em Química e Administração de Empresas. Nascido em Araraquara, interior de São Paulo, Célio mora atualmente em Veranópolis, no Rio Grande do Sul.

Identificado mais com o estilo “suspense”, o autor cria romances que misturam aspectos da realidade com ficção, deixando claro sua predileção pelo esoterismo e pela magia. No dia 28 de abril, Célio Pezza lança o livro A Palavra Perdida em São Paulo. A noite de autógrafos acontece na Livraria Cultura do Shopping Villa-Lobos a partir das 19h (Av. Nações Unidas, 4777, S. Paulo).

Célio também escreve artigos e crônicas sobre temas atuais da sociedade, assim como trata de assuntos polêmicos que recebem pouco ou quase nenhum espaço nas mídias. Oras publicadas por Célio Pezza: 1 - A Nova Terra (1999 – Brasil) | 2 - O Conselho dos Doze (2000 – Brasil) | 3 - The Seven Doors – em inglês (2006 by Trafford Publishing – Canadá- USA-UK) | 4 - As Sete Portas (2008 – Brasil) | 5 - Ariane (2008 - Brasil) | 6 – A Palavra Perdida (lançamento em abril/2010 – São Paulo). [ Blog do autor: http://www.cpezza.com/blog | email: [email protected]]

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