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13/04/2010 - 10:35

Mesmo com promoção, preço do carro poderá subir


Como prevemos neste espaço na edição da última semana, o mês de março bateu recorde de vendas no Brasil. Somando automóveis comerciais leves foram vendidos em março 337,4 mil unidades, o que representando um aumento de 59,6% nas vendas em relação ao mês anterior.

Março suplantou com folga o último recorde de vendas que foi registrado em setembro de 2009, quando foram vendidos 296 mil unidades. No acumulado do trimestre, a soma chega a 756,6 mil unidades, 108 mil a mais do que no mesmo período de 2009. Que a indústria automobilística brasileira continuará crescendo, isso ninguém duvida, mas penso que o mercado não estabelecerá um novo recorde tão cedo.

O mês de abril, seguramente será de muitas promoções, pois a rede de concessionárias deve entrar o mês de abril com estoque superior a 200 mil unidades e a indústria continuará produzindo a todo vapor, já que as vendas vão muito bem obrigado.

Além do mais, frear a produção é como tentar parar um transatlântico. Breca-se aqui e ele para lá no “caixa prego”. Daí, caso as vendas recuem, a produção manterá o ritmo por quase um mês. Como quase tudo na vida há sempre dois lados, com o mês de abril não será diferente. Dois cenários prevalecem: por um lado há a expectativa de que as promoções e os estoques antigos manterão, por algum tempo (uma ou duas semanas), o ritmo dos descontos elevados, beneficiando assim o consumidor.

Por outro lado, é possível que com o fim do benefício do IPI – imposto sobre produtos industrializados, o aumento do preço do aço e o escoamento rápido dos estoques possam elevar os preços de forma a anular os descontos das promoções afugentando o consumidor das lojas. Aliás, parte deste cenário já ocorre com algumas marcas que suspendeu imediatamente o desconto (em média 3,5%) para os estoques remanescentes.

Independente do que aconteça, devemos admitir que dois fatores impedem o desenvolvimento ainda mais acelerado da indústria automobilística nacional: os impostos, que estão entre os cinco maiores do mundo, e os juros que são exorbitantes. Aliás, levantamento da Associação de Empresas Financeiras de Montadoras (ANEF), divulgado no site G1 do dia 02/04 (http://g1.globo.com/Noticias) revela que os juros caíram de 22,42% ao ano, em fevereiro de 2009, para 18,16% ao ano, em fevereiro deste ano. Ainda assim está muito acima dos praticados lá fora.

O governo precisa ser ambicioso, não ganancioso, continuar agindo com sabedoria para não perder o “bonde” do desenvolvimento e manter o Brasil entre os cinco maiores construtores global. A ambição alimentada pela sabedoria e integridade criará uma força poderosa para girar as “rodas” da indústria brasileira abrindo as portas da oportunidade para o desenvolvimento sustentado do setor automobilístico nacional.

Pense nisso e ótima semana,

. Por: Evaldo Costa, Diretor do Instituto das Concessionárias do Brasil | Escritor, consultor, conferencista e professor. Autor dos livros: “Alavancando resultados através da gestão da qualidade”, “Como Garantir Três Vendas Extras Por Dia” e co-autor do livro “Gigantes das Vendas”.Site: www.evaldocosta.com | Blog: http://evaldocosta.blogspot.com | E-mail: [email protected]

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