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09/04/2010 - 09:40

Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Setor Automotivo com preservação dos empregos

A Cadeia Produtiva de Ferramentaria do Setor Automotivo e seus 423 mil empregos diretos e indiretos estão ameaçados pela política de abertura ampla e irrestrita do mercado brasileiro, que vem incentivando um aumento desenfreado nas importações praticadas principalmente pela indústria automobilística.

Este segmento é composto por escritórios de designer e de projetos, pelas funções de modelação, fundição, usinagem, ferramentaria e fornecedores de insumos. Todas elas envolvendo profissionais de grande capacitação técnica e que são patrimônio brasileiro ao desenvolverem as tecnologias que sustentam a nossa indústria automobilística e que servem de alicerce para outros setores relevantes da economia, tais como aeronáutico e petrolífero.

O mercado brasileiro com seus 3,1 milhões de veículos vendidos se tornou, de repente, interessante para a expansão das montadoras que têm seus pólos produtores situados nos Estados Unidos, Europa e Ásia. Enquanto no Brasil ainda temos um mercado com grandes possibilidades de expansão com 136 veículos para cada 1 mil habitantes, nos Estados Unidos são 461 veículos por mil e na Inglaterra 457 por mil, ou seja, um mercado no limite da saturação e que possibilita, apenas, a renovação da frota.

O que preocupa os integrantes desta cadeia produtiva são as estratégias adotadas pelas empresas líderes da indústria automobilística mundial que transformaram o Brasil num mercado secundário para onde se destinam veículos que já esgotaram seus ciclos de vida e de design nos seus mercados de origem.

Aos concordarmos com a imposição de transferência unilateral de máquinas, moldes de injeção e ferramentas de conformação usadas, não estaremos favorecendo o desenvolvimento tecnológico nacional, pois este se processa com adoção de tecnologia de ponta.

O resultado, além da redução do mercado, que perde em não absorver novas tecnologias, é a ameaça direta que se faz aos empregos dos 423 mil trabalhadores e trabalhadoras que cada vez mais são substituídos por veículos e peças importadas, muitas vezes com financiamento direto do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Para fazer frente a esta situação que se acelera na medida que o Brasil consolida seu mercado interno e que é uma ameaça aos nossos interesses e à nossa soberania nacional é que a Associação Brasileira de Fundição (Abifa) e o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá se unem para chamar a atenção do Poder Público Federal, do BNDES e da opinião pública.

As duas entidades, Abifa e Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, reafirmam a defesa da livre concorrência, mas alertam a opinião pública diante da ação coordenada de agentes econômicos internacionais que ameaçam transformar a pujança do nosso mercado interno num mercado secundário, sem transferência de tecnologia e colocando em risco os 423 mil empregos que a Cadeia Produtiva de Ferramentaria do Setor Automotivo gera no Brasil.

Para debater este tema será realizado no dia 13 de Abril, terça-feira, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Rua Gertrudes de Lima, 202, centro, Santo André, o evento “Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Setor Automotivo com preservação dos empregos”. Com a presença de autoridades, ministros, líderes sindicais, empresários e os trabalhadores do setor.

.[ Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Ferramentaria do Setor Automotivo com preservação dos empregos, dia 13 de abril de 2010 (terça-feira), a partir das 9h, Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá - Rua Gertrudes de Lima, 202, centro, Santo André].

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