Pesquisa da ABIC confirma indicadores do Morro Grande: mulheres estão consumindo mais café

O consumo cresceu também em todas as classes sociais, sobretudo na Classe C.

Recente pesquisa divulgada pela ABIC (Associação Brasileira da Indústria) mostra que o consumo de café aumentou 6,6% nos últimos sete anos e a mulher se apresenta como grande apreciadora: 54% em relação aos homens (46%).

O resultado não é novidade para o Café Morro Grande (Piracicaba/SP). “Há anos já observamos o grande potencial das mulheres”, comenta Lia Lima Gatti Hofling, diretora de Marketing. Entre as ações que envolvem o universo feminino, a empresa mantém investimentos permanentes em novas embalagens e diversificação do mix. “A mulher observa detalhes e compara produtos não só pela sua qualidade, mas também pela apresentação”.

Lia explica que os indicadores extra-oficiais da empresa coincidem com o resultado da pesquisa da Abic. “Chamamos de extra-oficiais porque é um balanço decorrente do contato que temos com nossas consumidoras. De um modo geral, a tendência de crescimento entre as mulheres – de todas as classes sociais – é visível”, completa.

Outro dado da torrefação que confirma a pesquisa é o consumo entre os jovens. Nos últimos sete anos, o levantamento da Abic identificou o aumento de consumo entre jovens de 15 a 26 anos. A pesquisa classificou como principal motivador o hábito adquirido desde criança. “Realmente sentimos que os integrantes dessa faixa etária estão se tornando consumidores assíduos. Grupos de amigos nesta idade ou famílias com filhos jovens inseriram o café na rotina diária e nos momentos de lazer”, afirma a diretora de Marketing do Café Morro Grande.

A pesquisa “Tendências do Consumo de Café – 2009” foi realizada em janeiro deste ano e entrevistou, pessoalmente e nos domicílios, 1.703 pessoas, homens e mulheres de todas as classes sociais e acima dos 15 anos de idade. O consumo cresceu em todas as classes sociais, sobretudo na Classe C, na qual aumentou 14%.

O estudo foi realizado pelo instituto Ivani Rossi Consultoria em Pesquisa, em capitais e cidades das quatro regiões: Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Juiz de Fora e Sorocaba); Sul (Curitiba, Porto Alegre e Joinville), Norte/Nordeste (Belém, Recife, Salvador e Campina Grande), e Centro-Oeste (Goiânia e Brasília), além de quatro municípios rurais com menos de 10 mil habitantes cada.

A pesquisa realizada anualmente pela ABIC desde 2003 tem como objetivo servir de guia para que os industriais interpretem os hábitos dos consumidores, suas percepções, a evolução do consumo doméstico e fora do lar e as tendências para os anos seguintes. Em 2003, 91% dos entrevistados, homens e mulheres acima dos 15 anos, declararam ter o café entre as bebidas habituais e ter consumido no dia anterior e no dia da pesquisa. Esse percentual saltou para 97% em 2009, mesmo índice registrado em 2008.

Outros resultados da pesquisa: .Água, café, refrigerantes, leite e suco natural continuam sendo as bebidas mais consumidas, respectivamente.

.Identifica-se também um aumento de consumo, em 7 anos, dos jovens de 15 a 26 anos.

.Aumentou o consumo do café fora de casa: em 7 anos de acompanhamento, esse comportamento cresceu em 170%

. No ranking de importância, a marca habitual tem sua força no momento da compra. Alguns indicadores começam a merecer atenção: qualidade, informações no rótulo da embalagem, sabor, tipo do café e data de validade são observadas.

. O conhecimento do conceito de café gourmet é baixo. Mas os consumidores já sabem distinguir, relativamente, o que é um bom café

. Há um desconhecimento do que são cafés cultivados dentro do conceito de sustentabilidade, mas quando informados, metade se predispõe a pagar 5% a mais pelo cuidado com a natureza e o ser humano

.O café torrado e moído feito em coador ainda é o grande responsável pelo consumo (93% em casa e 96% fora). No entanto, observa-se um crescimento significativo no consumo dos cafés expressos.