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10/04/2010 - 09:30

Não há tempo para a América Latina ser complacente, alertam líderes empresarias

Enquanto a América Latina se recupera da crise econômica global, os países não podem ser complacentes e deve redobrar seus esforços para buscar as reformas necessárias e aumentar a integração regional.

Cartagena, Colômbia – Enquanto a América Latina se recupera da crise econômica global e continua resolvendo os grandes desafios sociais, promovendo a democracia nessa última década, a região não pode dar ao luxo de ser complacente, disseram líderes empresariais da região e do mundo durante a sessão plenária que concluiu o World Economic Forum da América Latina.

“A América Latina conseguiu superar a crise,” disse Jorge Londoño Saldarriaga, presidente e CEO da Bancolombia e co-presidente da reunião. “As nossas economias estão bem posicionadas e nossos negócios são bem gerenciados.” Recentemente, a Colômbia e muitos outros países conseguiram grandes avanços na área de ordem pública, disse. “Dez anos atrás, seria impossível realizar esse tipo de reunião principalmente pela falta de segurança.”

Mas, co-presidente da reunião James S. Turley, presidente e CEO da Ernst & Young, avisou que a região não pode ser complacente. “Uma das coisas que a região deve fazer é parar com esse discurso de felicidade.” Ele falou que os países da região devem focar na passagem das reformas necessárias, especialmente para elevar a qualidade da educação, enfrentar a corrupção e aumentar a integração regional, entre outras prioridades. “São questões difíceis que precisam ser resolvidas,” disse Turley.

Turley demonstrou muita preocupação com a capacidade da América Latina de aumentar a cooperação entre seus países. “Se a região e seus países não reconhecem a força da coordenação, acredito que isso será um grande desafio. Mesmo com a coordenação que houve durante a crise, estou preocupado que alguns países possam passar a seguir um caminho isolado. Isso é um risco.”

A integração regional não será fácil, disse Luis Fernando Alarcón Mantilla, presidente e CEO do Grupo Empresarial ISA, Colômbia e também co-presidente da reunião. “A América Latina não é uma única América Latina. Existem governos e economias diferentes.” Ele demonstrou preocupação com a possível demora em alguns países reestruturar áreas críticas. “Nossos governos normalmente são morosos na hora de adotar reformas políticas, mas os países que tomem a iniciativa e fazem as decisões corretas – e todos sabem o que tem que ser feito – serão mais beneficiados,” disse Alarcón.

Co-presidente da reunião Luiz Fernando Furlan, co-presidente da Diretoria, BRF Brasil Foods, elogiou a postura positiva dos latino-americanos. “Um dos destaques dessa reunião para mim é a mudança nos ânimos comparados com o ano passado,” ele disse. “Agora, as pessoas estão falando do futuro." Para ele, foi muito importante o apoio demonstrado pelos líderes empresariais presentes na reunião para os projetos REDD+ (Emissões Reduzidas de Desmatamento e Degradação, com a administração, conservação e aumento dos estoques de carbono florestais) e iniciativas relacionadas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa com o desmatamento.

Na conclusão da reunião, o Fundador e presidente executivo do World Economic Forum, Klaus Schwab, revelou que no ano que vem, o World Economic Forum da América Latina será realizado no Brasil. O local e as datas serão anunciados nas próximas semanas. [ www.weforum.org/latinamerica2010 ].

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