Cesta Básica do Rio de Janeiro sobe 8,30%

Em março de 2010, o custo médio da cesta básica, no município do Rio de Janeiro, foi de R$ 240,22, valor 8,30% superior ao do mês anterior. Em comparação a março de 2009, a variação é de 9,88% .

O trabalhador com rendimento equivalente a um salário mínimo necessitou cumprir, no mês de março, uma jornada de 103 horas e 37 minutos para adquirir os bens alimentícios básicos. O valor da cesta básica neste mês representou 51,20% do salário mínimo líquido.

Dos treze produtos que integram a cesta básica, seis registraram alta nos preços em relação a fevereiro. Três dessas variações foram bastante expressivas: a do tomate, a da batata e a do leite, com respectivos acréscimos de 64,31%, 22,32% e 10,38%. Provavelmente a alta do tomate está relacionada ao forte calor, que faz com que o produto amadureça mais rápido provocando perdas na colheita e na distribuição.

A alta da batata e do leite também podem ser explicadas por problemas climáticos. O volume ofertado da batata diminuiu, devido a menor produtividade das lavouras. O leite, por sua vez, teve sua captação prejudicada devido também ao clima seco e ao excesso de calor. Sete itens registraram queda. O arroz foi o produto que apresentou a maior variação negativa (-6,67%), possivelmente devido ao período de safra do produto.

Neste primeiro trimestre de 2010, o tomate teve seu preço mais do que duplicado com acréscimo de 104,39%. O açúcar e a batata registraram aumentos de 29,06% e 28,64%, respectivamente.

As quedas mais significativas registradas nesse mesmo período foram verificadas nas cotações da farinha de trigo (-5,93%) e do óleo de soja (-5,90%).

Em comparação a março de 2009, cinco produtos sofreram altas. Se considerarmos os últimos 12 meses, a alta do tomate chega a 117,10%. Outras elevações significativas foram verificadas para o açúcar (57,83%) e para a batata (55,68%). Seis produtos apresentaram cotações menores. Os produtos que apresentaram as quedas mais expressivas nos últimos 12 meses foram o feijão (-41,15%) e a farinha de trigo (-19,37%). | www.dieese.org.br