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07/04/2010 - 10:10

Precisamos de novas diretrizes urbanas

A cidade de São Paulo pede há anos novos modelos de ocupação e mobilidade urbanas. O Secovi-SP, como legítimo representante da categoria imobiliária em todo o Estado, vai, por meio de sua Universidade corporativa, desenvolver estudos e contribuir para estancar os problemas urbanísticos que assolam a Capital, a região metropolitana e outros municípios.

Há uma emergente necessidade de encontrarmos alternativas para planejar o desenvolvimento das megametrópoles, formadas pelas áreas que compõem as metrópoles, adequadamente conectadas do ponto de vista de transporte e comunicações. Somente com um olhar regional é possível chegar a alternativas eficientes do ponto de vista urbanístico. Os modelos mais adequados são aqueles que possibilitem a implantação de ocupações descentralizadas e com mobilidade adequada, criando espaços sustentáveis.

A melhor forma de atingir esse objetivo é elaborar um planejamento de longo prazo, que contemple diretrizes básicas capazes de transformar e aperfeiçoar as condições de vida da cidade. Para isso, defendemos sete pontos fundamentais: mobilidade; ambiência urbana planejada; polos autossustentáveis; modelos de segurança; projeto urbano-social englobando habitação, saúde e educação; mitigação da poluição em áreas contaminadas; e segurança jurídica.

Descobrir as necessidades reais dos consumidores de imóveis, principalmente das famílias de baixa renda, também é uma forma de mudar paradigmas e proporcionar qualidade de vida à população. Sabe-se que consumidores de mais alta renda têm preferências arquitetônicas leves. Mas, e a população que compõe o déficit de 8 milhões de moradias? Por décadas, foram construídas moradias padronizadas, sem conforto e personalidade, que por vezes levaram à criação de guetos, como muitos que ainda existem na cidade de São Paulo.

Sabemos que esses consumidores são alegres, confiantes, gostam de cores vivas. E as preferências habitacionais e a qualidade das construções devem ser entendidas e respeitadas regionalmente nesses empreendimentos.

O programa Minha Casa, Minha Vida foi elaborado primordialmente para atender a essa demanda. Porém, mais do que um programa de governo, o Secovi-SP defende que esta iniciativa seja o primeiro passo rumo a uma política habitacional perene de Estado.

Para tanto, é preciso vontade política e comprometimento com o futuro. A destinação de recursos abundantes e permanentes para a habitação é necessária, assim como a criação de uma agenda positiva, em razão da realização no Brasil da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

Esses eventos são oportunidades para o País se estabelecer, definitivamente, como protagonista mundial. Vamos olhar para frente, mensurar a evolução dos segmentos imobiliários e de infraestrutura e, assim, estabelecer um ambiente de desenvolvimento urbano equilibrado, favorável, sem surpresas para empresários, investidores e sociedade em geral.

. Por: João Crestana, presidente do Secovi-SP, da Comissão Nacional da Indústria Imobiliária da CBIC e reitor da Universidade Secovi

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