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30/05/2007 - 08:01

Empresas aumentam competitividade consumindo menos energia

Programa Sebrae de Eficiência Energética assessora empresários a adaptar a produção para reduzir o gasto de energia.

Brasília - Desde o 'apagão' elétrico em 2001, a sociedade começou a se conscientizar da necessidade de economizar energia elétrica em casa. O exemplo também foi seguido por empresas que, do contrário, poderiam até fechar as portas.

Hoje, seis anos depois, pesquisas apontam a possibilidade de o Brasil enfrentar uma nova crise energética em 2010. Nesse cenário, a economia de energia passa a fazer parte da gestão competente das empresas e também é um significativo diferencial na competitividade.

Francisco Trigueiro, proprietário da empresa Aquasul, que atua no segmento de carcinicultura no município de Ceará-Mirim (RN), sabe disso. Com pequenas adaptações no dia-a-dia da produção de camarão, ele reduziu a conta de luz da empresa de R$ 21 mil mensais para R$ 3,5 mil.

Para conquistar esse feito, Trigueiro fez primeiro um contrato com a companhia de energia elétrica da cidade para ter uma tarifa diferenciada. "Eu me comprometi a não utilizar energia da companhia no horário das 17h30 às 20h30 e ganhei desconto por isso", explica.

Outra mudança foi no sistema de aeração dos berçários, criatórios de camarão ainda no estágio pós-larva. Trigueiro substituiu os três motores de 3CV por apenas um motor de 1CV.

O empresário também diminuiu a quantidade de camarão por metro quadrado nos viveiros. "A redução no consumo da energia elétrica viabilizou a venda do meu camarão. Antes ele era mais caro. Agora estou mais competitivo", ressalta Trigueiro, que produz a cada quatro meses 10 mil quilos de camarão em cada um dos 12 viveiros.

A redução do consumo de energia elétrica experimentada por Francisco Trigueiro foi resultado do Programa Sebrae de Eficiência Energética que ele cursou no Sebrae no Rio Grande do Norte. O curso tem duração de 16 horas e pode ser aplicado nas mais diversas áreas, turismo, confecções, agricultura, comércio e serviços, por exemplo.

O gerente da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia do Sebrae/RN, João Bosco, explica que a primeira coisa que a empresa ganha com a redução de energia é o próprio lucro. "Com a diminuição dos custos de produção, as mercadorias ficam mais baratas e competitivas no mercado", afirma Bosco. Ele aponta que outro resultado importante é o reconhecimento da sociedade. "Hoje, as pessoas dão valor a empresas que são ambientalmente responsáveis", destaca.

O reconhecimento realmente acontece. No fim do ano passado, a Aquasul recebeu o Prêmio Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia, o Prêmio Procel, concedido pelo Ministério de Minas e Energia com base em diretrizes do Governo Federal. "Ficamos em segundo lugar na categoria Micro e Pequenas Empresas em um concurso nacional. Isso é muito gratificante", diz Francisco Trigueiro.

O Hotel Jangadeiro, em Recife, também recebeu essa consultoria pelo Sebrae em Pernambuco, em parceria com a empresa Eficitec, para redução do consumo de energia. O resultado foi um sucesso. "Conquistamos o primeiro lugar no Prêmio Procel e passamos a economizar bastante", conta o proprietário do hotel, Roberto Mattos.

Para o hotel, as mudanças passaram pelo ajuste da temperatura do 'boiller', o que significou uma redução de R$ 1.200 mensais na aquisição de gás. Também foi realizado um novo contrato de fornecimento de energia, resultando em uma economia média mensal de R$ 1.872.| Giovana Perfeito/Sebrae Nacional

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