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09/04/2010 - 10:16

O jornalista na era do conteúdo relevante: temos o que comemorar!

Redes sociais, internet, propaganda interativa... Os recursos que garantem o sucesso das mídias digitais estão em pauta em todos os veículos de comunicação. Até aqui, o mercado navegou por múltiplas tecnologias, formatos e filosofias de trabalho, como a supremacia do design sobre o conteúdo, por exemplo. Por muito tempo, a máxima “uma imagem vale mais do que mil palavras” roubou a cena entre os profissionais de marketing.

Nesse cenário, a figura do jornalista foi considerada a mais arcaica da comunicação social: “parou no tempo”, insistiu nas matérias mais completas, nas grandes reportagens. Em outras palavras, tentou continuar cumprindo o papel que lhe cabia: informar com foco no interesse público. Tentar dizer a leitores, telespectadores e ouvintes o que eles realmente queriam e precisavam saber.

Claro, podemos dizer que comunicação também é negócio e nem todos os profissionais são assim. Mas quem é jornalista conhece a luta diária para que essa missão seja cumprida diante dos prazos apertados e da pouca disponibilidade de recursos. São limitações que muitas vezes prejudicam não só a qualidade do produto final, mas também desestabilizam o ideal de vida que nos levou à escolha da profissão. Fizemos essa opção mesmo sabendo das condições adversas. E continuamos tentando cumprir o nosso papel, todos os dias.

Para quem não desiste, como eu, aí vai uma boa notícia: Não somos mais “os incompreendidos”. Nosso foco de trabalho ganhou outro nome e ocupou o centro das atenções. Hoje, a “informação de interesse público” é chamada de “conteúdo relevante”. Para o novo marketing, isso significa trabalhar sobre quatro pilares que garantem o retorno de audiência: engajamento, entretenimento, conhecimento e prestação de serviço.

Alguma novidade? Esses quatro pilares sempre estiveram na nossa listinha de critérios de noticiabilidade, aquela análise subjetiva do que vale a pena entrar no jornal ou não. Alguns aprenderam esses critérios na faculdade, outros simplesmente os tinham arraigados na natureza de ser jornalista. Como o Google não indexa pixels ou bytes, mas sim palavras, nosso espaço está garantido no futuro da web.

A má notícia é que muitas agências digitais nasceram levantando a bandeira da modernidade, mas ainda são resistentes a esse cenário. A máxima agora mudou: beleza atrai, conteúdo convence. O consumidor da era digital é diferente e o chamado e-branding não pode ser focado na auto-promoção. De nada adianta marcar presença em blogs, sites, redes sociais e dispositivos móveis transmitindo uma avalanche de informações institucionais e incoerentes. Se elas não estiverem de acordo com aqueles quatro pilares – relembrando: engajamento, entretenimento, conhecimento e prestação de serviço – a estratégia de divulgação pode até ganhar fôlego, mas não se sustentará por muito tempo. Quem continuar “desprofissionalizando” seu conteúdo vai ficar pra trás.

. Por: Silvia Ferreira, Formada em Jornalismo pela Unesp, Silvia Ferreira é Analista de Comunicação na BlueEye Soluções Digitais, em Bauru (SP). Atualmente trabalha com e-branding, ações de marketing online, gestão de conteúdo web e mídias sociais, mas também já foi repórter de rádio, mídia impressa e digital – e continua se sentindo repórter.

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