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08/04/2010 - 08:03

Setor de sorvetes aposta na parceria público privada para gerar novos negócios

Associação prevê ultrapassar a produção de 1 bilhão de litros em 2010.

Terminado o verão, período em que se consome 70% da produção anual, a Associação Brasileira das Indústrias de Sorvete permanece otimista com relação ao consumo não sazonal e prevê que o setor consiga atingir 1 bilhão de litros até o final deste ano. Tendo como base o crescimento contínuo nos últimos anos, o presidente da entidade, Eduardo Weisberg, acredita que o setor conseguirá ultrapassar os 998 milhões de litros registrados em 2009, quando o mercado ficou 3% acima dos números de 2008.

Investimentos feitos pelas indústrias em desenvolvimento tecnológico e novos estudos nutricionais e diversas ações empreendidas pela ABIS ao longo dos últimos anos prepararam o setor para atingir esta meta. Entre as principais ações está um projeto de exportação e aumento do Mercado Nacional, através da Alimentação Escolar, elaborado pela ABIS, que estabelece um convênio com a GTZ – Agência Alemã de Cooperação Técnica, que atua apoiando agricultores familiares do Semi-Árido Nordestino e das Florestas Tropicais. A idéia é que eles passem a produzir polpas de frutas em conformidade com os padrões estabelecidos pelo Selo ABIS de Qualidade para fornecer às indústrias de sorvetes, especialmente as interessadas em abrir novos mercados no exterior e no Brasil.

Com este convênio, a Associação espera fortalecer a parceria entre os Empreendimentos da Agricultura Familiar - EAF com as empresas do Setor, capacitar a cadeia produtiva, melhorar a qualidade das polpas, garantir a segurança durante o processo produtivo e agregar credibilidade através das questões de Responsabilidade Social, Ambiental e Sustentabilidade. “Com isso esperamos gerar um impacto social e econômico a favor do desenvolvimento do Setor de Sorvetes e dos EAFs no Brasil”, completa Weisberg.

Hoje, o mercado de sorvetes no Brasil, que movimenta cerca de R$ 2 bilhões por ano, é representado por 10 mil fabricantes, 90% dos quais micro e pequenas empresas, que geram 100 mil empregos diretos.

Segundo Eduardo Weisberg, presidente da ABIS, “o setor de sorvetes no Brasil tem capacidade de atender o mercado durante o ano todo da mesma forma que atende no verão. Infelizmente os brasileiros foram educados a acreditar que tomar sorvete no inverno faz mal, provoca gripes e resfriados. É uma idéia falsa, pois o tempo mais frio não impede o consumo e tampouco provoca qualquer mal à saúde”.

Aumento na produção e no consumo per capita - Os números mostram que, aos poucos, esta mudança cultural está sento atingida: entre 2002, ano de fundação da ABIS, e 2009, o consumo total de sorvetes no Brasil cresceu 39,5%, passando de 713 milhões de litros/ano para 995 milhões de litros/ano, enquanto o consumo per capita teve um aumento de 28,71%, passando de 4,04 para 5,20 litros/ano.

Hoje os picolés representam 19% deste mercado, ou seja, aproximadamente 191 milhões de litros. O sorvete soft também vem crescendo no mix: atualmente são produzidos 89 milhões de litros, o que significa 9 % do mercado. Os sorvetes de massa são responsáveis por um volume estimado de 718 milhões de litros, 72% do total.

De acordo com dados do Euromonitor, os 10 sabores mais consumidos no mundo são: Chocolate (21%), Baunilha (13,7%), Morango (6,3%), Caramelo (4%), Limão (3,1%), Framboesa (2,5%), Laranja (2,5%), Café (2,4%), Foundant (2,2%) e Amêndoa (2%). No Brasil o ranking é um pouco diferente: Chocolate (28,8%), Baunilha (10,3%), Morango (9%), Creme (3,8%), Caramelo (3%), Coco (3%), Abacaxi (2,2%), Passas (2,2%), Maracujá (1,9%) e Rum (1,9%).

Sorvete Alimenta - A ABIS vem trabalhado em busca de uma conscientização popular de que o sorvete não é apenas uma guloseima, mas sim um alimento nutritivo e que pode fazer parte do cardápio do dia-a-dia do brasileiro. “É um alimento completo, pois contém proteínas, açúcares, gordura vegetal e/ou animal, vitaminas A, B1, B2, B6, C, D, K, cálcio, fósforo e outros minerais essenciais em uma nutrição balanceada”, diz Weisberg.

A tendência do setor aponta para a entrada definitiva do produto no rol dos alimentos lácteos, já que os sorvetes podem atingir 135mg/100g de cálcio, o que representa de 8 a 16% da dose diária recomendada. Uma opção principalmente para as pessoas que por hábito, gosto ou intolerância à lactose, não ingerem lacticínios na quantidade necessária. E para quem gosta de associar saúde e prazer.

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