Superintendente do IQA assume presidência do Comitê Brasileiro de Avaliação da Conformidade

O CBAC atua na proteção do mercado brasileiro contra produtos de baixa qualidade que são importados ou fabricados em território nacional.

O engenheiro Mário Guitti, superintendente do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), foi eleito novo presidente do CBAC (Comitê Brasileiro de Avaliação da Conformidade) para o biênio 2010-2012. À frente do órgão de assessoramento ao Conmetro (Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), que visa empreender ações relacionadas à formulação das diretrizes para a política brasileira de avaliação da conformidade de produtos, Mário Guitti trabalhará na defesa do mercado brasileiro contra produtos de baixa qualidade fabricados ou não no País.

“Uma medida legal é desenvolver programas de avaliação da conformidade junto ao Inmetro para criação de regulamentos e verificação de itens importados, ou que são fabricados localmente, para que atendam ao critério e padrão mínimo de qualidade. Isto traz não só segurança ao consumidor, como também protege o bom fabricante de concorrência desleal”, diz Mário Guitti.

Dentro do programa brasileiro de avaliação da conformidade há o Plano de Ação Quadrienal, coordenado pelo Inmetro e composto por uma lista de produtos, serviços e processos prioritários, que são avaliados para que se estabeleçam as futuras exigências. “O CBAC estuda as propostas de avaliação de conformidade enviadas por diversos setores da indústria e da sociedade e depois submete a listagem à aprovação do Conmetro. Assim, criam-se normas e regulamentos que podem apoiar uma futura certificação compulsória dos itens, com força de lei”, informa Mário Guitti, que dará continuidade ao Plano Quadrienal 2008-2011.

De acordo com o executivo, no setor automotivo, existem diversos itens relacionados principalmente à segurança, que se encontram em estudo pelo órgão para o desenvolvimento da viabilidade da avaliação de conformidade. Ainda neste ano, rodas automotivas deverão ganhar certificação compulsória e também itens do sistema de freios. “A ideia é proteger o mercado brasileiro contra autopeças piratas ou de baixa qualidade, com normas que estabeleçam um padrão de qualidade dos produtos”, diz.

Mário Guitti destaca que o IQA também trabalhará para fomentar e identificar produtos automotivos que devam ter uma certificação compulsória. “O Instituto acompanhará de perto a confecção de normas e também se credenciará para certificação de produtos automotivos que integrarem o programa de avaliação da conformidade, já que o IQA possui atuação dedicada ao setor”, completa o engenheiro.

Engenheiro mecânico pela FEI, com extensão universitária em administração industrial, além de vários outros cursos em gestão de qualidade e produtividade no Brasil e no Exterior, Mário Guitti atua há mais de 30 anos no setor automotivo, tendo ocupado posições em nível de gerência e diretoria em várias empresas nacionais e multinacionais, incluindo três grandes montadoras. Ex-gerente geral da SAE BRASIL e na superintendência do IQA há oito anos, Guitti atua também junto às Comissões de Qualidade da Anfavea e do Sindipeças.