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29/05/2007 - 09:49

Qual é o melhor balanceamento para o seu veículo de carga?


O balanceamento de pneus já é uma rotina na vida de todo caminhoneiro ou profissional do setor de transporte rodoviário de cargas e passageiros. No entanto, ainda é comum no mercado uma dúvida relativa à melhor forma de realizar este procedimento fundamental para aumentar a vida útil de um pneu de carga, segundo o gerente geral de Engenharia de Vendas da Bridgestone Firestone, José Carlos Quadrelli, que responde às principais perguntas sobre este tema.

Quais são os tipos de balanceamento para um pneu de carga?

Quadrelli - Existem duas maneiras comuns de balancear, o estático e o dinâmico. O balanceamento "estático" pode ser feito com imóvel. O balanceamento “dinâmico”, que requer que esteja em rotação, é uma melhoria técnica estática. Mas os dois tipos algumas vezes diminuem o desgaste do pneu.

Por que é preciso balancear os pneus ?

Quadrelli - Não se balanceia "pneus", mas sim o pneu e a roda, já que virtualmente todos os métodos de balanceamento trabalham com pneus montados.

Se fosse prático, toda a extremidade seria balanceada, incluindo o cubo da roda, cilindro do freio e eixo. Mas este procedimento nem sempre é possível ou funcional. Um balanceamento pode causar vibração, gerando desgaste no pneu. Daí a necessidade de balanceamento.

O que coloca coisas fora de balanceamento?

Quadrelli - O pneu perfeitamente uniforme a roda, o eixo, o cubo ou o cilindro de freio. Variações de peso podem ocorrer dentro de um componente. Uma parte de uma roda ou pneu pode ser mais pesada que outra. A base de uma válvula pode desequilibrar um bem balanceado. Cada parte de uma extremidade de roda pode contribuir para uma condição de “desbalanceamento”.

Por que isso é um problema?

Quadrelli - Girar um objeto balanceado resulta numa força criada pelo desequilíbrio, que gira também. Com isso o pneu pode “bambolear”, vibrar ou pular, comprometendo muito a dirigibilidade, capacidade de frenagem e provocando desgaste irregular no pneu.

O que é balanceamento "estático"?

Quadrelli - Se fosse possível esmagar um pneu e roda em um disco plano, e então colocar aquele disco plano em um ponto no centro (figura 1), você poderia adicionar pesos até o disco parecer estar "balanceado" (figura 2). Não se pode fazer isso de fato, mas esta é a idéia por trás do balanceamento estático.

O que acontece se o balanceamento estático estiver fora?

Quadrelli - Desequilíbrio estático aparece com características de "saltos", ou movimento para cima e para baixo, causando "desgaste diagonal", e em alguns casos, sérias perturbações no trajeto.

Esta falha pode ser corrigida pelo balanceamento estático?

Quadrelli - Sim. Porém, tratar uma extremidade de roda como se fosse um disco plano pode simplificar demais a situação. Verifique o exemplo anterior, agora utilizando um método mais acurado. Imagine que cada metade da montagem é representada por um disco separado (figura 3). O disco superior representa apenas a metade superior da montagem, e o disco inferior apenas a metade inferior. Nenhum destes discos está em equilíbrio, apesar de toda montagem estar ainda em equilíbrio estático. Então, mesmo se o balanceamento estático for usado, ainda poderão ocorrer problemas na estrada. Tal desequilíbrio "dinâmico" geralmente causa um movimento inconstante, e pode ser acompanhado por rápido desgaste do pneu.

Qual seria a forma correta?

Quadrelli - Balanceamento dinâmico geralmente ajuda a corrigir problemas que balanceamento estático não consegue. O equipamento é mais complexo, mas os sistemas de balanceamento dinâmicos realmente mede forças geradas através da montagem em rotação. Quando o equilíbrio dinâmico é alcançado (figura 4), o equilíbrio estático é automático, então um equilíbrio estático separado não é necessário.

O balanceamento em veículo é estático ou dinâmico?

Quadrelli - Sistemas em veículo giram em torno da montagem inteira, o que pode compensar a não uniformidade nas extremidades, cilindro de freio e eixos, mas infelizmente, eles não balanceiam dinamicamente a montagem. Qualquer sistema de balanceamento de giro, para ser realmente efetivo no veículo ou fora dele, precisa ser o mais sensível possível para detectar pequenas forças de desequilíbrio. Pneus de caminhão tipicamente giram em torno de 500 RPM em velocidades de estrada, o que aumenta mesmo pequeníssimas forças de desequilíbrio.

Quando de roda e pneu pode ser balanceada?

Quadrelli - Algumas frotas balanceiam rotineiramente. Algumas balanceiam apenas os pneus dos eixos tratores ou somente as posições de direção de tratores. Há ainda as que fazem o balanceamento somente se houver desgaste ou se existir reclamação de perturbação. O mais seguro é testar, usando dois grupos de um equipamento quase idênticos, balanceando um e o outro não. Verifique o desempenho dos pneus, observando seu grau de desgaste, se está irregular ou existem perturbações. A Bridgestone também recomenda que se faça balanceamento como o primeiro passo para resolver o problema de vibração. É muito rápido, muito simples e barato, e pode aliviar muitos problemas de desgaste e no trajeto.

Observações: 1. Balanceamento estático trata uma montagem como se fosse um disco operando em um único plano no centro da montagem.

2. Pesos de tamanho apropriado trazem a montagem para balanceamento estático. A prática padrão coloca a metade do peso em cada lado da roda, para ajudar a minimizar o desequilíbrio dinâmico.

3. Balanceamento dinâmico considera o equilíbrio de montagem em dois planos, localizado nas extremidades do aro. Esta montagem é ainda estaticamente balanceada, mas não dinamicamente balanceada.

4. Sistemas de balanceamento dinâmico mostram quanto peso a colocar em cada lado, e em que local.

Uma montagem de pneu e roda que não esteja balanceada pode trepidar, balançar ou vibrar, causando problemas. O desequilíbrio estático causa "pulos", e o desequilíbrio dinâmico causa trepidação.

Perfil da Bridgestone - A Bridgestone é a maior fabricante mundial de pneus e artefatos de borracha, com vendas de US$ 25 bilhões em 2006. Emprega 124 mil funcionários no mundo e mantém operações em 26 países, com 156 fábricas, das quais 58 são fábricas de pneus e 98 fábricas de produtos diversos (autopeças, semicondutores, equipamentos para golf e tênis, bicicletas). No Brasil, a empresa produz pneus para todos os segmentos em sua fábrica de Santo André, que tem capacidade para produzir mais de 33 mil pneus/dia. Em 2006, faturou R$ 1,600 bilhão. Entre 2000 e 2007, a empresa terá investido cerca de US$ 460 milhões para a instalação de uma nova fábrica no Brasil, em Camaçari (BA), inaugurada em fevereiro deste ano, e para a modernização da unidade já existente, em Santo André (SP), e de sua rede de revendas no país, composta por mais de 500 pontos de vendas.| www.bridgestone.com.br

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