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14/04/2010 - 08:52

Feridas crônicas podem ser prevenidas, alerta Clínica especializada da USCS

As técnicas para tratamentos de feridas estão em constante evolução. Atualmente existem produtos e procedimentos capazes de melhorar muito a vida de pacientes que sofrem com feridas crônicas há décadas. O (A) portador (a) dessas lesões necessita de orientações especiais com relação aos cuidados que devem ser tomados, tais como repouso, alimentação adequada e tratamento de outras doenças que venham a interferir na cicatrização. Diante dos vários fatores envolvidos no desenvolvimento de feridas crônicas, o tratamento normalmente requer atendimento de forma especializada.

Para suprir esta demanda, a Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS) mantém desde 2006, em parceria com a prefeitura da cidade, uma super especializada Clínica de Feridas (parte do Centro Clínico de Saúde Integrado da Universidade), que atende munícipes vindos das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e de clínicas particulares. Já foram atendidos dezenas de pacientes, com os casos já solucionados, em sua maioria.

A atual responsável técnica pela Clínica de Feridas da USCS, Solange Madjarof (mestre em Enfermagem na Saúde do Adulto e Idoso) alerta que para completar o processo de cicatrização o tratamento deve ser contínuo: "É preciso aguardar a regeneração da pele; o fato da ferida estar fechada não significa que o processo de cicatrização se completou. A pele vai se regenerar, as fibras elásticas vão se aprimorar para que a pele não volte a abrir. Para isso é preciso um bom cuidado com a pele e o controle de doenças associadas".

A ferida crônica pode surgir e/ou ser agravada por outros problemas de saúde como varizes, "pé diabético", anemia, insuficiência renal e hipertensão. Entre as principais causas listadas abaixo a Clínica de feridas da USCS orienta para atitudes preventivas e de tratamento.

Varizes - No caso da ferida agravada por varizes, há uma falha no sistema venoso, uma insuficiência venosa que causa uma congestão na subida do sangue e assim um aumento da pressão venosa e edema dos membros inferiores. A dificuldade de retorno venoso leva a uma série de alterações e depósito de substâncias na pele, ocasionando um processo inflamatório a partir do qual, através de um simples arranhão, ou uma coceira leva à abertura da úlcera varicosa. Como as varizes dificultam o retorno venoso, esta ferida não fecha. "É preciso tratar da causa também e não só da lesão. Para isso há curativos que fazem uma compressão para ajudar no retorno venoso, reduzir o inchaço e melhorar a circulação e assim proporcionar um meio adequado para a cicatrização", explica a professora Solange. Um exemplo é a bota de unna, uma atadura impregnada com medicação que é aplicada até o joelho. Após a cicatrização é recomendado ao paciente o uso de meia elástica.

Diabetes Mellitus - Outro problema comum entre os pacientes da Clínica de Feridas é o chamado "pé diabético". O pé do portador de diabetes pode evoluir para uma diminuição de sensibilidade e deficiência na circulação sanguínea. Uma simples pedrinha dentro do sapato pode não ser sentida e causar uma ferida, a qual apresentará dificuldades de cicatrização devido à circulação deficiente. O paciente diabético precisa olhar diariamente os pés, hidratar a pele, ter um cuidado especial no corte das unhas e manter o diabetes controlado para não voltar a ter outro tipo de ocorrência. O sapato deve proteger os pés; é preciso sempre verificar o interior antes de calçá-lo e não recomendável andar descalço ou mesmo de calçado aberto.

Úlcera por pressão - Úlcera por pressão acomete em geral pessoas acamadas ou paraplégicas, pelo fato de ficarem por um longo período na mesma posição. Para evitar as lesões é recomendável a troca de posição, hidratação da pele com creme hidratante e uso de colchão tipo “caixa de ovo”.

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