Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

10/04/2010 - 10:16

Títulos públicos tornaram-se boa opção

A decisão de escolher o tipo de aplicação dos recursos deve envolver uma análise criteriosa por parte dos investidores. Após experiências pouco agradáveis com a volatilidade dos mercados acionários decorrente da crise financeira internacional, muitos aplicadores têm adotado posturas cautelosas em termos de decisão de investimento. O retorno das aplicações financeiras conservadoras, no entanto, vem refletindo na tendência declinante da taxa básica de juros da economia – a Taxa Selic – que, embora deva apresentar alta nos próximos meses, permanecerá em patamares relativamente baixos em comparação ao histórico dos últimos dez anos.

O patamar recente da Selic, combinado com taxas de administração e tributação sobre fundos de investimento, tem feito com que muitos investidores direcionem seus recursos para a caderneta de poupança. Porém, uma outra interessante opção é a compra de títulos públicos. No cenário atual e esperado para os próximos anos, os títulos públicos devem se consolidar como uma das aplicações financeiras mais rentáveis.

Para investir em títulos públicos, o investidor deve acessar o site do Tesouro Direto e selecionar um agente de custódia – responsável pela intermediação das operações entre o investidor e o Tesouro Direto. Entre as opções disponíveis, recomenda-se a escolha de corretoras e/ou bancos que cobram taxas de administração de até 0,5% ao ano, para que os custos administrativos não prejudiquem o retorno da aplicação.

Em relação à tributação, há incidência de IOF até o 30º dia de aplicação. Também há incidência de Imposto de Renda de acordo com uma tabela regressiva, ou seja, a alíquota do imposto diminui conforme o prazo de aplicação aumenta. Em termos efetivos, o formato da tributação incentiva a aplicação por prazos superiores a dois anos, já que o investidor obtém um retorno maior ao pagar a menor alíquota possível de imposto.

Considerando que os ganhos mais significativos dessa modalidade de aplicação se dão para os títulos com prazos longos, uma possibilidade de redução do risco se dá por meio da tradicional diversificação entre os diferentes tipos. O aplicador pode comprar dois tipos de títulos: indexado ao IPCA e prefixado. Tem-se, portanto, uma estratégia de diversificação que visa obter ganhos significativamente maiores do que a média de mercado para operações semelhantes de baixo risco.

É importante, no entanto, que o investidor se mantenha atualizado com o objetivo de identificar oportunidades de compra de títulos. A trajetória futura da Taxa Selic e da inflação são dois dos principais determinantes da remuneração e consequente valorização e/ou desvalorização de títulos públicos, além dos movimentos nas taxas negociadas nos contratos de depósito interfinanceiro. O conhecimento de cada um dos títulos e, principalmente, a manutenção dos mesmos até o vencimento, constituem características fundamentais que podem garantir o sucesso do investidor em alcançar retornos superiores aos obtidos em outras opções de aplicação financeira de risco semelhante.

. Por: Pedro Raffy Vartanian, economista, professor de economia da Trevisan Escola de Negócios, Universidade Presbiteriana Mackenzie e Business School São Paulo.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira