Mais de 800 trabalhadores fazem testes na primeira semana

Campanha contra Hepatite C do OGMO segue até o dia 20 de abril.

Durante a primeira semana da 3ª edição da Campanha contra Hepatite C do Órgão Gestor de Mão-de-Obra (OGMO-Santos), foram realizados 849 testes rápidos em trabalhadores portuários avulsos (TPAs). A meta é conscientizar mais de 2 mil colaboradores até o dia 20 quando a empreitada chega ao final. A ação conta com a parceria da ONG Grupo Esperança e o apoio da Sociedade Portuguesa de Beneficência.

Para a enfermeira da Medicina Ocupacional do OGMO, Roberta Leal, a adesão dos TPAs é fundamental para o sucesso da campanha. “Muitos vem pegar a escala e aproveitam para fazer o teste. Depois que fazem, incentivam os colegas para que também façam o exame”.

O teste rápido fica pronto em até 3 minutos. Quando recebem o resultado, são orientados sobre formas de contágio e prevenção. “É importante que não compartilhem objetos como lâminas de barbear e usem preservativos nas relações sexuais”, ressalta.

A enfermeira ressalta a importância de se fazer o teste. “A hepatite é uma doença silenciosa e em 90% dos casos não apresenta sintomas. A doença tem tratamento. E quanto antes descoberta, maiores são as chances de negativar o vírus”.

Caso seja constada a doença, o trabalhador já sai do local com encaminhamento para consulta com infectologista, no Hospital da Sociedade Portuguesa de Beneficência, onde pode continuar o tratamento, sem custos.

O TPA José Roberto Ferreira aprovou a iniciativa, principalmente por ter recebido orientação sobre a doença. “É excelente poder fazer este teste gratuitamente e aqui no Posto de Escalação. Uma ótima oportunidade para quem não tem acesso a médicos e também para nos incentivar a cuidar de nossa saúde”.

Durante a campanha, os testes que trazem resultados em até 3 minutos, serão aplicados de segunda a sexta-feira, sempre das 11 às 20 horas, no Posto de Escalação (PE3) do OGMO, na Avenida Mario Covas s/n, em frente ao Terminal 37.

Hepatite C – Inflamação no fígado causada por vírus, a hepatite C é considerada a mais grave entre os demais tipos da doença. A enfermidade pode se tornar crônica, e em alguns casos leva ao desenvolvimento de cirrose hepática, câncer do fígado e até mesmo à morte. A hepatite C é transmitida através de sangue contaminado por meio do compartilhamento de agulhas, seringas, lâminas de barbear e alicates de unha. A transmissão por relação sexual também é possível. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), há quase 200 milhões de portadores ou doentes crônicos de hepatite C no mundo. Destes, cerca de 4,5 milhões estão no Brasil.